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Catarina e a beleza de matar fascistas
Filipe FerreiraCatarina e a beleza de matar fascistas

‘Catarina e a Beleza de Matar Fascistas’ é uma das peças do ano para The New York Times

O jornal norte-americano elencou a peça de Tiago Rodrigues, sobre um Portugal assombrado por um governo populista, como uma das melhores peças na Europa.

Joana Moreira
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Joana Moreira
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Num compêndio sobre as melhores e piores peças de teatro na Europa em 2022, o jornal norte-americano The New York Times destaca Catarina e a Beleza de Matar Fascistas, peça encenada por Tiago Rodrigues que imagina um Portugal de 2028 assombrado por um governo populista de extrema-direita.

"O tema improvável da peça, que Rodrigues também escreveu, é uma família portuguesa ficcionada que rapta e mata fascistas, seguindo a tradição que atravessa gerações. É uma contribuição honrosa para a sociedade, como acreditam muitos membros da família, ou é a violência sempre inaceitável, mesmo quando os fascistas ameaçam a democracia?", questiona a crítica de teatro Laura Cappelle, que escolheu a produção portuguesa, apresentada no teatro Bouffes du Nord, em Paris, como uma das melhores propostas teatrais europeias do ano. "Rodrigues e o seu elenco andam no limite para evitar uma caricatura, e ainda assim as conversas que se colocam em palco a começar pela filha mais nova, que tem dúvidas sobre o seu direito a matar  são consistentemente sérias e espicaçam a audiência criticamente, sem ser forçado", continua. 

Desde a estreia, em 2020, que o espectáculo de Tiago Rodrigues, antigo director artístico do Teatro Nacional D. Maria II e actual director do Festival de Avignon tem esgotado sempre que está em cartaz em Portugal. Em Janeiro, estará de novo em palco, desta feita no Centro Cultural de Belém. Todas as récitas já estão esgotadas.  

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