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Quem nunca passou por isto, ponha a mão no ar: encontra um voo aparentemente económico para um destino europeu e, no momento de pagar, aparece aquela taxa inesperada (e exorbitante) pela bagagem de mão. Pois bem, parece que esses dias estão prestes a chegar ao fim, já que os legisladores votaram a favor do fim das taxas aplicadas à bagagem de mão nas companhias aéreas que operam na União Europeia.
A proposta vai permitir que os passageiros viajem com uma mala de cabine até 7 quilos sem qualquer custo adicional – isto para além da habitual mochila que se pode colocar debaixo do assento.
De acordo com o comunicado do Parlamento Europeu, o vice-presidente da Comissão dos Transportes e Turismo, Matteo Ricci, afirmou que esta medida "representa um passo importante rumo a viagens mais justas e transparentes", acrescentando que irá "introduzir medidas concretas, como a definição clara do que constitui bagagem de mão gratuita, até ao tamanho máximo de 100 cm – um direito fundamental que evita custos extra injustificados."
Naturalmente, trata-se de uma excelente notícia para os viajantes, mas nem todos estão satisfeitos. A medida deverá ter um impacto significativo nas companhias aéreas de baixo custo – a Ryanair, por exemplo, arrecadou 4,7 mil milhões de euros no último ano em taxas adicionais, como a marcação de assentos e os custos com bagagem.
As associações do sector já alertaram que esta decisão poderá levar a um aumento no preço dos bilhetes, de forma a compensar as perdas. No entanto, esta é apenas uma parte de um conjunto mais amplo de reformas propostas pelo Parlamento Europeu no âmbito dos direitos dos passageiros.
Entre as outras medidas previstas estão: permitir que crianças com menos de 12 anos se sentem gratuitamente junto do adulto acompanhante, garantir assentos gratuitos a cuidadores de pessoas com mobilidade reduzida, e obrigar as companhias aéreas a apresentarem o preço total do voo logo à partida, sem surpresas.
No geral, são óptimas notícias para os passageiros. Ainda não é certo quando esta decisão entrará em vigor, uma vez que as propostas terão de ser aprovadas numa votação final no Parlamento.
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