[title]
Alguns podem nunca lá ter ido comer, mas é provável que ainda assim conheçam o nome Smashville. É através das redes sociais, sobretudo do TikTok, que a cadeia de smash burgers procura chamar a atenção do público mais jovem. E o algoritmo raramente falha, já que os vídeos, gravados nos restaurantes Smashville e seguindo tendências que circulam diariamente na plataforma, somam mais de 100 mil gostos. “Tem sido muito divertido. Os nossos cozinheiros são obviamente dois actores, mas há pessoas que vêm cá fazer TikToks à procura deles, a achar que os vão encontrar. E muitas vezes eles estão cá, de facto, a fazer TikToks”, conta, entre risos, Fernando Costa, um dos sócios por detrás da marca. Contudo, para os menos sortudos que lá forem e não encontrem os rostos dos vídeos, há todo um menu por descobrir: com hambúrgueres com queijo, bacon, ou de frango.
Tal como aconteceu com outros restaurantes de smash burgers em Lisboa, a ideia para o Smashville surgiu depois de uma viagem fora de Portugal. Neste caso, a Itália. Foi lá que, há dois anos, os sócios de Fernando Costa – o irmão Duarte Costa e Francisco Guedes –, que também gerem a Poke House e a marca de calções de banho DCK (esta última juntamente com Fernando), provaram os famosos hambúrgueres esmagados na chapa e decidiram trazê-los para cá. “É algo muito melhor. A crocância, o queijo é mais derretido e como o hambúrguer é mais fininho, os sabores misturam-se mais… Sentiram que era incrível e que tínhamos rapidamente de abrir uma coisa destas em Portugal”, explica o responsável.

Em Setembro de 2024, o negócio começou a dar os primeiros passos e, em Maio deste ano, abriu no Atrium Saldanha. Dois meses depois, ganhou morada no Amoreiras e no Almada Forum, onde o Smashville tem o seu próprio espaço, com 130 metros quadrados, lugares sentados e até uma máquina de Coca-Cola Freestyle. Em Setembro, preparam-se para abrir o quarto restaurante no Cascais Shopping e, em breve, na zona de Campo Novo, também em Lisboa, e no NorteShopping. “A nossa ideia é acabar o ano de 2026 com 20 lojas”, adianta. “Queremos crescer e tornar-nos na maior cadeia. Focamo-nos muito em shoppings, porque sentimos que é um espaço onde havia uma lacuna neste segmento.”

No Atrium Saldanha, o Smashville ocupa um dos cantos do piso 0, junto ao H3 e à Portugália. Apesar de estar mais recôndito, não passa despercebido. Um grande letreiro, iluminado em vermelho, dá conta do nome do restaurante e, numa das paredes de azulejos brancos, podemos ler “Made in Smashville”, como se tratasse de uma verdadeira cidade. “Não queríamos que fosse só um restaurante de smash burgers, queríamos que fosse quase um movimento, queríamos que fosse uma cidade – Smashville, a capital dos smash burgers. Queremos passar uma boa energia e que as pessoas larguem todos os seus problemas enquanto estão a comer o seu hambúrguer e que tenham, realmente, um bom momento.”

No menu, curto e bem simples, encontramos quatro smash burgers, que também podem ser pedidos apenas com uma fatia de carne, em vez das duas habituais: o smashville (8,90€ ou 9,90€), com cheddar, alface, tomate e molho da casa; o cheese (8,90€ ou 9,90€), que leva cheddar, pickles, cebola, mostarda e ketchup; o bacon (9,90€ ou 10,90€), com bacon, cheddar e molho smoked; e, finalmente, o chicken (8,90€, apenas disponível o single), com cheddar, alface e molho de mostarda e mel. Para quem não gosta de alface e tomate, o smashville naked é uma alternativa ao smashville. E, por mais 4€, temos a acompanhar batata frita e bebida.

Há uma aposta especial nos molhos, desenvolvidos no restaurante. Enquanto o smoked é ligeiramente picante, o smashville é inspirado nos sabores da oferta da cadeia norte-americana In-N-Out. “Fomos [aos EUA] estudar o mercado, para perceber o que é que era bem feito e o que é que era mal feito. E tentar absorver o melhor que cada um dos conceitos de hambúrguer dos Estados Unidos traz”, diz Fernando. De lá, trouxeram não só inspiração para os molhos, para o nome e estética do restaurante, baseada nos diners dos anos 60 e 70, como também os tabuleiros de inox e o pão brioche, que vem directamente do estado de Pensilvânia. “É uma coisa que nos sai sete, oito, dez vezes mais cara, mas sabemos que vai manter o produto autêntico e que a qualidade vai ser muito melhor”, acredita.
No que toca à carne, essa vem de Itália, e as batatas fritas dos Países Baixos. Segundo o sócio, cada componente chega, assim, do sítio onde conseguiram encontrar o melhor produto do mundo. Para terminar a refeição, não há como errar com uma cookie de pepitas de chocolate (2,50€).
Atrium Saldanha, Praça Duque de Saldanha 1 (Piso 0). Seg-Dom 12.00-22.30
Últimas notícias de Comer&Beber na Time Out
Viu que há uma nova cantina argentina, onde comida é conforto e serve-se em travessas de inox? Chama-se La Joya Cantina e fica em São Bento. Já a febre dos smash burgers tem mais um concorrente: no No.Sense, a diferença está nos ingredientes. Para vinhos naturais, antipasti e boquerenes, o Rosie's é a nova paragem nos Anjos.