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Brad Pitt ou Monet? Nos smash burgers do No.Sense, a diferença está nos ingredientes

Os hambúrgueres têm nomes de personalidades e levam rúcula, molho trufado ou jalapeños. O restaurante fica na Avenida Duque de Loulé.

Beatriz Magalhães
Escrito por
Beatriz Magalhães
Jornalista
No.Sense
DR | Hambúrguer Benito
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Foi numa dark kitchen que tudo começou. Tomás Nogueira estudou gestão na faculdade, chegou a trabalhar numa empresa de café e, depois disso, foi fotógrafo durante sete anos. Fotografou de perto artistas de música, fez digressões. O trabalho corria-lhe bem. Mas Tomás queria ter um negócio próprio. “Tinha algum dinheiro amealhado e pensei ‘vou experimentar fazer aqui qualquer coisa’. Os meus pais tiveram uma hamburgueria há uns anos, então já conhecia, mais ou menos, as dinâmicas”, diz. Nasceu assim o No.Sense, numa cozinha perto do El Corte Inglés, disponível apenas através de serviços de entregas. O passo seguinte – abrir um restaurante – acabaria por se concretizar em Fevereiro, na Avenida Duque de Loulé.

“Eu queria algo que fosse minimamente escalável. E uma hamburgueria é uma coisa que é mais facilmente padronizável”, explica Tomás, que viu na febre dos smash burgers o conceito perfeito. “Eu ia bastantes vezes a Madrid e lá já havia esta tendência dos smash burgers. Achei que era bom e quando comecei a pensar nisso, não havia nada cá. Depois, entretanto, apareceu o Street.” No início de 2024, lançou o negócio; no final de Junho, começou à procura de um espaço; em Setembro, encontrou-o bem no centro da cidade, em Picoas.

Tal como se podia esperar, é um sítio descontraído. Tem pinta, tem boa “vibe”. Será, certamente, um destino de eleição para a gen z, em especial para os foodies que têm por hábito partilhar nas redes sociais o que andam a experimentar de novo. Mal entramos, atentamos na música. Começa em Bad Bunny, passa por Slow J, Tame Impala e por Jungle continua. A seguir, o olhar prende-se na decoração. O estilo industrial, onde não falta o inox, é finalizado com cor-de-laranja, que preenche os posters de uma das paredes (a lembrar o ambiente do Sinner, um dos seus congéneres), ilumina o letreiro néon a dizer No.Sense e percorre os bancos. Por fim, tornamo-nos para o mais importante – os hambúrgueres.

No.Sense
DR

“Eu sempre quis ter hambúrgueres diferentes. Uma coisa que via muito em Espanha, e que existe muito aqui também, é o monoproduto. Basicamente, ketchup, mostarda, pickles – o básico. E, logo desde início, quis ter outras coisas, é uma das formas de me diferenciar”, sublinha. De facto, a variedade de hambúrgueres é aquilo que mais distingue o No.Sense de outros restaurantes de smash burgers. A base é a mesma – as duas fatias de carne grelhada prensada em pão brioche –, mas os ingredientes são mais inesperados.

O Pirlo (9,90€), de clara inspiração italiana, leva molho de manjericão, rúcula, queijo fumado, tomate seco e vinagre balsâmico; o Monet (11,60€), que vai buscar sabores à cozinha francesa, inclui molho trufado, coleslaw, queijo fumado e cogumelos marron salteados; já o Benito (10,90€), mais latino, leva molho de pimento vermelho fumado, queijo branco, cebola roxa em lima e jalapeños. Ainda assim, é de destacar os clássicos, os que mais associamos à iguaria norte-americana: o Kennedy (9,90€), com ketchup, mostarda, cebola picada e pickles; e o mais vendido, o Brad (9,90€), que tem cebola, queijo cheddar em dose dupla, bacon, pickles e o molho da casa. Os combinados custam mais 4€ e incluem batata frita e uma bebida.

No.Sense
DRHambúrguer Monet
No.Sense
DRHambúrguer Brad

No entanto, os esforços para pôr o No.Sense no mapa vão mais além. “O que estamos a tentar fazer aqui, pouco a pouco, é uma construção de marca, para que seja mais forte e mais impactante. Para que consigamos criar uma comunidade”, explica Tiago. Esta vontade traduz-se no nome do negócio e dos hambúrgueres, apelidados com os nomes de ex-futebolistas, cantores ou actores dos países nos quais são inspirados. “Daqui a uns tempos eu não sei o que é que o No.Sense vai ser. Eu sei que quero que seja mais do que uma cadeia de restaurantes de smash burgers, daí que o nome também seja mais genérico, para que depois possa expandir para outras áreas ou outro tipo de restauração”, diz.

Por outro lado, as peças de merchandise que encontramos à venda no restaurante também representam um papel nesse sentido. “Sinto que se tiver algo que as pessoas usem, se as pessoas comprarem uma t-shirt do No.Sense, mais tarde, voltam ao No.Sense. Ou então não, levaram só porque gostaram, mas assim [a marca] está mais ‘top of mind’.” Os eventos com DJ sets, que acontecem pontualmente ao longo do ano, seguem esta mesma lógica.

No.Sense
DR

Um dia, o desejo é ter um segundo espaço, mas ainda é cedo para avançar, assegura Tiago. Pensa sim, para breve, introduzir um hambúrguer de edição limitada, todos os meses, e cookies como sobremesa. E, para já, está à espera que chegue uma máquina de fazer sundaes, uma das próximas novidades no menu.

Avenida Duque de Loulé, 5C (Picoas). Seg-Dom 12.00-15.00 e 18.00-23.00

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