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Jessica Jones está de volta e as mulheres continuam com poder

Cláudia Lima Carvalho
Escrito por
Cláudia Lima Carvalho
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No Dia da Mulher chega a segunda temporada de Jessica Jones, quase três anos depois da estreia. Espreitámos os primeiros episódios, todos eles realizados por mulheres. Um acaso? Não, uma tomada de posição à medida da sua protagonista.

À boleia do escândalo sexual, Hollywood voltou a discutir a desigualdade de género e a Netflix dá-nos a segunda temporada de Jessica Jones precisamente no Dia da Mulher. Jessica Jones não é apenas a única super-heroína da Marvel na Netflix, ela é a personificação do poder de uma mulher e da sua raiva. A escolha da data não é por isso uma coincidência, até porque as estreias destas séries originais do serviço de streaming acontecem habitualmente às sextas-feiras e esta chega um dia mais cedo. E já lhe dissemos que a série é toda ela criada também por uma mulher, Melissa Rosenberg, e que todos os 13 novos episódios foram realizados por mulheres?

Quase três anos depois da estreia, que se seguiu a Demolidor, Jessica Jones (Krysten Ritter) continua Jessica Jones. Solitária, errante, uma vigilante – agora reconhecida – que continua sem aceitar o seu papel. Uma mulher de força, rodeada de mulheres de força, mas perdida em whisky. Uma bomba relógio, vítima de um passado traumatizante. Killgrave (David Tennant) já lá vai (será?), mas os seus actos continuam a deixar marcas.

Nos novos episódios, Jessica Jones, que não será nunca a super-heroína tradicional, tenta descobrir o que lhe aconteceu – a família morreu num acidente de automóvel, e Jessica, ainda miúda, sobreviveu mas saiu do hospital com poderes, nomeadamente uma força sobre-humana. Incentivada pela sua melhor amiga, Trish Walker (Rachael Taylor), que ganha cada vez mais destaque na série, a vigilante vai em busca de respostas.

À semelhança do que aconteceu com a primeira temporada, que conquistou os críticos e foi para muitos a melhor das quatro sagas da Marvel na Netflix (além de Demolidor, houve ainda Luke Cage e Punho de Ferro), Jessica Jones continua negra, sombria, tensa. Ela não quer salvar o mundo, nem sequer Nova Iorque, mas não resiste a ajudar, mesmo que muitas vezes contrariada. Continua o trabalho de investigadora privada porque quer ganhar dinheiro para continuar a sua vida – “Aceita o caso, segue as pistas, aceita o dinheiro” –, mas o que fazer quando à porta lhe aparecem contratempos maiores? É aí que tudo acontece.

Esta segunda temporada é o regresso dos super-heróis em nome próprio, depois de Os Defensores, que pudemos ver no final do ano passado. É o regresso a Hell’s Kitchen puro e duro. E só isso chega para nos prender ao ecrã.

Nextflix. Qui (Temporada 2).

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