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Lisboa cada vez mais Electronica

Escrito por
Miguel Branco
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A segunda edição do festival divide-se entre o Capitólio, o Ministerium e a LX Factory, de quarta a sábado. Uma proposta que gera boa música e conhecimento especializado e que tem gente como Oscar Mulero, Helena Hauff, Nina Kraviz, Legowelt, Sonja Moonear no cartaz. 

Lisboa já mudou. A noite lisboeta mudou. E uma parte dessa mudança deve-se à electrónica. Pumba. Casamento perfeito: Lisboa Electronica. O nome do festival organizado pela Ourbookings (Ministerium/Lisb-On) é uma constatação real e oportuna: Lisboa está cada vez mais electrónica. Esta é a segunda edição do evento que se divide entre o Capitólio, o Ministerium e a LX Factory e a aposta aumenta: 29 editoras, 66 artistas, conversas com profissionais da área, um pouco de tudo para fazer subir a parada. 

Ora a segunda edição de um festival é em tudo semelhante ao segundo disco de uma banda: aí se joga tudo. Já há expectativas, já se viu como é, o que correu bem, o que correu mal. É, no fundo, quando mais se tem de ir com tudo, para que a coisa não esmoreça, para que quem se conseguiu atrair não desate a correr: “A tendência e a obrigação é crescer sem ir por um caminho fácil. A primeira edição correu muito bem. Quase esgotámos e no final do último dia o feedback era tremendo. A ideia foi manter o conceito do Lisboa Electronica com um cartaz mais vasto e com algumas novidades. Obviamente que isto significará mais riscos, mas se não o fizermos não conseguiremos crescer”, argumenta José Diogo Vinagre, responsável pela comunicação da Ourbookings. 

É importante perceber que o Lisboa Electronica é um conceito de festival-showcase, isto é, tem um lado profissional, dedicado a gente que quer ganhar conhecimento técnico/especializado na música electrónica e apresenta editoras, que trazem alguns dos seus artistas. Nesse sentido, nos dois primeiros dias há Lecture Sessions no Capitólio, numa parceria com a Red Bull Music Academy, que traz o seu sofá e anos de experiência através das vozes de catedráticos como Serge ou Rui Vargas.  

Na quinta-feira, dia 5, começa a música propriamente dita, com uma noite no Ministerium Club. E as duas seguintes, de sexta e sábado, decorrem no espaço que tem estado associado ao festival: LX Factory. Isto com o objectivo claro de fazer chegar o festival a mais sítios e mais pessoas. Lisboa, como concorda José Diogo Vinagre, assim o pede: “As pessoas que antes consumiam electrónica mais comercial começam a procurar música mais underground, a descobrir novos artistas e quando damos pela coisa, temos discotecas e festivais de música electrónica esgotados. A aposta por parte dos clubes e bares de talentos locais foi indispensável para este fenómeno e o Lisboa Electronica vem complementar isso numa escala maior.” Que esta escala continue a crescer.

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