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O Pátio das Antigas: A história do “chafariz do boneco” do Lumiar

Construída no Lumiar em 1885, a Fonte São João Baptista ficou conhecida para a posteridade como o “chafariz do boneco”. Está hoje no Largo Júlio de Castilho, mas a estátua do santo desapareceu.

Escrito por
Eurico de Barros
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Foi em 1885 que a Câmara Municipal de Lisboa decidiu construir um chafariz para abastecimento de água da população do Lumiar, tendo sido escolhido o adro da Igreja de São João Baptista para o erguer. A água provinha de uma mina situada num terreno da zona, que tinha o Duque de Palmela (possuidor de três palácios no Lumiar) como um dos proprietários. Baptizado Fonte São João Baptista, o chafariz, invulgarmente grande para a época, era encimado por uma estátua do dito santo, figurado com um traje romano clássico, a segurar um cálice na mão esquerda e uma cornucópia cheia de frutos na direita.

Pouco depois de ser inaugurada, a construção começou a ser chamada de “chafariz do boneco” pelos habitantes do Lumiar, e a designação vulgarizou-se, mesmo entre moradores de outros bairros da cidade. Quando alguém de fora perguntava no Lumiar onde ficava a Igreja de São João Baptista, a resposta era invariavelmente esta: “Fica mesmo ali ao pé do chafariz do boneco”. Quem tivesse interesse em saber quem é que o dito “boneco” representava, tinha que ir ler a inscrição na base.

O “chafariz do boneco” (também conhecido simplesmente como “chafariz do Lumiar”) esteve no adro da Igreja de São João Baptista entre 1885, ano da inauguração, e 1909, altura em que foi mudado para o Largo Júlio de Castilho. Ainda lá se encontra, mas a escultura do santo desapareceu há muito.

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