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Casa das Tesouras
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O Pátio das Antigas: A loja pioneira do pronto-a-vestir

A Casa das Tesouras abriu na Rua da Escola Politécnica no final do século XIX. Era também conhecida como “a casa do fato feito”, por ter sempre muitos fatos e agasalhos já feitos para venda rápida. Fechou na década de 30.

Escrito por
Eurico de Barros
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Chamavam-lhe “a casa do fato feito” e há quem diga que foi a antecessora do pronto-a-vestir, não só em Lisboa como também no país inteiro. Aberto no início da última década do século XIX com o nome Alfaiate Popular, que mais tarde mudaria para Alfaiateria Elegante, antes de se tornar Casa das Tesouras, este estabelecimento esteve situado até aos anos 30 do século XX na célebre “Casa das Onze Portas”, prédio construído por volta de 1858 na Rua da Escola Politécnica. A Casa das Tesouras pertencia ao alfaiate José Clemente e ocupava os números 51 a 55, tendo como vizinhos a Farmácia Albano e a Leitaria Camélia de Ouro. De cada lado da fachada estavam penduradas duas grandes tesouras.

A loja divulgou em Lisboa o gabão, uma peça de vestuário masculino típica de Aveiro, vendendo dos modelos mais baratos aos mais dispendiosos. Para o publicitar, José Clemente fazia desfilar periodicamente, pela Baixa, uma série de homens usando gabões, obtendo enorme sucesso e angariando mais clientela para a Casa das Tesouras. Nos anúncios que publicava na imprensa, o dinâmico e inventivo alfaiate gabava-se de fazer “fatos com a máxima perfeição em dez horas”, e de ter “mais de 800 agasalhos já feitos para venda rápida”. Daí a referida designação popular de “casa do fato feito” para a loja, que fechou portas algures na década de 30, quase meio século após ter sido inaugurada.

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