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O Palácio das Comunicações junto ao rio
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O Pátio das Antigas: O Palácio das Comunicações com vista para o rio

Entre 1953 e 2012, o bonito e amplo edifício em estilo Português Suave situado na Praça D. Luís I esteve ligado ao funcionamento dos CTT na área dos telefones e telégrafos, e à modernização da sua tecnologia.

Escrito por
Eurico de Barros
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Foi em 1953, sob projecto do arquitecto Adelino Antunes, que abriu, na Praça D. Luís I, ali próximo do Tejo, a Central Telegráfica e Telefónica de Lisboa, ou Palácio das Comunicações, um edifício no mais puro estilo Português Suave, como ficou conhecido. O mesmo arquitecto havia já sido responsável por outras instalações dos CTT espalhadas por todo o país.

Tratou-se de um grande investimento dos CTT na modernização dos seus serviços naquelas duas áreas, e três anos após a sua inauguração, em 1956, o Palácio das Comunicações recebeu a Central Telefónica Interurbana de Lisboa, que estava instalada desde 1946 na grande estação dos correios do Terreiro do Paço. Escreveu então o vespertino Diário de Lisboa, citado pelo blogue Restos de Colecção: “Só uma parte, mas muito considerável, da Central Telefónica do Terreiro do Paço, foi ainda transferida para as novas instalações – uma centena de circuitos entre Lisboa e Porto, e muitas dezenas de circuitos, entre a capital e outras cidades do país. O material é moderno e actualizado, mas não inteiramente novo. Com ele se gastaram apenas 3000 contos, em vez de 15.000, desmontando em vários centros urbanos as posições que haviam deixado de ser necessárias e adaptando-as às novas funções”.

Em 1957, em mais um esforço de inovação tecnológica, ali foi instalada uma nova central telefónica ainda mais moderna. Por coincidência, nesse mesmo ano, houve uma casa portuguesa em que foi colocado o telefone número dois milhões. O Palácio das Comunicações deixou de o ser em 2012, quando os CTT saíram de lá em definitivo. Hoje, o edifício é um espaço que acolhe empresas de várias áreas, ateliers, startups e outros.

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