[title]
Até o Tio Sam foi mobilizado para publicitar a Loja da América, inaugurada na Baixa, na Rua do Ouro, em 1872. Com efeito, num anúncio de jornal de 1900, reproduzido no blogue Restos de Colecção, a figura que personifica os EUA surge a publicitar uma “Exposição de Rouparia para senhoras, homens e crianças (…), com “Modelos das primeiras casas de Paris, Berne e Valência”, feitos expressamente para a LOJA DA AMÉRICA”. Sem faltar os “enxovaes completos para noivas e baptisados”.
Hoje quase totalmente esquecida, a Loja da América foi uma das mais célebres e bem afreguesadas da Baixa. Vendia tudo o que fosse “roupa branca”, quer de uso pessoal, quer doméstico, com um acervo que ia das camisas, lenços, camisolas interiores e dos referidos “enxovaes”, aos panos de linho, algodão e americanos, guardanapos, lençóis, colchas e “robes-chambres”, tudo em “modelos exclusivos” e do mais “elegante e chic”. O proprietário da Loja da América tinha também a Camisaria Americana, situada uns números mais abaixo, especializada em camisas, e que a complementava neste tipo de artigos de vestuário masculino. A Camisaria Americana foi a primeira a fechar, no final da I Guerra Mundial. A Loja da América encerrou no início dos anos 50, não resistindo à concorrência das lojas mais recentes e modernas.
Coisas e loisas de outras eras
+ O Monte Carlo, uma lenda do Saldanha
+ Os carrinhos de pedais do Jardim Zoológico