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A Town Called Malice
©SKY UKOs Lord, em 'A Town Called Malice'

Oh Lord, uma família maliciosa (e uma série britânica com dedo português)

‘A Town Called Malice’ chega esta sexta-feira, 12 de Maio, à SkyShowtime. Um thriller policial passado no início dos anos 80, que acompanha a fuga da família Lord para a Costa del Sol, onde espera recuperar os tempos de glória na área do crime.

Renata Lima Lobo
Escrito por
Renata Lima Lobo
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Quase dois meses após a estreia no Reino Unido, chega a Portugal, através da SkyShowtime, A Town Called Malice (que numa tradução literal significa “uma cidade chamada malícia”). Uma série britânica que acumula os géneros de drama familiar e thriller policial, com humor à mistura, e que acompanha a saga dos Lord, uma família criminosa que se muda para a Costa del Sol, em Espanha, numa tentativa de se reinventar e recuperar a antiga glória. A história acontece nos anos de 80 do século passado e é regada com alguns êxitos da década, que integram a banda sonora. No trailer, por exemplo, e só para aguçar o apetite, ouvimos o poderoso tema “Rebel Yell” (1983), de Billy Idol.

A Town Called Malice é uma co-produção saída dos Sky Studios em parceria com a Vertigo Films (Mammals) e que também contou com a ajuda da produtora portuguesa Sagesse, a mesma que, por cá, acompanhou a rodagem de House of The Dragon, em Monsanto. Em conversa com a Time Out, Sofia Noronha, fundadora da Sagesse, explicou que desta vez a equipa rumou a Tenerife, um “território diferente”, onde estiveram a viver durante seis produtivos meses. “Nós agora temos trabalhado muito em Espanha, que também oferece condições muito vantajosas em relação à variedade de sítios para filmar e ao profissionalismo das equipas”, confessa. “Levámos o assistente de realização, o operador de câmara, o electricista e vários elementos da equipa. Mas claro que temos de nos adaptar às regras espanholas e isso não deixa de ser um desafio, porque há certas coisas que funcionam aqui e que não funcionam lá”, explica a produtora.

A Town Called Malice
©SKY UKJack Rowan (Gene Lord), em 'A Town Called Malice'

Apesar desta preciosa ajuda dos talentos portugueses, o elenco é essencialmente britânico, com excepção de uma actriz que vem de longe, de muito longe. A nova-iorquina Martha Plimpton (Os Goonies, Raising Hope) sintonizou o sotaque para vestir a pele de Mint Ma Lord, a mulher do líder da família, Albert Lord, interpretado por Jason Flemyng (Um Mal Nunca Vem Só). Mas é outro o elemento dos Lord que nesta trama puxa a família para outro país. Em A Town Called Malice, o filho mais novo, Gene Lord (Jack Rowan), e também o mais inteligente, foge para Espanha com a namorada, Cindy Carter (Tahirah Sharif), para escapar à prisão, após sobreviverem a uma batalha entre gangues. Chegados à Costa del Sol, envolvem-se no submundo local e quando o restante agregado familiar se junta ao benjamim percebe que está perante uma oportunidade de renascimento como grandes criminosos que foram em tempos, na cidade de Londres. Mas parece que Gene e Cindy têm outros planos e a família divide o seu tempo entre lutas internas e com outros bandidos.

Quando em Novembro passado o Sky Group anunciou esta produção, descreveu-a do seguinte modo: “Se Dallas fizesse amor com Pulp Fiction ao som de Duran Duran, dariam à luz A Town Called Malice, o novo estridente e exuberante drama da Sky Original que chega em 2023”. Mas, apesar de todo o entusiasmo inicial, e da grande aposta na sua divulgação, a Sky acabou por abandonar o projecto, por falta de audiências, não avançando para uma segunda temporada, revelou no final de Abril o site Deadline, dedicado à indústria do entretenimento. “A Town Called Malice é uma carta de amor tumultuosa e encharcada de néon para os anos 80 e estamos muito orgulhosos da série. Embora não voltemos à Costa del Crime, gostaríamos de agradecer a Nick Love [o criador da série], ao elenco e à equipa da Vertigo Films pelo trabalho árduo e pela visão criativa”, revelou o Sky Group ao Deadline. O que não significa, por exemplo, que não surjam outras soluções de investimento, como tem acontecido com outras produções que acabam por mudar de plataforma. Foi o caso de Manifest (cancelada pela NBC e recuperada pela Netflix), Black Mirror (Channel 4 – Netflix) e The Expanse (Syfy – Amazon Prime Video), entre muitos outros. O futuro o dirá.

Seja como for, a primeira temporada, com oito episódios, chega à SkyShowtime, o serviço de streaming europeu que reúne conteúdos de vários estúdios norte-americanos, que disponibiliza os três primeiros episódios no dia de estreia. Os restantes aterram no serviço a cada sexta-feira.

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