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Uma Outra Bela Adormecida
© Francisco LourençoUma Outra Bela Adormecida, de Beatriz Brás, Martim Sousa Tavares e Francisco Lourenço

‘Uma Outra Bela Adormecida’ para festejar o centenário de Agustina Bessa-Luís no LU.CA

O espectáculo, que abre o novo ano, revisita um clássico intemporal, a partir de uma versão de Agustina Bessa-Luís. A estreia está marcada para 12 de Janeiro.

Raquel Dias da Silva
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Raquel Dias da Silva
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Os primeiros três meses de 2023 vão ser uma animação no LU.CA – Teatro Luís de Camões, que quer mostrar que as mesmas histórias podem ser contadas de muitas formas. Começa-se em Janeiro, com várias versões de A Bela Adormecida, de Charles Perrault. A primeira, Uma Outra Bela Adormecida, resulta de uma colaboração entre Beatriz Brás, Martim Sousa Tavares e Francisco Lourenço, que partiram do texto de Agustina Bessa-Luís para revisitar o clássico intemporal, contando-o também através de imagens e música original. A estreia está marcada para 12 de Janeiro, com sessões previstas para escolas e famílias até dia 22, no âmbito das comemorações oficiais do Centenário de Agustina Bessa Luís, numa co-produção do LU.CA com a Orquestra Sem Fronteiras e o Teatro Nacional São João.

“Será um espectáculo em co-criação com a Beatriz Brás, que adaptou o texto, encena e interpreta, e o Francisco Lourenço, que concebeu a animação. Parte de um texto pouco conhecido de Agustina Bessa-Luís em que a autora re-interpreta o famoso conto de Perrault. Da minha parte, a música vai sublinhar e ilustrar certos aspectos da estranheza e dos duplos sentidos da história. Será muito diferente do Anel do Unicórnio na medida em que não terá maestro em cena e os músicos tocarão de memória, combinando uma dose de exploração com alguns elementos fixos, tendo por isso a liberdade de entrar em cena e intervir na acção”, revela-nos Martim Sousa Tavares, que assina a composição e direcção musical da peça, que será depois reposta em Maio, com a Orquestra de Cordas da Casa Pia de Lisboa.

Ainda em Janeiro, as famílias terão direito a mais duas versões do clássico, que ganham vida em leituras encenadas no entrepiso do teatro. Nos dias 7 e 8, a interpretação de Muito, muito, muito tempo, de Ana Pessoa, será de Anabela Ribeiro. Depois é a vez de Mariana Magalhães, que emprestará a sua voz à história de Joana Bértholo, A Bela Não Adormecia, nos dias 28 e 29. Ambos os textos vão ficar disponíveis, em áudio, nas redes sociais do LU.CA.

Já em Fevereiro, Sara Anjo apresenta Um Ponto que Dança (2-5 Fev), uma leitura encenada que se transforma em oficina, para crianças a partir dos três anos. Segue-se a estreia do espectáculo de dança Dia-a-dia (10-18 Fev), de Ana Jezabel, com sessões para famílias e escolas; e a “O que faz uma festa?” (25-26 Fev), uma oficina para crianças entre os seis e os 12 anos, que explora diferentes aspectos de uma festa para criar uma verdadeira celebração em conjunto.

Assinala-se ainda o regresso do já tradicional Baile de Carnaval, marcado para os dias 19 e 21, com selecção musical a cargo das Mãos na Anca (Isabel Nogueira, Patrícia Barnabé e Raquel Castro). Se estiver com preguiça para sair, mas vontade de abanar o esqueleto em casa, pode aproveitar a série online Filmes Prontos-a-Vestir, da companhia inglesa Second Hand Dance, que convoca os espectadores a dançar entre quatro paredes.

No mês de Março, o Teatro Praga ocupa o LU.CA com o Ciclo Shakespeare, que inclui a reposição de três adaptações para o público infantil de tragédias do dramaturgo inglês: Hamlet sou eu (1-5 Mar), apresentada pela primeira vez há 15 anos; Romeu e Julieta: Uma excelente e lamentável sobremesa (8-12 Mar); e MACBAD (15-19), uma versão muito divertida de Macbeth. Além destes espectáculos, haverá ainda uma exposição do colectivo de design Vivóeusébio: “Coleção de Palavras”, patente no entrepiso de 1 a 19 de Março, parte de frases, ideias e palavras do bardo inglês.

O trimestre encerra com uma série de Concertos Comentados pelos Solistas da Metropolitana. Durante quatro dias, de 23 a 26 de Março, os espectadores vão ser guiados por obras de compositores como Tchaikovsky, Stravinsky e Saëns e Bizet. Aos músicos, junta-se a ilustradora Inês Viegas Oliveira (que se estreou na literatura infanto-juvenil este ano, com O Duelo, editado pela Planeta Tangerina), que irá acompanhar os concertos com ilustrações inéditas.

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