As melhores hamburguerias em Lisboa

Este texto é impróprio para cardíacos. Se é o seu caso – e é apreciador de hambúrgueres de 150 gramas de carne Black Angus dos EUA, de bacon estaladiço, de batatas fritas crocantes com alho e alecrim, de onion rings capazes de fazer chorar de contentamento o mais insensível dos seres e de milkshakes de chocolate, com manteiga de amendoim e chantilly no topo – aconselhamos a que vá fazer outra coisa qualquer. Se ficar a babar descontroladamente, não diga que não avisámos.

Entrou na lista Time Out dos dez melhores hambúrgueres de Lisboa, graças a um exemplar a roçar a perfeição. O pão é de brioche – feito pela excelente Tartine –, a carne é bem tenra e os produtos são todos de muita qualidade. Além do restaurante na zona das Amoreiras, tem um no Estádio Universitário, bom para ir com crianças, e ainda uma outra extensão, de nome Burgers and Feikes, no Palácio do Chiado. 

Quando em 2015 já toda a gente conhecia os hamburgueres Honorato de trás para a frente, uma das hamburgerias mais conhecidas da cidade surpreendeu ao abrir no Chiado e ter lá dentros uma parede de Vhils, aka Alexandre Farto. Além de arte urbana da mais popular que pode haver, o espaço do Chiado tem um bar de gins e mais de 50 cervejas artesanais de vários pontos da Europa.

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O pão é feito especialmente para a marca e a sua função principal é aconchegar o recheio. Não é tão doce como um brioche, é leve como um papo-seco e não se esfarela nem faz bolo na boca. Outro detalhe: o interior é torrado na medida certa, só até ficar ligeiramente dourado. Quanto à carne, são 150 g de uma mistura fornecida pelas Carnes Belém, onde entram três peças diferentes de vaca. Tem gordura suficiente, tem sabor e é bem cozinhada na chapa até a superfície ficar caramelizada.

Se o seu programa é hambúrgueres e ópera, o To.B vai ser a hamburgueria eleita, mesmo a dois passos do São Carlos. A boa mistura de carnes do hambúrguer vem dentro de um pão leve a aparentemente grande demais para a quantidade de carne. Nada disso, é assim que eles se apanham com as duas mãos e não saem do sítio enquanto se anda ali às dentadas. Digno da cantoria lírica ali do lado.

Na Cultura do Hambúrguer há hambúrgueres para toda a gente. Há, mais concretamente, estruturas de carne picada rodeadas de tudo e mais alguma coisa, enquanto os sucos do bicho fluem livremente e se entranham no pão. (Se esta descrição moderadamente gráfica não vos arregalar os olhos, nunca vamos poder ser amigos, desculpem.) Mas repita-se: há hambúrgueres para toda a gente. Há a inevitável opção vegetariana, os mutantes com recheio de sapateira ou chouriço ou malagueta e os clássicos com queijo americano e alface iceberg.

Ora atente no que diz Marta Brown, crítica da Time Out: sítio na onda norte-americana e decoração na linha industrial a conseguir transformar uma cave num sítio apetecível e fresco. Boa música, empregados simpáticos, serviço rápido e atento. Quanto aos hambúrgueres, entram directamente para a lista
 dos melhores da cidade. Cheia de sabor a carne Black Angus, óptimo 
o pão de brioche, fresquíssimo e aquecido, muito bons os ingredientes que compõem o hambúrguer.