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A mesa posta no restaurante Vamos ao Algarve

Dieta mediterrânica em Lisboa em oito paragens

A dieta mediterrânica ganhou agora um roteiro de Lisboa a Tavira. Mostramos-lhe onde encontra a dieta mediterrânica em Lisboa.

Escrito por
Catarina Moura
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Muitos vegetais, carne só em dias de festa, sem gorduras refinadas por processos químicos, muito sabor e criatividade. Podíamos estar a falar de um qualquer tipo de alimentação que saltou agora para a moda, mas esta é afinal uma dieta antiga, fundada e construída por gente pobre e que foi em 2013 considerada Património Cultural Imaterial da Humanidade, pela UNESCO.

Agora a pesquisa que levou à distinção da dieta mediterrânica passa para o território com roteiros organizados e divulgados pelo MEDFEST, um projecto nacional da In Loco, uma associação algarvia para o desenvolvimento local, co-financiado pela União Europeia. Prometem-se outros trajectos pela bacia mediterrânica desenhados por outras entidades e um festival em Tavira, em Setembro.

Para já, há o primeiro roteiro, que tem como embaixador o chef Vítor Sobral: de Lisboa a Tavira, passa por Arraiolos, Estremoz, Reguengos de Monsaraz, Alqueva, Castro Verde e Mértola, com sugestão de paragens ligadas à cultura gastronómica em todos eles – em breve disponíveis numa aplicação.

Para se preparar antes de rumar a sul, damos-lhe um elenco para explorar esta dieta sem sair de Lisboa.

Dieta mediterrânica em Lisboa em oito paragens

  • Restaurantes
  • Mercearias finas
  • Chiado/Cais do Sodré

É impossível falar de dieta mediterrânica sem pensar em azeite, uma gordura que não necessita de processos químicos de refinação e que, sendo desde há muito um grande cartão de visita do Alentejo, está a tornar-se uma marca do Algarve. Muito por causa do Monterosa, o azeite de Moncarapacho, perto de Olhão. A D’Olival vende, entre outras, as variedades Cobrançosa e Verdeal (11€), assim como o azeite da Herdade do Vale de Arca, perto de Alcácer do Sal (14,50€). Para além de dar a volta ao país em azeites, esta loja da Rua do Poço dos Negros vende tudo o que está relacionado com ele. Há aqui azeitonas pretas galegas, da Campos Santos, do Algarve (3,50€) ou ervas da Be Aromatic, de Évora (5€), para substituir o sal, como na melhor gastronomia alentejana.

  • Compras
  • Mercearias finas
  • Santos

Rita Santos andou de norte a sul do país para encontrar a produção artesanal que mostra bem a influência do território na mesa. O que não falta aqui é dieta mediterrânica com influência atlântica, dos vinhos aos azeites, dos legumes biológicos aos enchidos e queijos. De Loulé, por exemplo, trouxe queijinhos de figo da Quinta do Freixo (4€) e da Ria Formosa salicórnia da Riafresh (3,15€), para dar salinidade substituindo o sal. Para não ter de usar açúcares refinados, há o mel de rosmaninho da Serras do Guadiana, em Mértola (5,70€).

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  • 4/5 estrelas
  • Restaurantes
  • Português
  • Cais do Sodré
  • preço 3 de 4
  • Recomendado

O restaurante não é algarvio e o chef Hugo Dias de Castro vem do Norte. Mas se é complicado arranjar em Lisboa um xarém a fazer lembrar o que se come no Algarve, com a farinha de milho enrolada numas conquilhas, neste restaurante do Cais do Sodré é uma opção para acompanhar peixes do dia no braseiro (4€).

  • 4/5 estrelas
  • Restaurantes
  • Frutos do mar
  • Campo de Ourique
  • Recomendado

Esta peixaria é do embaixador do MEDFEST, Vítor Sobral, e portanto a ligação à dieta mediterrânica com influência atlântica não surpreende. Aqui comem-se peixes e mariscos de toda a maneira e em particular feitos na cataplana – a maneira de cozinhar peixe lentamente e com pouco líquido que o Algarve tornou popular. Na Peixaria da Esquina encontra as de marisco, lavagante, camarão ou bacalhau (a partir de 29,50€).

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O Galito
  • 4/5 estrelas
  • Restaurantes
  • Português
  • Carnide/Colégio Militar
  • preço 3 de 4
  • Recomendado

O nome do restaurante é o apelido do cozinheiro, Henrique, alentejano de gema que aprendeu tudo o que sabe da cozinha da terra com a mãe, Gertrudes Galito. Aqui comem-se as carnes de criação que melhor cabem na dieta mediterrânica, com moderação. Há naturalmente o borrego, num ensopado com o pão e a hortelã, como deve ser (14€). Para além disto há caldos simples e emblemáticos como a açorda de coentros e bacalhau e a sopa de tomate, ambas com ovo escalfado.

  • Restaurantes
  • Bairro Alto

Estremoz é terra de encantos, garantem os quadros e recortes nas paredes desta casa que não esquece as origens. Para abrir uma excepção nas regras da cozinha mediterrânica, este é o sítio para pedir uma encharcada de ovos sumptuosa. De outras vezes mantenha-se ajuizado e fique-se por um cozido de grão com vagens (10,50€), por umas plumas na brasa ou uns pezinhos de coentrada (10€). Sim, chamemos a isto ter juízo.

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  • Compras
  • Lojas de bebidas alcoólicas
  • Baixa Pombalina

Não podendo andar no Museu do Medronho, no Alqueva, nem pelo meio dos medronheiros nas Serras do Caldeirão e de Monchique, a alternativa é ir buscar este ex-líbris destilado do Algarve já engarrafado. Na Garrafeira Nacional há a aguardente de medronho Castelo de Silves (28,90€), ou a aguardente de medronho Década, envelhecida em cascos de carvalho (29,50€).

Vamos ao Algarve
  • Restaurantes
  • Português
  • Alfama

Há coisa  de dois anos, Alberto, algarvio, e Manuel, alentejano, abriram um espaço só dedicado ao Algarve. Na primeira porta entra-se para uma taberna onde se bebem medronhos e licores e se comem petiscos como as tostas de muxama e a estupeta de atum algarvia (7€), feita com atum em salmoura (uma forma de conserva). A estupeta é demolhada, desfiada e temperada com tomate, pimento e cebola. Há ainda a torta de alfarroba e laranja, receita secreta criada por Manuel.

Comida Portuguesa em Lisboa

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