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Grão a grão se enche o papo
Aqui fica a saber onde estão e como são os pratos de arroz míticos da cidade
Portugal é o maior consumidor de arroz da Europa, e a abertura de três restaurantes em Lisboa onde ele é rei, só em 2016, é sinal disso mesmo. O aparecimento do Bagos, do Rice Me e do Villa Tamariz Utopia parecem-nos um óptimo pretexto para fazermos uma selecção de seis pratos de arroz inesquecíveis.
Arroz de Berbigão com chips de corvina
Gostam de arroz como ninguém e a paixão já não é segredo. Chegaram a ter sete pratos de arroz no menu e a fazer um jantar só com eles. Tudo por causa deste prato, um dos mais pedidos da casa, feito para ser partilhado. Leva um caldo à Bulhão Pato e chips de corvina. Têm ainda um arroz carolino de ervilhas com queijo da Ilha e uma sobremesa de creme de arroz doce com gelado de bolacha Maria.
Praça Luís de Camões, 2 (Chiado).
Arroz doce como o da minha avó
É cremoso que se farta, doce como poucos e vem para a mesa com desenhos e palavras, tal como as avós faziam. É uma das sobremesas mais clássicas – já que nunca saiu da carta – do bonito restaurante do Internacional Design Hotel, no Rossio. Um sítio onde apostam numa cozinha portuguesa com um toque contemporâneo. Mas antes de lhe apresentarem este remate perfeito para a refeição, pode provar o malandrinho, um risoto de abóbora, espinafres, bagas goji e azeite de trufa.
Rua da Betesga, 3 (Rossio).
Arroz de lagosta e gambas
Se há restaurante que merece uma página dourada na história gastronómica da cidade é o do Sr. Evaristo e da Dona Graça, que faz a alta cozinha de Monção – como fazem questão de anunciar nos néons brilhantes à entrada. Embora as pataniscas de bacalhau com arroz de feijão, que já ganharam prémios, sejam as mais conhecidas, este arroz, um dos mais pedidos, não lhes fica atrás. É caldoso, leva uma tenra lagosta e está repleto de rechonchudas gambas que fazem as delícias de quem o prova.
Rua das Portas de Santo Antão, 150.
Arroz de pato
Este saboroso prato está de volta ao cardápio das quartas-feiras. O pato é cozido em aipo, alho, louro, alecrim e raspas de limão no dia anterior e é desfiado no dia que em que vai para a mesa. Guarda-se a água usada na cozedura do pato, que serve depois para juntar ao arroz e, antes de ser servido, vai ao forno a gratinar com bacon. Duas rodelas de laranja e outras de morcela e de chouriça de carne compõem este prato, um dos mais vendidos da casa.
Rua do Salitre, 42 D (Avenida).
Galinha do campo de cabidela
“O mais importante é que as galinhas sejam do campo”, diz o Sr. Santos, com a sapiência que os anos de casa lhe conferiram. “A galinha fica, durante dois dias, em vinha de alhos num alguidar com vinho verde, alhos, folhas de louro, pimenta e sal”. Depois, tapa-se, no dia seguinte mexe-se, para que o sabor se entranhe na carne, e ao terceiro dia faz-se um refogado. O sangue, ao qual se juntou um pouco de vinagre para não coalhar, só se junta no final quando o arroz está quase cozido.
Travessa das Mercês, 2 (Bairro Alto).
Risoto de Gorgonzola com pêra rocha em porto balsâmico
Este risoto deixou o nosso crítico Alfredo Lacerda pelo beicinho. Impressionou-o de tal forma que o elegeu como o melhor do ano. “O grão duro por dentro, gordo, e, a ligar tudo, queijo Gorgonzola na quantidade certa. Ao lado, pêra rocha em vinho do Porto e vinagre balsâmico, a consistência perfeita, nem farinhenta nem rija, bela ligação com o cereal”, justificou. O motivo por detrás da satisfação é Miguel Castro e Silva, o chef especialista em cozinhar qualquer tipo de arroz.
Embaixada, Praça do Príncipe Real, 26.