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EIGHT
Fotografia: Arlindo Camacho

Quatro coisas para comer no Eight, o novo lounge da saúde

Sem carne, com shots de bem-estar e muitas plantas. Veja o que pode provar no novo café vegan da Praça da Figueira.

Escrito por
Catarina Moura
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Quando Ceri era miúda preferia ficar em casa a cozinhar do que ir para a escola. Não fazia isso assim tantas vezes, mas quando chegava a hora do jantar, como a mãe não era muito adepta da cozinha, ela e os irmãos tratavam do assunto.

Cresceu no Canada (apesar de ter nascido nos Estados Unidos) e aí conheceu Nancy e Ruben, donos do Eight – The Health Lounge, enquanto cozinhava pratos vegetarianos feitos de raíz numa escola com alunos de todo o mundo. Foi assim que a puseram a construir a ementa desta nova marca que começa na Praça da Figueira e que quer expandir-se pelo mundo, conta Lara, responsável pelo espaço na capital portuguesa.

"Queria que a carta tivesse coisas mais fast food — smoothies, bowls, tostas — simples mas que fossem muito nutritivas", explica Ceri enquanto folheia a carta com uma capa de madeira e com páginas para todos os pratos. A cada página há um batido, uma tosta, uma smoothie bowl e, ao lado, todos os ingredientes que foram precisos para chegar àquele resultado final: há batidos pretos cheios de amoras e carvão activado ou saladas que querem ser equilibradas (com proteínas vegetais em leguminosas ou em tofu, muitos verdes, cereais integrais que as tornam saciantes, e molhos feitos à medida – só com óleo de côco ou azeite). As tostas, que no quadro ganham o nome de panini, são recheadas com estes mesmos princípios e as torradas são barradas com hummus, abacate ou queijo de caju. Qualquer coisa que aqui se coma tem uma história de propriedades por trás – é essa a razão para não haver carne ou produtos lácteos, explica Ceri que não os considera tão nutritivos. Pergunte a alguém atrás do balcão o que fazer para desintoxicar o corpo e respondem-lhe carvão; pergunte o que pode a curcuma fazer por si e respondem-lhe que é um óptimo anti-inflamatório. "A cozinha é a nossa farmácia" é o lema de Ceri.

Atrás do balcão, os pratos aparecem primeiro em inglês e só depois em português. E se lhe derem um "hi!" quando entrar, não estranhe – 80% dos clientes são estrangeiros nestes dois andares de comida vegan e sem adoçantes de nenhum tipo – nem açúcares refinados, nem mel ou agave, só o açúcar natural da furta em tâmaras ou em frutas desidratadas. "Acreditamos que a fruta, se for usada no seu todo é muito melhor, muito mais nutritiva e tem tudo o que é precisa para ser bem digerida", diz Ceri, mesmo antes de nos falar dos oito princípios em que vive este restaurante: luminosidade, muita água, ar puro, exercício físico, descanso, cereais integrais, temperança e espiritualidade. "Acreditamos no Deus da Bíblia, em Jesus Cristo", diz Ceri para explicar este último princípio. "Está provado que quem vive com fé, vive mais anos", continua a cozinheira que veio de uma comunidade de adventistas do sétimo dia.

Estas são quatro coisas que pode provar no Eight – The Health Lounge sem quebrar estes oito princípios.

Quatro coisas para comer no Eight, o novo lounge da saúde

Sweet Toast, 4,90€
Fotografia: Arlindo Camacho

Sweet Toast, 4,90€

São as torradinhas doces do sítio, barradas com uma manteiga de côco e um creme de morangos e ananás desidratado. Por cima, umas sementes de chia.

Wellness Shots, 1,50€
Fotografia: Arlindo Camacho

Wellness Shots, 1,50€

São medidas pequenas, mas super-pedorosas, garante Ceri, com todos os nutrientes e sabores concentrados. Há um para acelerar o metabolismo, com maçã e toranja; outro para ajudar o sistema imunitário, com curcuma, gengíbre, limão e ananás; o Fancy Nancy, com maçã e óregãos; e o Super Ruben, com gengibre, limão e laranja – estes dois últimos, com nomes em honra dos donos da marca.

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Docinhos, de 0,50€ a 0,80€
Fotografia: Arlindo Camacho

Docinhos, de 0,50€ a 0,80€

Prepare-se para uma bateria de nomes em inglês: fruit leather, energy balls, cookies. Alguns mais fáceis de traduzir que outros, são treats (outra vez) para comprar ao balcão e matar uma fominha, ou para levar e ir comendo. Há energy balls (bolas energéticas) de lima, caju e côco, ou outras de cacau e tâmaras 0,80€); há tiras de puré de fruta desidratada que se assemelham a gomes e ganharam o nome de fruit leather (0,55€); bolachas de baunilha (0,50€) ou de aveia e banana (0,65€).

Smoothie bowl blueberry muffin, 5,90€
Fotografia: Arlindo Camacho

Smoothie bowl blueberry muffin, 5,90€

O smoothie blueberry muffin também se pode beber, mas nesta taça ganha consistência para se comer à colher com banana, granola e raspas de limão. O smoothie é de mirtilo e leite de amêndoa.

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Se ainda não sabe o que é uma smoothie bowl é porque não anda a percorrer o feed das redes sociais vezes suficientes. São taças redondas, supercoloridas, com uma base composta por fruta e uma bebida vegetal, e cobertas com toppings crocantes (da granola ao coco tostado) e  fruta cortada meticulosamente. E, nestes três sítios, é sempre um dois em um: dá para comer com os olhos e tirar essa foto para a redes. E depois comer a sério.

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