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Carlos Urroz, director da ARCO: “Estamos a viver um turbilhão no que diz respeito à arte”

Falámos com o director da ARCOlisboa, Carlos Urroz, que faz um balanço do que vai ser a edição de 2018

Escrito por
Francisca Dias Real
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A ARCO cresceu em Lisboa. Este ano recebe 72 galerias, vindas de 14 países diferentes e tem muitas novidades na secção Opening, dedicada aos novos galeristas, assim como uma nova zona de restauração planeada em parceria com a Trienal de Arquitectura de Lisboa. Tudo isto sem esqeucer os mais pequenos que agora vão ter um espaço e actividades só para eles, para que se transformem em pequenos artistas. Carlos Urroz, director da ARCOlisboa, refere que a feira já ganhou relevância a nível internacional no panorama artístico e que começa a abrir o seu espectro a mais públicos, deixando a exclusividade de coleccionistas. 

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Perguntas a Carlos Urroz

1. Esta já é a terceira edição da ARCO, que de certa forma é um nicho. Têm notado uma evolução ao nível do público?

O número de visitantes nas duas primeiras edições foi muito bom, superando as 10.000 pessoas. Precisamente este ano pusemos um ênfase especial na dinamização de novos públicos. Para tal contamos com a Sílvia Escórcio, que em colaboração com museus como o MAAT, Museu Coleção Berardo, Museu Serralves, Centro de Arte Quetzal, Museu Calouste Gulbenkian, Museu de Arte Contemporanea de Elvas, entre outros, e com as principais escolas e universidades de arte do País, pôs em funcionamento um programa especial para aproximar a arte contemporânea de mais pessoas. A esta iniciativa juntaram-se também museus estrangeiros como o Museu Guggenheim Bilbau, Museu Reina Sofía e o Museu do Prado.

2. Que esforços têm feito para alargar o interesse do evento a cada vez mais pessoas?

Desde o início que a ARCO não foi pensada apenas para colecionadores e profissionais mas também para o público em geral, que poderá aliás encontrar obras de galerias jovens muito interessantes na secção Opening. É uma maneira fantástica de se aproximar da arte contemporânea.

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3. A ARCO já tem um grande peso cultural em Lisboa. Qual é o vosso papel no lançamento de artistas portugueses no panorama internacional?

Portugal está a viver um autêntico turbilhão no que diz respeito à arte e à cultura em geral. A ARCO contribui para mostrar a riqueza e diversidade da arte contemporânea. A cidade é um dos pontos culturais mais atractivos com um mercado cada vez mais dinâmico, ideal para um evento de arte como a ARCO, pelo seu contexto artístico único e de alta qualidade, que contribuirá para elevar o valor da arte e da cultura portuguesa.

4. O número de galerias aumentou substancialmente desde o ano passado. Que novidades têm mais para esta edição?

Nas novidades destaco também os projetos individuais de artistas que, pela primeira vez, ocuparão o Torreão Poente e que apresentarão em detalhe a obra de artistas portugueses e internacionais. Adicionalmente, também importa referir o crescimento do número de jovens galerias no programa Opening. Este ano, teremos também um pavilhão temporário, desenhado pelo atelier JQTS, em colaboração com o artista Carlos Nogueira e que é fruto de uma parceria com a Trienal de Arquitectura. Gostaria também de destacar “As Tables are Shelves”, onde irão estar expostas várias publicações ligadas à arte e é uma óptima maneira de se poder começar a coleccionar. Teremos também ainda mais conversas e conferências, com acesso livre para o público, nas quais se irá falar de colecionismo e arte com profissionais de mais de 20 países. Por fim, a ARCOkids, uma iniciativa que já implementámos com sucesso na ARCOmadrid e que trouxemos agora para Lisboa. Trata-se de um conjunto de ateliers para os mais novos. Como vê, é uma edição cheia de novidades.

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5. E relativamente ao mercado português, é atrativo de forma a continuar a receber este tipo de eventos de arte? Até porque este ano está a decorrer em simultâneo a Just Lx...

Sou da opinião de que tudo o que seja trazer cada vez mais públicos para a arte contemporânea é óptimo. Posso-lhe dizer que estive há uma semana em Berlim e que toda a gente me perguntava pela ARCOlisboa, pelas galerias, pelos artistas, pela Cordoaria, etc. A ARCOlisboa já é um evento consagrado internacionalmente e estamos apenas na terceira edição. Acho que isto prova que não só é atractivo como é cada vez mais estimulante para Lisboa e Portugal continuar a receber este tipo de eventos.

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