Preconceptions
Galeria Filomena Soares

Exposições em Lisboa a não perder em Julho

Vá para Oriente ver exposições: "Atelier" de Cabrita Reis, "Preconceptions" na Filomena Soares e "Monopolis" na Underdogs

Helena Galvão Soares
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Vá ver "os dias estão numerados", de Daniel Blaufuks, acabada de inaugurar no MAAT, e depois faça um périplo pelas galerias de Alvalade. Comece pelas curtas de Gabriel Abrantes, na Appleton, siga para a inquietante "Skewer" de Elizabeth Prentis, na Balcony, e guarde "Airs", na Galeria Vera Cortês, para o fim do dia, que há uma peça que só pode conhecer a essa hora. Nos jardins da Gulbenkian inagurou recentemente "Não se vê ali nada", do CAM em Movimento. E há "Nódoa Negra", de Mimi Tavares, na Monumental, e "Viagem ao Ocidente", no Museu do Oriente. E "Atelier", de Pedro Cabrita Reis, sai no fim do mês, não deixe escapar.

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Exposições a não perder este mês

  • Coisas para fazer
  • Exposições

O Mude reabre na quinta, 25, às 19h30, com oito pisos, 6000 metros quadrados de área expositiva e novas salas até aqui inacessíveis ao público. "O Edifício em Exposição" é uma oportunidade única para ficar a conhecer a arquitectura e as transformações que o edifício conheceu ao longo do tempo, incluindo as obras de requalificação integral que transformaram um quarteirão pombalino num museu. A visita é gratuita até domingo, 28 de Julho. Posteriormente, passará a ser pago, mas com entrada livre das 17.00 às 21.00 de sexta e das 10.00 às 14.00 de domingo.

Rua Augusta, 24. Dom, Ter-Qui 10.00-19.00, Sex-Sáb 10.00-21.00 (horário de Verão). 11€. Entrada livre Sex a partir das 17.00, Dom 10.00-14.00. Mais informações em mude.pt

 

  • Arte
  • Belém

Desde 2018 que Daniel Blaufuks desenvolve um diário visual da actualidade e do próprio quotidiano. Agora, numa exposição intitulada "os dias estão numerados", o artista apresenta mais de 450 obras, entre elas fotografias, colagens e recortes. Um trabalho que abarca todo o ano de 2023, alguns dias dos cinco anos anteriores e ainda os primeiros meses de 2024. Versado na monotonia dos pequenos movimentos e oscilações, Blaufuks expõe "a sua memória", onde se cruzam "os seus dias e os dias do mundo", como se lê em comunicado. A exposição, que tem curadoria de João Pinharanda, pode ser visitada até 7 de Outubro, na Galeria 2. A 1 de Agosto é lançado um livro com o mesmo título, editado pela Tinta da China.

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  • Coisas para fazer
  • Exposições

Quadrado Azul inaugura hoje, sábado, 26 de Julho, "Afasia", com curadoria de Eduardo Guerra. A colectiva reúne obras de Francisco Tropa, Pedro Tropa e do duo Musa paradisiaca (Eduardo Guerra e Miguel Ferrão), explorando o desenho como uma extensão do pensamento e do corpo. "Marcada por uma atitude forensopoligráficodialógica, esta é uma exposição silenciosa e, por isso, sem inauguração formal. Agradecemos, por esta razão, uma afluência contida em números muito reduzidos de pessoas", informa a galeria.

Quadrado Azul. Rua Reinaldo Ferreira, 20 A (Alvalade). quadradoazul.pt. Ter-Sáb 14.00-19.00. Férias de 1 de Agosto a 2 de Setembro. Entrada livre

  • Coisas para fazer
  • Exposições

Christine Streuli é conhecida pelas suas pinturas vibrantes e dinâmicas que exploram temas de cor e padrão e a interação entre abstração e figuração. As pinceladas fortes e camadas intrincadas de formas geométricas criam composições cheias de energia e movimento. São óbvias as referências à cultura pop neste festim visual de textura e ritmo que desafia as percepções de espaço e perspectiva – é esta, resumidamente, a descrição da exposição feita pelo press release, só em inglês. 

Galeria Filomena Soares. Rua da Manutenção, 80 (Xabregas). gfilomenasoares.com. 18 Mai até 31 Jul. Ter-Sáb 10.00-13.00/ 13.30-19.00. Entrada livre

 

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  • Coisas para fazer
  • Exposições

O Summer Show da Pedro Cera apresenta trabalhos novos e inéditos de Anna Hulačová, Bruno Pacheco, Ilê Sartuzi, Isabel Cordovil e Oliver Laric. "A exposição reúne uma variedade de meios e de expressões artísticas, abrangendo temas contemporâneos de mutação, representação, teatralidade e idiomas simbólicos de visualidade", resume a folha de sala, debruçando-se depois sobre o trabalho de cada artista. Na foto, Icarus, peça em ferro de Isabel Cordovil.

Pedro Cera. Rua do Patrocínio, 67 E (Campo de Ourique). pedrocera.com. 6 Jul até 7 Set. Ter-Sex 10.00-13.30/ 14.30-19.00, Sáb 14.30–19.00. Entrada livre (tocar à campainha)

  • Coisas para fazer
  • Exposições

Alice Guittard já passou pela escrita, performance, vídeo e fotografia e agora trabalha a pedra, em particular o mármore, nesta técnica, o marchetado, que encontramos nas paredes e chãos de igrejas barrocas portuguesas, mas aqui aplicado a um universo visual pop. A prática da artista está fortemente ligada aos acontecimentos da sua vida, diz-nos também o press release, e aqui a sua recentíssima maternidade é evocada nas diferentes peças, desde os meteoritos que rasgam o céu, e trazem o inesperado, à presença de uma âncora, em cerâmica vidrada, rodeada de fotos da bebé.

Madragoa. Rua dos Navegantes, 53 A (Estrela, junto à Basílica). galeriamadragoa.pt. Ter-Sáb 11.00-19.00. Entrada livre

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  • Coisas para fazer
  • Exposições

Duas curtas metragens de Gabriel Abrantes, para ver até ao fim do mês nesta exposição do ciclo Art Collections na Appleton: A Brief History of Princess X, 2016, 7'09'', da Colecção António Cachola, e Les Extraordinaires Mesaventures de la Jeune Fille de Pierre, 2019, 20', cortesia do artista e da Galeria Francisco Fino. Em ambas, diálogos e situações marcadamente cómicos convivem com o desejo de falar sobre a obra de arte. Leia o que diz Gabriel Abrantes na folha de sala. 

A primeira curta parte da história da obra Princesa X, de Brancusi, que começou por ter uma versão em mármore a retratar a princesa Maria Bonaparte e acabou por ser uma escultura em bronze reluzente censurada pelo Salon des Indépendants por ter uma escandalosa aparência fálica. Na segunda curta, "um vídeo meta-naif", uma escultura de uma jovem Liberdade do Museu do Louvre ganha vida por intervenção da Vitória de Samotrácia e foge do museu porque "está farta de ser arte: insignificante, decorativa e politicamente inactiva".

Appleton. Rua Acácio Paiva, 27 r/c (Alvalade). Ter-Sáb 14.00-19.00. Até 31 Jul. Entrada livre (toque à campainha)

  • Coisas para fazer
  • Exposições

Vaginas dentatas são para meninos nesta exposição cujo nome completo é "Skewer, a dystopian Darwinism" e em que um folheto rosa entregue à entrada é peça integrante da exposição. Nele, Elizabeth Prentis descreve o processo que levou à sua distopia darwinista em que os picos dos pénis dos homens de há 800 mil anos (para facilitar a reprodução) se tornam, daqui a 800 mil anos, em picos nas vaginas das mulheres (para autodefesa).

Descobriu horrorizada que a ideia de aparelhos com picos como solução contra o abuso sexual existia. O folheto reproduz pedidos de registo de patente reais de aparelhos antiviolação a serem usados por mulheres nas suas vaginas como forma de combater o abuso sexual por parte de homens. "Não devíamos viver numa sociedade em que fosse sequer posta a hipótese de fabricar aparelhos destes (...) Porque é que uma mulher havia sequer de considerar usar uma tal coisa?" [tradução livre]. Estes aparelhos inspiraram as peças expostas, e legendas como "Female Security Device, #915, 166, fig 6, Jun.23, 1998, 2024" (nome da peça à direita na foto) relembram que estamos a ver propostas de aparelhos reais.

Balcony. Rua Coronel Bento Roma, 12 A (entrada pela Estados Unidos da América, tocar à campainha). Ter-Sáb 14.00-19.30. 27 Jun-13 Set. Folha de sala. Entrada livre

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  • Coisas para fazer
  • Exposições

A entrada na sala é desconcertante: seis bandeiras tão leves que parecem pairar, estão imobilizadas no ar, e um órgão no chão com um calhau sobre o teclado lança um som contínuo. As bandeiras perdem a imobilidade e agitam-se ao de leve com a deslocação do ar produzida pelo visitante. O ambiente altera-se.

A pedra pressiona uma oitava de sol a fá, evocando uma composição de Terre Thaemlitz, e toca 15 minutos de hora a hora. Uma outra peça sonora entra na exposição: é uma faixa-bónus escondida (spoiler: vai fazer-se ouvir ao pôr-do-sol). A série "Sunbird", as bandeiras, são mantas de sobrevivência a servir de tela a poemas de escritores e escritoras palestinianos na diáspora. O lado dourado tem os poemas na língua em que o artista os conheceu e o lado prateado a tradução para português, explica a folha de sala, acrescentando sobre elas que são testemunhas da violência, tal como aqueles que cobriram e viram a morte ou, pelo contrário, a quem tornaram a vida possível no meio da violência.

Galeria Vera Cortês. Rua João Saraiva, 16, 1º (Alvalade). Ter-Sex 14.00-19.00, Sáb 10.00-13.00/ 14.00-19.00 (toque à campainha). 20 Jun até 7 Set. Entrada livre

  • Arte

Um dos maiores artistas plásticos portugueses, Pedro Cabrita Reis, pega em cerca de 1500 peças do seu atelier e transporta-as para oito pavilhões. Na Mitra, inaugura-se assim "Atelier", uma mostra que resgata do ambiente de oficina, com toda a sua beleza e caos, aquilo que tem sido a produção artística de Cabrita nos últimos 50 anos, do desenho à escultura.

Pavilhões da Mitra. Rua do Açúcar, 56 (Marvila). 19 Mai-28 Jul, Qui-Dom 14.00-18.00. Entrada livre

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  • Coisas para fazer
  • Exposições

Em ano de celebração dos 50 anos do 25 de Abril, a Galeria 111 celebra também um grande número redondo: os seus 60 anos, no espaço que era o seu originalmente e onde está agora o Centro de Arte Manuel de Brito, sem objectivos comerciais e onde se mostram as obras da colecção do seu fundador. "60 anos de Galeria 111" apresenta mais de 200 obras, de quase todos os artistas que expuseram na galeria ao longo de todo este tempo.

Centro de Arte Manuel de Brito. Campo Grande, 113A. 03 Fev até 10 Ago. Ter-Sáb 10.00-13.00/ 14.00-19.00. Entrada livre

  • Coisas para fazer
  • Exposições
  • Lisboa

A exposição "Nódoa negra", da artista Mimi Tavares, divide-se pelas duas salas da galeria Monumental, em dois núcleos: Fora e Dentro. Na sala de entrada – Fora – figuras humanas isoladas pontuam desenhos e pinturas que evocam a paisagem. Na seguinte – Dentro – os interiores, um tanto cenográficos, apresentam-se sem presença humana. Se já conhece a obra de Mimi Tavares, continua a haver razões para ir ver. Se não conhece, há razões para ir conhecer.

Campos dos Mártires da Pátria, 101. Ter-Sáb 15.30-19.30. 27 Jun (Qui, 18.00-21.00). Até 3 Ago. Entrada livre

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  • Arte
  • Desenho e ilustração
  • Chiado/Cais do Sodré

"Do incessante diálogo entre o desenho e o caminhar sugere-se, pois, o movimento da demarcação. Este é o caso do trabalho intitulado Linha pontuada a tons de verde [na foto], no qual Joana regista a trajectória de uma geografia relacional, desenvolvida através dos seus percursos pedestres em torno de 25 espaços verdes da cidade", diz a folha de sala. 

São três as obras de desenho – Cruzamentos (série de 100 peças), Fragmentos e Linha pontuada a tons de verde (série de 25 peças) – complementadas por uma quarta: Vozes da cidade, constituída por um gravador áudio, media player e auscultadores, em que a artista nos desafia a gravar descrições de memórias dos nossos percursos pedestres. A concepção da exposição e a qualidade do desenho de Caminho entre duas linhas valem uma visita à galeria da Cossoul.

Sociedade de Instrução Guilherme Cossoul. Rua Nova da Piedade, 66. Ter-Sáb 15.00-19.00 (até às 23.00 em dias de eventos)

  • Coisas para fazer
  • Exposições
  • Cais do Sodré

A Underdogs tem nova exposição: "Monopolis", de Ana Aragão. Partindo das ideias subjacentes ao famoso jogo de tabuleiro, com as suas regras e disputas de poder, a exposição cobre toda uma parede com desenhos de cidades por construir – mais do que um manifesto político sobre o direito à habitação, "Monopolis" é um manifesto a reclamar o espaço da imaginação.

Rua Fernando Palha, Armazém 56. Ter-Sáb 14.00-19.00. Até 10 Ago. Entrada livre

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  • Coisas para fazer
  • Exposições
  • Estrela/Lapa/Santos

Em "Viagem ao Ocidente", a dupla franco-chinesa Benoit+Bo propõe, com fotografias, pinturas, esculturas e instalações, uma reflexão sobre as culturas asiáticas e a sua relevância no mundo globalizado. A exposição inspira-se num romance do século XVI de Wu Cheng’en sobre a fantástica jornada de um monge budista e da sua escolta pela Ásia Central, numa extensa jornada física e interior pela Ásia e pela Europa, e inclui alguns dos protagonistas do romance nas obras expostas. O trabalho artístico de Benoit+Bo também se pode definir como activismo visual, ao procurar desmistificar noções preconcebidas e enfatizar como a história do colonialismo e das estruturas de classe influenciaram profundamente a percepção da arte popular e não ocidental.

Avenida de Brasília, Doca de Alcântara. Até 10 Out. Ter-Dom 10.00-18.00, Sex 10.00-20.00 (entrada gratuita das 18.00-20.00). 8€

  • Arte
  • São Sebastião

"Siza", no Museu Calouste Gulbenkian, debruça-se sobre a obra, mas sobretudo sobre o génio de Álvaro Siza Vieira. A exposição está marcada por uma humanização sem precedentes daquele que foi o primeiro Pritzker português. A partir dos seus cadernos, item essencial para um desenhador compulsivo, a dupla de curadores – o galego Carlos Quintáns assistido por Zaida García-Requejo – revisitou a obra feita, mas sobretudo a obra imaginada e esboçada, os fascínios e adorações, os laivos de humor e de tédio. A mostra reúne elementos dos principais arquivos do arquitecto português, como é o caso do Canadian Centre for Architecture, em Montreal, da Fundação de Serralves, da Biblioteca de Arte da Fundação Gulbenkian, da britânica Drawing Matter e do próprio atelier de Siza Vieira, mas também de pequenas colecções particulares ou de instituições internacionais como o MoMA ou o Pompidou.

Museu Calouste Gulbenkian. Até 26 Ago. Qua-Dom 10.00-18.00. 10€ (gratuito aos domingos, após as 14.00)

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  • Coisas para fazer
  • Exposições

O título é uma homenagem ao historiador da arte Daniel Arasse (Argel 1944 – Paris 2003), que se dedicou às questões da representação e às viagens do olhar na pintura italiana do Renascimento. Arasse desenvolveu a prática de procurar e detectar as histórias subtis ou humorísticas muitas vezes escondidas por trás do maravilhamento inicial do que nos é dado a ver. O seu livro On n’y voit rien (Paris, 2000) fala dos enigmas e dos jogos de sentidos que podemos encontrar nas obras.

Até 5 de Agosto, pode ver Metamorfose, de António Palolo, vídeo da Coleção do CAM, e três filmes de Francisco Novais, obras em que vai encontrar desafios e provocações como desdobramentos, sobreposições, multiplicações, desfocagens, brilho, fragmentação ou pixelização, por exemplo.

Contentor no Jardim da Gulbenkian. Avenida de Berna, 45 A. Ter-Dom 09.00-18.00. Até 5 Ago. Entrada livre

  • Coisas para fazer
  • Exposições

Cinco artistas e cinco interpretações do duelo entre São Jorge e o dragão. É essa a proposta em “Nunca se está sozinho”, exposição colectiva de cinco pintores brasileiros residentes em Portugal: Eduardo Antonio, Heron P Nogueira, Isadora Almeida, Pedro Barassi e Pedro Liñares. A folha de sala é da autoria de Gonçalo M. Tavares.

Galeria 111. Rua Dr. João Soares, 5B. De 28 Jun até 7 Set. Ter-Sáb 10.00-19.00. Entrada livre

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  • Coisas para fazer
  • Exposições
  • Campo Grande/Entrecampos/Alvalade

O Museu de Lisboa começou a preparar a sua exposição comemorativa dos 50 anos do 25 de Abril em 2022 e o resultado pode ser visto no Pavilhão Preto a partir de 25 de Maio. “Lisboa em revolução 1383 – 1974. 6 momentos que mudaram a nossa história. 1383, 1640, 1820, 1836, 1910, 1974” é comissariada por Daniel Alves, do Departamento de História e Instituto de História Contemporânea da Nova-FCSH, e tem projecto expositivo de António Viana (espere rigor, beleza e surpresa).

Além de ecrãs em que é feito um enquadramento histórico de cada um dos seis momentos revolucionários, vai encontrar expostos objectos extraordinários (como a reconstituição de um telégrafo visual e uma montagem do levantamento da planta de Lisboa de 1904-11, que junta as 249 plantas que o compõem e que cobre toda a parede que abre a exposição, apesar de estar em escala reduzida), e objectos nunca antes vistos, como o mapa de Portugal com o planeamento da operação militar do 25 de Abril, cedido por um dos capitães do Conselho da Revolução. A título de curiosidade, há ainda um hilariante quadro que visto de um ângulo é um retrato de D. Miguel e de outro a cabeça de um burro.

Inauguração sábado 25 de Maio, entrada livre. Pavilhão Preto, Palácio Pimenta, Museu de Lisboa, Campo Grande, 245. 26 Mai-05 Jan. Ter-Dom 10.00-18.00. 3€ (entrada livre ao domingo)

  • Coisas para fazer
  • Exposições

A Xuventude de Galicia – Centro Galego de Lisboa inaugura sábado, 6 de Julho, às 17.00, a exposição "Caminos de Santiago", com 120 fotografias de Ramón Fernández dos oito caminhos, acompanhadas de algumas narativas e do filme 12 no Camiño. A exposição está instalada nos salões do palácio sede do Centro, que por si também merecem visita. À inauguração segue-se, à noite, a tradicional foliada, ou seja, festa com música tradicional galega e baile.

Rua de Júlio Andrade, 3. Seg-Sex 11.00-20.00. Até 31 Jul. Entrada livre

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  • Arte
  • Fotografia

O fotógrafo José S. Julião (Exame, Epicur, Rotas & Destinos) apresenta nesta exposição uma selecção de 11 retratos de figuras públicas, a preto e branco, que são parte do seu livro Puro Prazer (1995) e da exposição homónima no Centro Cultural de Belém (1996). 

Biblioteca Cosmelli Sant´Anna. De 4 Jul até 29 Ago. Seg-Sex 10.00-18.00. Entrada livre

  • Coisas para fazer
  • Exposições
  • Estrela/Lapa/Santos

No ano em que se celebram os 500 anos de nascimento de Luís de Camões (1524-1580), o Museu Nacional de Arte Antiga apresenta uma exposição temporária sobre o poeta português, autor de Os Lusíadas, com um conjunto de obras que consagram o arranque do Romantismo na arte portuguesa. Este movimento artístico exalta os valores tradicionais, celebrando a história nacional e os seus heróis, razão pela qual surge nesta época todo este interesse pelo épico de Camões.

Entre as obras expostas, destaque para um óleo sobre tela de Francisco Vieira Portuense intitulado Vasco da Gama na Ilha dos Amores (Os Lusíadas, Canto IX), parte de uma série de composições para ilustrar cada um dos dez Cantos do poema, num projecto para uma grande edição que não chegou a acontecer, e destaque ainda para um estudo, em carvão e giz sobre papel, de A Morte de Camões, de Domingos Sequeira, dada a impossibilidade de exibir o quadro que foi apresentado no Salon de Paris de 1824 e oferecido ao imperador D. Pedro I (D. Pedro IV, de Portugal), que, lamentavelmente, se perdeu. A exposição é comissariada por Alexandra Markl e Raquel Henriques da Silva.

Museu Nacional de Arte Antiga. Rua das Janelas Verdes, 17. Ter-Dom 10.00-18.00. 12 Jul-29 Set. 10€ (entrada livre aos domingos e feriados para residentes em Portugal)

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  • Coisas para fazer
  • Exposições

"Por quanto tempo mais terei de nadar? – Uma litania pela sobrevivência" é o nome da exposição de Sara Fonseca da Graça – Petra Preta, com curadoria de Melissa Rodrigues. A exposição funciona como conclusão do trabalho começado a apresentar há três anos, e assume a forma de um tríptico que reune a série "Humor Negro" à obra "Manchê Bom", inicialmente em vídeo, e agora expandindo-se para uma peça sonora. "Obras que se desdobraram em pintura, vídeo, instalação e performance e com as quais a artista se propõe a refletir sobre rir, sonhar e amar", diz o texto de apresentação.

Galeria da Boavista. Rua da Boavista, 50 (Cais do Sodré). Ter-Dom 10.00-13.00/ 14.00-18.00. Visitas guiadas por marcação mediacao@galeriasmunicipais.pt. Entrada livre 

  • Arte
  • Desenho e ilustração

A nova exposição do ilustrador André Ruivo retrata em tom diarístico a sua vida nos últimos dois anos, tal como o seu último livro, homónimo. Aqui encontramos referências à actualidade política, desde o conflito israelo-palestiniano às recentes manifestações nacionais "Vida Justa" ou "Casa para Viver" (2023) e aos 50 anos do 25 de Abril, evidenciando as posições políticas de André Ruivo.

Galeria Passevite. Rua Maria da Fonte, 54. Ter-Sáb 18.00-22.00. 4 a 27 Jul. Entrada livre

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  • Arte
  • Belém

"Sendo pequena, [a joalharia] tem a capacidade de falar de coisas grandes e complexas." A frase de Patrícia Domingues, uma das curadoras da exposição "Madrugada – A Joalharia e a Matéria da Esperança", serve de preâmbulo à visita. Distribuídos por várias salas do Palácio da Calheta, em Belém, os oito núcleos temáticos reúnem as criações de mais de 90 autores, provenientes de mais de 30 países. Liberdade, política, democracia, activismo, guerra, diplomacia e direitos humanos são alvos de reflexão, pela lente da joalharia contemporânea. A escala das peças relativiza-se em prol de mensagens que falam mais alto.

Rua General João Almeida, 15 (Belém). Ter-Dom 10.00-18.00. Até 22 de Setembro. Entrada livre

  • Arte
  • Belém

A quietude própria de um museu é interrompida logo na primeira sala de "Restos, Rastros e Traços", exposição retrospectiva – expressão que o próprio artista prontamente substitui por introspectiva –, que ocupa por estes dias o Museu de Arte Contemporânea do CCB. Entre instalação, fotografia, vídeo e pintura, as artes plásticas que Fiadeiro sempre convocou desembocam numa derradeira manifestação, a performance. Em três salas, expõe criações do passado, revisita os próprios êxitos e explora, com a ajuda de jovens performers, as possibilidades do presente.

Praça do Império (Belém). Ter-Dom 10.00-18.30. Até 22 Set. 7€ (para residentes em Portugal)

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  • Museus
  • Transporte

A propósito das celebrações dos 25 anos do seu museu, a Carris apresenta uma exposição temporária até 23 de Setembro com fotografias a preto e branco de Américo Simas e um vídeo de José Barbosa, com um olhar intimista sobre o dia a dia dos tripulantes.

Museu da Carris. Rua 1º de Maio, 101-103. Seg-Sáb 10.00-12.30/ 14.00-17.30. Até 23 Set

  • Coisas para fazer
  • Exposições
  • Santa Maria Maior

No ano em que se comemoram 50 anos de 25 de Abril e, consequentemente, 50 anos de liberdade, o Museu de Lisboa | Teatro Romano apresenta "Dez histórias de liberdade – de escravo a liberto em época romana", com dez histórias de escravos libertos. Na exposição esclarece-se que a escravatura da época era muito diferente da de períodos posteriores, pelo que o mais correcto é chamar-lhe servidão.

Um escravo podia fazer trabalho remunerado e assim comprar a sua liberdade, passando a ser um liberto. Como liberto estavam-lhe vedados alguns cargos públicos, mas podia ter propriedade, enriquecer e ter até vários escravos. Na direcção oposta, um homem livre podia tornar-se escravo, por ter dívidas incomportáveis, que não conseguia saldar. Vendia-se a si próprio. Crianças abandonadas eram também tornadas escravas.

As histórias escolhidas são bastante curiosas. Há um escravo médico, um liberto que é sacerdote imperial, uma actriz, um marmorista, um escravo conselheiro do imperador Cláudio, outro secretário de Cícero, uma escrava propriedade de outro escravo...

Museu de Lisboa | Teatro Romano. Até 8 Set. 10.00-18.00. 3€

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  • Arte
  • Fotografia
  • Campo Grande/Entrecampos/Alvalade

A galeria Narrativa apresenta a exposição "Tudo é incómodo quando a terra treme", de Joana Dionísio, que ganhou o prémio Novos Talentos FNAC Fotografia 2024. Nesta exposição, a artista visual parte do arquivo fotográfico da família, num exercício de reflexão sobre as memórias e as imagens de um passado colonial que lhe é simultaneamente próximo e distante.

“A minha percepção de África encontra-se cunhada pelas fotografias dos álbuns de família. Durante o meu crescimento permaneceu constante na minha consciência uma representação idealizada da experiência africana, pois a autenticidade destas imagens está vinculada à experiência dos meus familiares e, embora sejam parte integrante das suas vivências, narram uma história que não resume a História”, explica Joana Dionísio, citada pela Narrativa.

Desde 2021, a Narrativa exibe na sua galeria o trabalho vencedor da categoria Novos Talentos Fotografia em resultado da sua parceria com a FNAC, com o objectivo de dar visibilidade aos novos nomes da fotografia portuguesa.

Rua Dr. Gama Barros, 60 (Alvalade). Qua-Sex 14.00-19.00, Sáb 14.00-17.00. 27 Jun até 3 Ago. Entrada livre

  • Arte
  • Lisboa

O conjunto de peças de porcelana, de várias dimensões, a que chamou Pazar, foi criado pelo artista e dissidente chinês em 2017, e exposto no mesmo ano no Sakıp Sabancı Müzesi, em Istambul. Inspirado pelos mercados turcos, este trabalho insere-se na tradição chinesa de replicar formas e objectos orgânicos em porcelana, e é apenas uma das várias criações de Ai Weiwei neste suporte que vão estar expostas na galeria São Roque too de segunda a sábado, até 31 de Julho. “Paradigm” é mais modesta e focada do que a exposição retrospectiva “Rapture”, que ocupou a Cordoaria Nacional durante aproximadamente cinco meses, em 2021. Ao invés de 80 obras, inclui apenas 17, divididas por quatro salas e dois andares e sempre nos mesmos dois materiais: porcelana e peças de LEGO, acompanhando só uma parte da sua produção nos últimos 15 anos.

São Roque too. Rua de São Bento, 269. Até 31.07. Seg-Sáb 10.30-19.00. Entrada livre

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  • Arte
  • Belém

O trabalho de Nicolas Floc’h (n. 1970) mobiliza as potencialidades da fotografia subaquática na descoberta de novos imaginários artísticos, que nos remetem para a natureza, a biodiversidade e os fenómenos ecológicos. Com curadoria de João Pinharanda, esta exposição resulta de uma residência de dez dias no Estuário do Tejo, entre o Bugio e a Castanheira do Alentejo, que Floc’h fez no Verão de 2022, a convite do MAAT, e durante a qual teve oportunidade de explorar várias paisagens e ecossistemas submarinos.

  • Coisas para fazer
  • Exposições
  • Campo Grande/Entrecampos/Alvalade

Logo após o 25 de Abril as paredes começaram a cobrir-se de pichagens, murais e cartazes. A Biblioteca Nacional guarda nos seus Serviços de Iconografia uma grande colecção de cartazes deste período que quis mostrar ao público nestes 50 anos do 25 de Abril. A exposição resultante dessa vontade, A Revolução em Marcha: Os cartazes do PREC, 1974-1975, foi comissariada por Paulo Catrica, fotógrafo e investigador do Instituto de História Contemporânea, que seleccionou 92 cartazes de entre as centenas existentes. Os originais foram replicados e colados num mural de 16 metros de comprimento sob instruções do comissário (veja a lista completa de cartazes aqui).

“A produção e a colagem massiva de cartazes, em particular nos anos de 1974 e 1975, foram o instrumento preferencial de afirmação e consolidação dos novos protagonistas políticos e sociais, partidos políticos, sindicatos, comissões de moradores e de trabalhadores, associações cívicas e de dinamização cultural, etc.”, explica o comissário na folha de sala, onde cita ainda um dos pioneiros da poesia visual, E. M. de Melo e Castro, num artigo da Colóquio Artes de 1977: "Assim, Portugal se transformou num enorme Poema visual, que todos os dias, durante dois anos, se transformou, porque todos podiam escrever e escreviam: porque todos sabiam ler e liam".

Biblioteca Nacional de Portugal (Entrecampos). Seg-Sex 09.30-19.30, Sáb 09.30-17.30. Até 21 de Setembro. Entrada livre

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  • Coisas para fazer
  • Exposições
  • Oeiras

A Censura Prévia, que com Marcello Caetano se eufemiza para Exame Prévio, foi uma das principais medidas, a par da mais robusta acção da polícia política, para reprimir a divulgação de opiniões políticas contrárias ao regime ou a expressão de posições incómodas no plano dos costumes. “Só existe aquilo que o público sabe que existe”, frase de Salazar, resume bem a estratégia da Censura.

“O material aqui exposto olha para um aspecto especial da censura em Portugal, o aspecto da defesa da autoridade e da ordem estabelecida, o respeito”, descreveu, na inauguração da exposição, José Pacheco Pereira, ele próprio autor de dois livros que foram censurados e mandados para a PIDE durante a ditadura. Nesta exposição do Palácio do Egipto, em Oeiras, há sobretudo livros e textos de jornais censurados, acompanhados dos despachos da Censura que descrevem as razões da proibição, que actualmente muitas vezes nos parecerão insólitos.

Destaque também para o design da exposição. Citando o site da Ephemera, "instalação ímpar de Carlos Guerreiro. Perdem muito se não forem lá".

Palácio do Egipto. Rua Álvaro António dos Santos, 10. Ter-Sáb 11.00-17.00. Até 28 Dez. Entrada livre

  • Arte
  • Belém

Com curadoria de Chloé Siganos e Jean-Max Colard, “Evidence” é uma instalação sensorial sonora, uma ode a um mundo sem fronteiras, um reflexo contemporâneo do infinito e do universal. A exposição parte de “Perfect Vision”, um álbum triplo produzido entre 2017 e 2020 pelo Soundwalk Collective e a artista Patti Smith, que retrata a jornada de três poetas franceses que exploraram a transcendência em três territórios geográficos distintos. Arthur Rimbaud na Abissínia, Antonin Artaud na Sierra Tarahumara, no México, e René Daumal, que se dirigiu à fonte do Bhagavad Gita, na sagrada terra da Índia, em busca do Monte Análogo. No âmbito desta exposição, vai ser apresentado – no dia 23 de Março, às 19.00 – o projecto musical colaborativo Correspondences, interpretado por Stephan Crasneanscki e Simone Merli do Soundwalk Collective, Patti Smith e Diego Espinosa Cruz Gonzalez.

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  • Arte
  • Santa Maria Maior

No Museu do Aljube, esta exposição convida a reflectir sobre o que se conquistou nos 50 anos que sucederam a Revolução dos Cravos. Daqui surgem as questões: Estamos a usufruir e a defender os nossos direitos? Surgiram novos? Perderam-se outros? O que está por conquistar?. A curadoria é de Rita Rato. 

Museu do Aljube. 4 Abr-31 Jan 2025. Ter-Dom 10.00-18.00. 1,50€-3€ 

 

Arte em Lisboa

  • Arte

São 56 as estações de toda a rede do Metropolitano de Lisboa. E todas, mas mesmo todas, são verdadeiras galerias de arte urbana, não a céu aberto, mas debaixo de terra. Artistas consagrados da nossa praça deixaram o seu cunho na história dos transportes públicos alfacinhas e, embora seja uma tarefa difícil, escolhemos sete estações que merecem um olhar especial.

  • Arte
  • Arte urbana

Vhils, Bordalo II, Aka Corleone, Smile, ±MaisMenos±, Tamara Alves ou Mário Belém são alguns dos nomes mais sonantes neste roteiro de arte urbana em Lisboa. A eles juntam-se artistas de todo o mundo, que escolhem Lisboa para servir de tela aos mais variados estilos e mensagens. Se por um lado Lisboa está em guerra com taggers com pouco talento para a coisa – e que fazem questão de espalhar assinaturas por tudo quanto é sítio –, por outro a cidade é cada vez mais um museu a céu aberto de belíssimas obras de arte urbana. Embarque connosco num passeio alternativo pela cidade.

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