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Mar Aberto, Nicolas Floc’h, MAAT
© Pedro Pina"Mar Aberto", de Nicolas Floc’h

Exposições em Lisboa a não perder nos próximos tempos

Exposições há muitas. Mas, como não dá para ir a todas, eis uma selecção das que mais se destacam.

Raquel Dias da Silva
Escrito por
Raquel Dias da Silva
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A agenda cultural em Lisboa continua sem dar sinais de abrandar. Com tantas galerias e museus, às vezes até ao ar livre, é quase impossível não ter o que ver. Nos próximos tempos, há uma série de exposições que merecem o seu olhar atento. Artes plásticas ou exposições documentais? Prefere pintura, desenho ou fotografia? O que se está a fazer de novo? Ou o que faz furor são retrospectivas de artistas de nome consolidado? Não há desculpa para não ir ver o que Lisboa tem para oferecer – até porque pode visitar boa parte das exposições sem gastar um cêntimo. Não acredita? Ora, espreite.

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Exposições em Lisboa a não perder

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Onde? Celeiro da Patriarcal, V. F. Xira
Quando? Até 5 Mai (Dom)

A Cartoon Xira já abriu portas. Está na hora de rumar ao Celeiro da Patriarcal em Vila Franca de Xira para passar em revista o melhor do cartoon editado em Portugal em 2023. Além dos vila-franquenses António Antunes, curador da mostra desde a primeira edição, e Vasco Gargalo, temos este ano o olhar acutilante, passado a desenho, de António, José Bandeira, Carlos Brito, André Carrilho, Cristina Sampaio, Vasco Gargalo, António Jorge Gonçalves, António Maia, Rodrigo Matos, Henrique Monteiro, João Fazenda, Cristiano Salgado, Nuno Saraiva e Pedro Silva. 
Como já vem sendo tradição, paralelamente aos autores nacionais, há uma mostra de um convidado internacional, intitulada este ano "Horizontes Imaginários" e que apresenta os trabalhos do mexicano Victor Vélez, que assina como Chubasco.

Celeiro da Patriarcal. Rua Luís de Camões, 130, V.F. Xira. Ter-Dom 15.00-19.00. Entrada livre

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A plataforma Underdogs e a Câmara Municipal de Almada inauguram “Portais do Tempo” a 13 de Abril, nos antigos estaleiros da Lisnave. Com curadoria de Pauline Foessel, a exposição colectiva, que integra as comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, reúne obras de Ana Malta, Fidel Évora, Inês Teles, Márcio Carvalho, Pedro Gramaxo, Petra.Preta e Raquel Belli, artistas que não viveram o 25 de Abril de 1974, mas foram convidados a dialogar com os trabalhos de Alfredo Cunha, autor das famosas séries fotográficas dedicadas à revolução dos cravos e à descolonização portuguesa. Cada uma das peças criadas, compostas por lonas de escala monumental (7x12 metros), procura oferecer “uma leitura nova e pessoal” dos acontecimentos vividos pelo fotógrafo, da revolução e do seu significado nos dias de hoje.

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"Ventos de Liberdade. A Revolução de Abril pelo olhar de Ingeborg Lippmann e Peter Collis", é uma curiosa exposição que nos dá a conhecer, através de imagens inéditas, o olhar de dois fotojornalistas estrangeiros que acompanharam os primeiros passos da revolução.

"Ao serviço do The Times, o britânico Peter Collis realizou a cobertura de diversos acontecimentos da vida política portuguesa e colaborou com a prestigiada revista americana Time. Na altura, a fotojornalista alemã Ingeborg Lippmann já se encontrava a viver em Portugal, onde era correspondente do jornal The New York Times. Mais do que a Revolução, interessava-lhe as revoluções que Abril tornaria possíveis.", resume a Fundação Oriente.

Fundação Oriente. Edifício Pedro Álvares Cabral, Doca de Alcântara (Norte). Ter-Dom 10.00-18.00. Entrada livre

  • Arte
  • Belém

O trabalho de Nicolas Floc’h (n. 1970) mobiliza as potencialidades da fotografia subaquática na descoberta de novos imaginários artísticos, que nos remetem para a natureza, a biodiversidade e os fenómenos ecológicos. Com curadoria de João Pinharanda, esta exposição resulta de uma residência de dez dias no Estuário do Tejo, entre o Bugio e a Castanheira do Alentejo, que Floc’h fez no Verão de 2022, a convite do MAAT, e durante a qual teve oportunidade de explorar várias paisagens e ecossistemas submarinos.

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  • Campo Grande/Entrecampos/Alvalade

Logo após o 25 de Abril as paredes começaram a cobrir-se de pichagens, murais e cartazes. A Biblioteca Nacional guarda nos seus Serviços de Iconografia uma grande colecção de cartazes deste período que quis mostrar ao público nestes 50 anos do 25 de Abril. A exposição resultante dessa vontade, A Revolução em Marcha: Os cartazes do PREC, 1974-1975, foi comissariada por Paulo Catrica, fotógrafo e investigador do Instituto de História Contemporânea, que seleccionou 92 cartazes de entre as centenas existentes. Os originais foram replicados e colados num mural de 16 metros de comprimento sob instruções do comissário (veja a lista completa de cartazes aqui).

“A produção e a colagem massiva de cartazes, em particular nos anos de 1974 e 1975, foram o instrumento preferencial de afirmação e consolidação dos novos protagonistas políticos e sociais, partidos políticos, sindicatos, comissões de moradores e de trabalhadores, associações cívicas e de dinamização cultural, etc.”, explica o comissário na folha de sala, onde cita ainda um dos pioneiros da poesia visual, E. M. de Melo e Castro, num artigo da Colóquio Artes de 1977: "Assim, Portugal se transformou num enorme Poema visual, que todos os dias, durante dois anos, se transformou, porque todos podiam escrever e escreviam: porque todos sabiam ler e liam".

Biblioteca Nacional de Portugal (Entrecampos). Seg-Sex 09.30-19.30, Sáb 09.30-17.30. Até 21 de Setembro. Entrada livre

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  • Oeiras

A Censura Prévia, que com Marcello Caetano se eufemiza para Exame Prévio, foi uma das principais medidas, a par da mais robusta acção da polícia política, para reprimir a divulgação de opiniões políticas contrárias ao regime ou a expressão de posições incómodas no plano dos costumes. “Só existe aquilo que o público sabe que existe”, frase de Salazar, resume bem a estratégia da Censura.

“O material aqui exposto olha para um aspecto especial da censura em Portugal, o aspecto da defesa da autoridade e da ordem estabelecida, o respeito”, descreveu, na inauguração da exposição, José Pacheco Pereira, ele próprio autor de dois livros que foram censurados e mandados para a PIDE durante a ditadura. Nesta exposição do Palácio do Egipto, em Oeiras, há sobretudo livros e textos de jornais censurados, acompanhados dos despachos da Censura que descrevem as razões da proibição, que actualmente muitas vezes nos parecerão insólitos.

Destaque também para o design da exposição. Citando o site da Ephemera, "instalação ímpar de Carlos Guerreiro. Perdem muito se não forem lá".

Palácio do Egipto. Rua Álvaro António dos Santos, 10. Ter-Sáb 11.00-17.00. Até 28 Dez. Entrada livre

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  • Grande Lisboa

O Mercado do Forno do Tijolo acolhe a exposição “10 dias que abalaram Portugal”, do Arquivo Ephemera, que dá testemunho do início da democracia após a revolução. Foi nos primeiros dez dias depois do 25 de Abril que os partidos clandestinos passaram à legalidade, novos partidos foram constituídos, os presos políticos foram libertados e o caminho para as eleições livres se tornou realidade. Foi nesses dez dias que a Revolução ganhou a enorme dimensão popular que se manifestou no 1º de Maio.

A exposição é maioritariamente centrada na imprensa desses primeiros dias, em que os jornais tinham mais do que uma tiragem diária, para acompanhar a vertigem dos acontecimentos. O República imprime orgulhosamente "Este jornal não foi a nenhuma comissão de censura". Após 48 anos de ditadura.

Mercado do Forno do Tijolo. 23 Mar-26 Mai. Ter-Dom 11.00-19.00. Entrada livre 

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  • Exposições
  • Lisboa

Tal como no ano passado, o antigo Tribunal da Boa Hora recebe uma exposição sobre a iconografia da democracia, da vasta coelecção do Arquivo Ephemera. Na comemoração dos 50 anos do 25 de Abril, podemos ver esta vasta colecção dos mais variados objectos, que vão de jogos, como cubos com caricaturas de políticos, a cartazes, emblemas, autocolantes, postais, faixas, cinzeiros, pratos, discos, ou mesmo caixas de fósforos, como vemos na foto, em primeiro plano. Uma exposição de objectos dos muitos partidos existentes, para apreciar com tempo, também na sua faceta humorística.

Tribunal da Boa Hora. Rua Nova do Almada. Qui-Ter 11.00-19.00. Até 28 de Maio. Entrada livre

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  • Arte
  • Lumiar

No ano em que se celebra o 100.º aniversário do nascimento de Luís Villas-Boas e do primeiro concerto internacional de jazz em Portugal. XicoFran, reconhecido como o pintor do jazz, leva à galeria de arte do CNAP – Clube Nacional de Artes Plásticas “Sons e Cores: 100 Anos de Jazz em Portugal”. Nesta exposição, encontrará algumas obras reconhecidas pela sua paleta de cores, que propõe um novo olhar sobre grandes nomes do jazz internacional, muitos deles com presença em concertos efectuados em Portugal durante o último século.

  • Arte
  • Belém

Com curadoria de Chloé Siganos e Jean-Max Colard, “Evidence” é uma instalação sensorial sonora, uma ode a um mundo sem fronteiras, um reflexo contemporâneo do infinito e do universal. A exposição parte de “Perfect Vision”, um álbum triplo produzido entre 2017 e 2020 pelo Soundwalk Collective e a artista Patti Smith, que retrata a jornada de três poetas franceses que exploraram a transcendência em três territórios geográficos distintos. Arthur Rimbaud na Abissínia, Antonin Artaud na Sierra Tarahumara, no México, e René Daumal, que se dirigiu à fonte do Bhagavad Gita, na sagrada terra da Índia, em busca do Monte Análogo. No âmbito desta exposição, vai ser apresentado – no dia 23 de Março, às 19.00 – o projecto musical colaborativo Correspondences, interpretado por Stephan Crasneanscki e Simone Merli do Soundwalk Collective, Patti Smith e Diego Espinosa Cruz Gonzalez.

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  • Arte
  • Santa Maria Maior

No Museu do Aljube, esta exposição convida a reflectir sobre o que se conquistou nos 50 anos que sucederam a Revolução dos Cravos. Daqui surgem as questões: Estamos a usufruir e a defender os nossos direitos? Surgiram novos? Perderam-se outros? O que está por conquistar?. A curadoria é de Rita Rato. 

Museu do Aljube. 4 Abr-31 Jan 2025. Ter-Dom 10.00-18.00. 1,50€-3€ 

 

  • Arte
  • Fotografia
  • Belém

Organizada pelas Galerias Municipais/EGEAC por ocasião dos 50 anos do 25 de Abril a exposição "Factum" apresenta cerca de 170 fotografias de Eduardo Gageiro, fotógrafo que captou algumas das mais icónicas imagens do dia da Revolução dos Cravos. Na exposição temos a oportunidade de ver um retrato de Portugal desde os anos 1950 a 2023, mais precisamente 25 de Abril de 2023, data da fotografia mais recente da exposição.

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  • Arte
  • Fotografia
  • Grande Lisboa

A apresentação do livro 25 de abril de 1974, Quinta-feira, do fotojornalista Alfredo Cunha, e a exposição homónima, na Galeria Municipal Artur Bual até ao próximo dia 23 de Junho, são as primeiras iniciativas do programa de celebração dos 50 anos do 25 de Abril no Município da Amadora, que se orgulha de ser o primeiro criado pós-25 de abril. Com entrada gratuita, inclui composição narrativa visual e cronológica de originais fotográficos em filme, com a sonorização musical do compositor Rodrigo Leão.

  • Arte
  • São Sebastião

Maria Lamas foi jornalista, escritora, investigadora, tradutora, pedagoga e uma lutadora pelos direitos humanos e cívicos durante a ditadura. Entre todas estas coisas, ela foi também fotógrafa, sendo que a sua obra fotográfica nunca foi exibida em Portugal. No átrio da Biblioteca de Arte Gulbenkian, “As Mulheres de Maria Lamas” expõe, pela primeira vez, um conjunto das suas fotografias. A mostra inclui ainda objectos pessoais da fotógrafa, exemplares de primeiras edições de livros da sua autoria e ainda provas de outros fotógrafos da época. 

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  • Chiado

A curadoria deste que é o quinto momento do projeto Território – uma parceria entre a Fidelidade Arte e a Culturgest – está nas mãos da plataforma artística e cooperativa Ampersand, dirigida pela editora e investigadora Alice Dusapin e pelo artista Martin Laborde, em conjunto com Justin Jaeckle, colaborador habitual e cujo trabalho de curadoria tem uma estreita relação com a sétima arte. Em “Two Faces Have I” – nome de uma das curtas-metragens de Langdon em exibição contínua nas salas do espaço que acolhe a exposição – encontramos também artistas plásticas cujos trabalhos a curadoria sente que “orbitam” a filmografia do antigo cineasta, embora não tenham partido da sua obra. É o caso da alemã Jana Euler, da queniana Sylvie Fanchon e da norte-americana Pati Hill, cujas obras estão expostas em diálogo permanente com os filmes de Langdon.

Arte em Lisboa

  • Arte

São 56 as estações de toda a rede do Metropolitano de Lisboa. E todas, mas mesmo todas, são verdadeiras galerias de arte urbana, não a céu aberto, mas debaixo de terra. Artistas consagrados da nossa praça deixaram o seu cunho na história dos transportes públicos alfacinhas e, embora seja uma tarefa difícil, escolhemos sete estações que merecem um olhar especial.

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