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Rodrigo Vargas
©Rodrigo Vargas

Seis fotógrafos portugueses cujo trabalho precisa de conhecer

Constroem histórias atrás da lente num registo de realidade. Conheça o trabalho destes fotógrafos portugueses.

Escrito por
Tiago Neto
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"A fotografia é a coisa mais simples do mundo, mas é incrivelmente complicado fazê-la realmente funcionar". A frase, do fotógrafo britânico Martin Parr, é um óptimo mantra da fotografia como arte. Não é pelo apertar de um botão que lhe vamos encontrar dificuldade. Nem pelo foco, nem mesmo pela pose. É na visão que o corpo de uma grande fotografia se encontra, mesmo que, no final, estejamos perante a coisa mais mundana possível. Ser um bom fotógrafo requer visão, tacto e a capacidade de procurar histórias em tudo o que os olhos conseguem ver. Nesta lista vai encontrar seis nomes nacionais que, através do seu trabalho, conseguiram condensar momentos em arte. Ruas, sítios, pessoas, cada imagem conta histórias que ficam por dizer mas que nem por isso são silenciosas. São seis fotógrafos portugueses cujo trabalho precisa de conhecer.

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Seis fotógrafos portugueses cujo trabalho precisa de conhecer

Pedro Leote
©Pedro Leote

Pedro Leote

Pedro Leote começou a disparar há seis anos mas, diz, a fotografia só se tornou uma paixão séria há três, quando ingressou no curso de fotografia na Ar.Co. "Foi aí que fui introduzido à fotografia analógica, o meio que escolhi para trabalhar. Mais especificamente médio formato analógico." 

Levando a versatilidade como bandeira, Pedro trabalha maioritariamente com fotografia publicitária para redes sociais e fotografia de moda. "Também gosto de misturar a minha fotografia de moda com fotografia de autor." Nas referências, o norte americano Gregory Crewdson é o primeiro nome a apontar.

Material: Mamiya RB67. Filme: Kodak Portra 800.
Instagram: @wide.boy

Rui Palma
©Rui Palma

Rui Palma

Os primeiros disparos de Rui Palma aconteceram há cinco anos, com vinte e um. Havia de ser uma viagem a Barcelona o rastilho, alimentado depois pelo curso de fotografia na Ar.Co e, com o tempo, publicações como a Vogue Portugal, a Prinçipal, Fucking Young! ou Vice passaram a fazer parte do menu do fotógrafo, cuja obra obra define como encaixando "entre o registo documental e a encenação, com um interesse pelo corpo e o onírico." 

Material: Leica C2. Filme: 200.
Instagram: @ruipalma__

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Rodrigo Vargas
©Rodrigo Vargas

Rodrigo Vargas

Rodrigo Vargas nem sempre teve a câmera como objecto incondicional do quotidiano. Formado em Engenharia Civil, só em 2010 é que a fotografia passou a ocupar-lhe os pedaços em falta e, em 2014, a paixão assumiu-se definitivamente, dedicando-lhe todo o seu tempo. A obra é largamente dedicada à fotografia de rua, "algo que tem vindo a ocupar cada vez mais espaço na minha vida e aquilo a que mais me dedico sempre que posso", diz. Sobre a estética, "actualmente procuro fotografias com bastantes elementos, que não sejam tão imediatas, cheias de cor, jogos fortes de luz e sombra e reflexos com grande influência de fotógrafos como Alex Webb e Harry Gruyaert."

Material: Sony A9, Leica Q e Leica M.
Instagram: @rodrigomsvargas

Rui Mendes
Rui Mendes

Rui Mendes

Há 35 anos que Rui Mendes vai apontando a objectiva ao que o rodeia. "Com 17 anos emigrei para França e como emigrante lá, entre os anos 70 e 80, convivi de perto com a realidade dos emigrantes portugueses, os quais fotografei nos seus locais de trabalho, em convivência com a família, em momentos de lazer e nas viagens que faziam entre Porto/Campanhã e Paris/Austerlitz". Mas o trabalho fotográfico de mais de três décadas nunca se construiu para sair das gavetas, até que o filho, Vasco, lhe pegou. "Finalmente está agora a ser digitalizado, tanto os negativos a preto e branco como os diapositivos a cores. O instagram tem sido o meio para tornar público este trabalho tantos anos esquecido. Descobrir fotografias que se pensavam perdidas, relembrar os momentos em que foram tiradas, descobrir detalhes e subtilezas das cenas captadas, é um prazer constante.

Material: Nikon FA. Filme: Ilford HP5
Instagram: @rui__mendes

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José Sarmento Matos
©José Sarmento Matos

José Sarmento Matos

José Sarmento Matos, 31 anos, começou a fotografar há uma década. No currículo, extenso, tem o nome impresso em publicações como o The New York Times, a Bloomberg, o Le Monde, a Newsweek ou a Wired, e a fotografia documental como alicerce. "O tema da identidade está presente de forma transversal no meu trabalho. A componente estética é intuitiva, mas nasce da relação, às vezes dramática, entre o objecto, a luz e a sombra". No site oficial estão inúmeros projectos que fez nascer ao longos dos anos: How can I help You?Manila Before Duterte ou Turning The Page; ele, que foi considerado um dos 30 melhores fotógrafos do mundo com menos de 30 anos (30 under 30) em 2015 pela conceituada agência Magnum Photos. 

Material: Leica M10P e Canon R.
Instagram: @josesarmentomatos

Rui Gaiola
Rui Gaiola

Rui Gaiola

Rui Gaiola cresceu no Sabugal, na Beira Interior, mas há 14 anos que Lisboa é morada. O interesse pela fotografia apareceu há quase uma década, passando depois a assumi-la em regime de freelance, trabalho que leva já oito anos e que reparte entre a fotografia de casamento e a paisagística. "Viajo para fotografar e fotografo para poder viajar. Gosto de viajar de Inverno, de preferência para lugares com montanhas e neve." As imagens valeram-lhe destaque na National Geographic Portugal e, com elas, surge o livro I Wish I Could Drive These Roads Forever, um trabalho de 264 páginas que regista cenários em Portugal, Estados Unidos ou Islândia, disponível aqui.

Material: Canon 5D MkIV e drone DJI Mavic pro.
Instagram: @birdcageliving / @goldendaysphoto

Atrás da câmera

  • Coisas para fazer

As nossas casas nunca foram tão verdadeiramente o nosso lar. E é dentro das suas paredes que agora tentamos prosseguir com o nosso quotidiano – onde trabalhamos, fazemos exercício, comemos ou brincamos com os nossos filhos. À semelhança dos profissionais de saúde, alguns jornalistas continuam no terreno a reportar a situação que vivemos. São cada vez menos, mas também eles resistem.

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  • Filmes

Já se sabe que nem sempre os melhores realizadores (e os melhores actores e os melhores filmes) são aqueles que ganham os Óscares, e já por muitas ocasiões as estatuetas de Hollywood foram parar às pessoas erradas. Conheça a lista dos grandes realizadores que nunca ganharam o Óscar (de melhor realizador).

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