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Filme, Cinema, A Bela de Dia (1967)
©DRA Bela de Dia de Luis Buñuel

Dez filmes para rever Luis Buñuel em sala

O Ciclo Buñuel está de regresso ao Nimas, para uma segunda parte da programação que inclui dez filmes, quase todos restaurados.

Escrito por
Eurico de Barros
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A segunda fase do ciclo Buñuelx25 chegaram na passada quinta-feira ao Cinema Nimas, em Lisboa, com dez filmes do realizador espanhol. As estreias começaram a 11 (quatro filmes) e prosseguem nos dias 18 (três) e 25 (três) deste mês. As obras pertencem na maioria à fase europeia do realizador, tendo chegado às salas de cinema entre 1959 e 1974, e várias delas ilustram a sua fértil colaboração com o argumentista Jean-Claude Carrière. Oito passam em cópias restauradas, sendo a de A Bela do Dia em 4K.

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Dez vezes Luis Buñuel

1. A Febre Sobe em El Pao (1959)

O últimos filme protagonizado por Gérard Philipe, que morreu durante a rodagem, e um dos mais abertamente políticos de Luis Buñuel, embora o motor da história seja passional. A Febre Sobe em El Pao passa-se num país latino-americano fictício, situado numa ilha chamada Ojeda. Também com Maria Félix e Jean Servais.

Estreia a 11 de Junho

2. Simão do Deserto (1965)

Parte de uma triologia falhada para a qual estiveram também falador realizadores com Federico Fellini, Orson Welles, Jules Dassin ou Vittorio de Sica, Simão do Deserto centra-se no asceta do título, que vive há anos no topo de uma coluna no deserto, e que o Diabo vai tentar de várias formas.

Estreia a 11 de Junho

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3. A Bela de Dia (1966)

Neste filme baseado no livro de Joseph Kessel (de que Buñuel não gostava particularmente), Catherine Deneuve personifica uma burguesa abastada e ociosa, que decide ir para uma bordel realizar as suas fantasias através das perversões dos homens que o frequentam. Uma obra-prima de erotismo não explícito.

Estreia a 11 de Junho

4. O Charme Discreto da Burguesia (1972)

Fernando Rey, Michel Piccoli, Delphine Seyrig, Stéphane Audran e Jean-Pierre Cassel são alguns dos intérpretes deste genial filme, uma fantasia onírica que funciona à base da associação dos sonhos das personagens, induzindo a perplexidade, o espanto e o embaraço, tanto delas como nos espectadores.

Estreia a 11 de Junho

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5. O Anjo Exterminador (1962)

Depois de um jantar de cerimónia, um grupo de pessoas fica inexplicavelmente retido em casa do seu anfitrião. Os dias passam e os participantes entram em desespero e regressam pouco a pouco à selvajaria. O filme pode ser visto simbolicamente ou alegoricamente, ou apenas como absurdo e surreal.

Estreia a 18 de Junho

6. Este Obscuro Objecto do Desejo (1977)

Carole Bouquet e Angela Molina interpretam a mesma mulher neste que foi o derradeiro filme de Buñuel, adaptado de um livro de Pierre Louys. Fernando Rey personifica o homem sempre frustrado nos seus avanços sentimentais e sensuais para com esta mulher, e que, já idoso, narra a fita em flashback.

Estreia a 18 de Junho

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7. A Via Láctea (1969)

Dois homens que fazem o Caminho de Santiago (Laurent Terzieff Paul Frankeur) viajam também no espaço e no tempo e têm vários encontros estranhos, enquanto que Buñuel aproveita para discorrer sobre a história do Cristianismo e das suas heresias. Uma fantasia teológica-satírico-surreal.

Estreia a 18 de Junho

8. Labirinto Infernal (1959)

Michel Piccoli, Simone Signoret, Charles Vanel e George Marchal protagonizam este filme, passado durante a revolta numa mina de ouro, algures da América do Sul. Um grupo de sobreviventes foge para a selva, onde além de entrarem em conflito têm que lutar pelas suas vidas.

Estreia a 25 de Junho.

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9. Diário de Uma Criada de Quarto (1963)

Buñuel foi um dos vários cineastas que filmou o livro de Octave Mirbeau. Jeanne Moreau tem o papel da criada que vai trabalhar na mansão de uma família no interior de França, tornando-se no alvo das atenções de todos, dentro de casa como fora dela. Um dos filmes mais realistas do cineasta.

Estreia a 25 de Junho

10. O Fantasma da Liberdade (1974)

O penúltimo filme de Luis Buñuel funciona em pleno no registo surrealista e onírico em que o realizador era exímio, contemplando uma sucessão labiríntica de histórias absurdas, satíricas, ambíguas ou cómicas, quase sempre com um fundo subversivo e ficando aberto às mais diversas leituras.

Estreia a 25 de Junho

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