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As novidades que tem de conhecer no Príncipe Real
Não há quem pare o sangue fervilhante do bairro mais cool de Lisboa
É grande o desassossego entre São Mamede e São Pedro de Alcântara. Por ocasião dos 50 anos da Time Out, em 2018, os editores de todo o mundo elegeram os 50 bairros mais cool do momento. O Príncipe Real ficou em 5.º lugar. Tudo acontece a um ritmo difícil de acompanhar no bairro mais trendy, mais edgy e mais irritantemente difícil de descrever sem recorrer a um qualquer anglicismo. Corremos o bairro porta a porta para lhe trazer as novidades mais recentes, dos restaurantes às lojas e cafés da moda. Está tudo aqui, para que não se perca rua acima, rua abaixo.
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As novidades que tem de conhecer no Príncipe Real
1. Livraria Travessa
“Os livros são objetos transcendentes”: é Caetano Veloso que canta, Rui Campos repete e faz do verso mote de negócio. Rui é o fundador da famosa carioca Livraria da Travessa que se instalou no Príncipe Real, integrada na Casa Pau-Brasil. Este é o primeiro espaço fora do Brasil, onde já existem oito, e traz o mesmo conceito que por lá vinga há 44 anos – uma livraria de bairro com uma curadoria literária única e programação cultural a condizer. Para Lisboa trazem uma valente bagagem para distribuir por mais de 300 m2 e dividi-la entre áreas como Literatura, Fotografia, Arquitetura, Artes, Ciências Humanas ou Biografias. O lote de autores portugueses continua a pesar nas escolhas editoriais da livraria com nomes António Lobo Antunes, Mia Couto, Alexandra Lucas Coelho, Miguel Torga, Maria Gabriela Llansol ou Eça de Queirós. Para folhear em brasileiro, há autores como Vinicius de Moraes, Caetano Veloso, Machado de Assis, Lilia Moritz Schwarcz, Jorge Amado, Chico Buarque ou Milton Hatoum. A Travessa tem também uma secção infantil só para eles e um pequeno cantinho com cadeiras para leituras miudinhas, que é como quem diz, para os gaiatos se entreterem enquanto os mais velhos se perdem noutros mares literários.
2. Bernardo Atelier Lisboa
Minimalista e versátil, a Bernardo Atelier Lisboa é o mais recente bazar urbano do século XXI a inaugurar no Príncipe Real. Tem marca própria, designs estrangeiros com produção portuguesa e propostas para miúdos e graúdos, da moda à decoração, incluindo vasos em cerâmica e cortiça, cestos de verga, ilustrações emolduradas, sacos de pano, brinquedos de madeira, remos, artigos de papelaria e até colheres para mel. Os preços variam entre 1€ e 200€.
3. Seagull Method Cafe
O janelão enorme, com uma mesinha e umas quantas flores, denuncia o Seagull Method Café, no Príncipe Real, o projecto mais recente dos donos do minimalista Heim, de Santos. Mantém-se a decoração simples, com paredes em pedra e umas quantas ilustrações com gaivotas para honrar o nome, mas o conceito muda ligeiramente. Há um menu de pequeno-almoço com opções como o iogurte com granola caseira, puré de manga e fruta fresca (4,90€), os ovos estrelados com torrada, manteiga e bacon (5,50€) ou o croissant com ovos mexidos, queijo-creme, presunto e chili (5,10€). Há outros pratos mais completos como um ucraniano, com mini panquecas, feitas com queijo cottage, com caramelo caseiro e frutas (5,90€), ovos cozidos com pão pita, iogurte, óleo de paprika fumado e espargos (6,70€), um prato cheio com ovos estrelados, batata, bacon, morcela, salsicha, feijão, tomate e torradas (10€) ou uma proposta sweet&salty, com dois waffles, um com ovo estrelado, bacon e abacate e outro com caramelo e frutas (10,90€) para arrumar logo a parte da sobremesa também.
4. Black Sheep
Lisboa ganhou uma nova ovelha negra. Chama-se Black Sheep e tem espaço suficiente para caberem mais de uma centena de referências de vinhos de produtores nacionais independentes – ovelhas negras do negócio, chamemos-lhe assim. Todas as semanas há cerca 14 vinhos diferentes a copo (os preços variam entre os 3,50 e os 6,50€) e as garrafas também estão disponíveis para levar para casa. Além disso, há sempre dois cocktails por semana: um fixo, o bastante elogiado Negroni, com um vermute mais intenso, e outro que varia. Para acompanhar, há petiscos como azeitonas, hummus de feijão branco feito por Brian, uma tábua com queijos e enchidos e um queijo de cabra com marmelada. Se não encontrar lugar, não se preocupe: está em plena Praça das Flores e pode levar o copo para o banco de jardim.
5. Barra japonesa d'O Asiático
Kiko Martins quis que O Asiático perdesse o lado mais formal e algo “intimidante”, como reconhece que era. As janelas estão agora abertas e deixa de ser um mistério o que fica para lá das portas escurecidas, com um segurança à porta: dá até para espreitar o bonito pátio interior ao fundo. Não foi só um querido, mudei a casa para tornar o espaço luminoso – na entrada, onde antes estava só uma espécie de lounge e as casas de banho, abriu A Barra Japonesa, um balcão de 11 lugares com “sushi contemporâneo”. Aqui respeitam a tradição japonesa ao máximo mas dão-lhe um toque mais moderno, que se nota na introdução de ingredientes como o foie gras em gunkans, a carne wagyu, a maionese de alga codium ou o citrino kumquat como topping de um niguiri.
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Clássicos de sempre e espaços que ainda cheiram a novo. Padarias, gelatarias, um café italiano e até um restaurante de choco frito. Mas há muito mais que comida. Com este roteiro vai querer estacionar num bairro onde o estacionamento continua tramado.
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Esqueça o sentimento de culpa caso decida refastelar-se numa das mesas que se seguem. É que depois do repasto não faltam quilómetros e mais quilómetros de áreas verdes para fazer a digestão a preceito. Para os mais atléticos, aconselhamos a saltar cedinho da cama ou a aproveitar o melhor da vista ao cair do dia. Em plena zona oriental da cidade, o Parque das Nações é um convite descarado à boa vida, com opções gastronómicas, culturais, desportivas e de lazer. Aproveite o melhor de um bairro que é para toda a família.