Atento às tendências ditadas por marcas internacionais e referências de estilo, Filipe Fonseca criou uma marca de joalharia a pensar no público masculino. A I Cognito nasceu há cerca de um ano e quis o designer que a simplicidade das linhas fosse o primeiro cartão de visita. “É uma secção que praticamente não existe. Vemos botões de punho à venda, algumas correntes lisas e o resto são relógios”, partilha com a Time Out. A lacuna levou-o a fazer os primeiros esboços. Ao fim de anos a desenhar jóias para mulheres – e com marca própria estabelecida no mercado –, criou uma linguagem à parte. O primeiro capítulo? Uma linha de anéis em prata com diferentes texturas e recortes orgânicos, a piscar o olho à imperfeição.
“Não é tanto uma peça tendência, ou que dê muito nas vistas. É algo mais natural, um acrescento à imagem de quem usa, e desenhado para ser confortável”, refere. Depois dos anéis, vieram os colares, as pulseiras e os brincos. Quanto ao género, não está fechado – nem podia. “As peças têm uma limpeza e uma capacidade de se adaptarem ao corpo que cativou também o público feminino.”
Entre pequenos lançamentos e básicos permanentes, o catálogo cresce. Há espaço, sobretudo, para arrojar com cores e novas volumetrias. Em Portugal, o mercado pode ser pequeno e tímido, mas nos Estados Unidos, Canadá e Reino Unido, o nicho está a ganhar escala. Da pequena oficina em Gondomar, estas jóias também chegam a Lisboa, mais especificamente à Entourage 41, no Príncipe Real. Mas as metas são outras – até ao final do ano, a I Cognito quer chegar ao ouro.