11 lojas de música em Lisboa para partir os pratos

A TNT é uma pequena loja de discos e memorabilia de rock clássico, mas também um enorme mundo de achados no 54 da Rua de Campolide. Os donos, Tó e Ticha, conhecem-se desde os tempos da escola e são apaixonados pelo vinil desde 1977. Consideram-se indomáveis audiófilos lusitanos e resistem ao MP3 e outras modernices. Para além de vinis, também vendem CD e DVD, livros, posters e miniaturas.

Situada em Carnaxide, abriu as portas em 2005 e é provavelmente uma das maiores lojas de instrumentos musicais e áudio profissional do país. A assinatura “É favor tocar em tudo” espelha a postura da loja, cujo conceito foi inspirado por exemplos internacionais e adaptado ao mercado português. Conclusão: antes de se decidir entre uma guitarra ou um baixo, terá tempo até para experimentar pianos e baterias. Se por acaso é DJ ou tem uma prima que é, também há material para si, incluindo um controlador Roland DJ-202.

Tabatô é uma loja de discos, mas também é parte da Crew Hassan, uma associação cultural com nome de pastelaria francesa. Já o nome da loja é homenagem à aldeia Tabatô, única de linhagem griot/djidiu perto de Bafatá, Guiné-Bissau, onde há séculos se passa, de geração em geração, a tradição da música mandinga. O core é, por isso, música africana e reggae, mas se procurar bem encontra pérolas da música portuguesa. Sugerimos também ir às matinés, onde diferentes convidados abrem os baús e partilham as suas próprias colecções de música.

Embora tenha mudado de nome e arrumado os livros nas prateleiras, a antiga Books & Records Megastore continua a ser uma pérola a descobrir. Na verdade nunca foi muito grande, mas há tanto para encontrar no pequeno espaço no Largo do Intendente: o portefólio de vinil não deixa margem para dúvidas. Desde a sua inauguração, em Fevereiro de 2017, que promete despedaçar o coração (de amores, claro) ao melómano mais empedernido. A partir das 15.00, é uma alegria: discos da idade da pedra e novidades metaleiras misturam-se com música africana e a banda pop espanhola Presuntos Implicados. Há opções para todos os gostos e, às terças e sábados, a Megastore vive na Feira da Ladra.

Resistente da Avenida de Roma, era um lugar de culto nos anos 60 e foi recentemente considerada uma Loja com História, entrando assim para o programa de apoio ao comércio tradicional alfacinha. Embora conhecida pelos discos, sobretudo clássicos de vinil, também é livraria, papelaria e (mais importante) uma referência para os moradores do bairro. Se for com amigos, pode ir à “caça” dos seus ídolos musicais enquanto a Maria procura as canetas perfeitas para sublinhar os apontamentos de matemática avançada.

Loja de discos, bar e café, a Amor Records nasceu pelas mãos de três brasileiros que cruzaram o oceano Atlântico “à procura de criar sentimentos analógicos em mentes digitais”. É também para isso que servem as Love Sessions, com a presença de artistas nacionais e internacionais, que estejam de passagem pela cidade. Mas, para quem for só pelos discos, saiba que o catálogo vai do house aos beats africanos, passando pela música brasileira e pelo techno.

Situada na Avenida Duque de Loulé, para além de vender guitarras novas ou em segunda-mão, também conta com todos os acessórios por que suspira uma estrela de rock, desde amplificadores a vários pedais, dos que distorcem o som aos que permitem ouvir o reverb. Se precisa de um serviço de Luthier, a Headstock tem profissionais de construção e reparo de instrumentos de cordas, com caixa de ressonância.

Escondida no Chiado, nas escadas de passagem entre a Rua Nova do Almada e a Rua do Crucifixo, é uma das lojas responsáveis por manter vivo o comércio da baixa. Lugar de culto, sobretudo para os verdadeiros apreciadores de música, ostenta milhares de títulos de CD, vinil ou DVD, desde as últimas novidades aos clássicos. Na cave, funciona um espaço de compra e venda de instrumentos musicais, tanto novos como em segunda-mão. Para além disso, também pode levar a sua avó a tomar um café e comer uma tosta enquanto pausa a “caça” aos discos ou se arrisca a escutar coisas “do tempo dela”, “do seu tempo” e, enfim, “do tempo de todos nós”, para sermos justos.

Gostar de música não é só comprar discos nem aumentar a colecção de instrumentos a apanhar pó lá por casa. Também é descobrir uma das mais ricas colecções instrumentais da Europa. Aberto ao público desde 1994, o museu está instalado em dois pisos de um espaço adaptado para o efeito, na ala poente da estação do metropolitano Alto dos Moinhos. No piso subterrâneo, é possível encontrar uma área de exposições, que inclui um espaço onde se realizam desde recitais a conferências, e uma loja, onde pode comprar souvenirs musicais, como uma gravata com pianos, ou o disco Degrés: Impromptu pour un voyage, de Emmanuel Nunes.

Esta loja de vinis, CD's e cassetes novas e em segunda mão já existe há muitos anos, mas agora surge rejuvenescida, com nova gerência. Entre as propostas de música, há géneros para todos os gostos e feitios, desde metal e rock até funk e música do mundo. Mas o Fado é o forte desta casa. À porta, encontra logo promoções. Se é verdade que esta loja de música é, por comparação às restantes propostas, apenas uma loja de música, também é verdade que está cheia de história e estórias (e de clientes fiéis para as contar).

Este salão musical já existe desde 1958. Nasceu como oficina de reparação e fabricação de instrumentos musicais de sopro, consagrando-se referência na assistência técnica a muitos músicos de bandas civis e militares. Actualmente, também vende instrumentos de cordas, edições musicais, desde livros a miniaturas, e até acessórios, incluindo cadernos e papel pautado. E faz parte do programa alfacinha Lojas com História desde 2019.