Depois da visita do realizador a Portugal (para uma conversa e dois concertos), eis que chega aos cinemas o novo filme de Woody Allen. Novo e possivelmente o último. Golpe de Sorte abre a lista de fitas que queremos ver este mês, onde também se encontra outro decano norte-americano: Martin Scorsese. Este estreia em meados de Outubro. Antes estará em cartaz a muito aguardada adaptação de A Sibila, por Eduardo Brito. E depois virá Não Sou Nada, em que Edgar Pêra põe Fernando Pessoa num clube em que os membros são os seus heterónimos.
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O 50.º filme de Woody Allen – e que ele afirma ser o seu último – foi rodado em França, com um elenco todo francês, remetendo para fitas anteriores do realizador como Crimes e Escapadelas ou Match Point. É uma história de adultério quase toda passada em Paris, em que o acaso e a coincidência desempenham um papel fundamental. Com Lou de Laâge, Melvil Poupaud, Niels Schneider e Valérie Lemercier.
Estreia a 5 de Outubro
Ellen Burstyn repete o seu papel do clássico de terror assinado por William Friedkin há 50 anos, nesta fita que se apresenta como a continuação directa de O Exorcista, não tendo qualquer relação com as outras da série. A personagem de Burstyn é contactada por um viúvo, Victor Fielding, cuja filha de 12 anos está a ser vítima de uma possessão demoníaca, e que lhe vem pedir auxílio, sabendo da sua história passada. David Gordon Green realiza.
Estreia a 5 de Outubro
Depois de assinar algumas curtas-metragens, Eduardo Brito estreia-se nas longas com esta adaptação do romance de Agustina Bessa-Luís, cujo argumento também assina. Maria João Pinho (no papel de Joaquina “Quina” Augusta, a “sibila” do título), Joana Ribeiro (como Germana, a sobrinha daquela, que quer ser escritora e na qual Agustina se representou), Sandra Faleiro, João Pedro Vaz e Simão Cayatte surgem no elenco.
Estreia a 12 de Outubro
A nova adaptação do clássico de Alexandre Dumas, já muitas vezes passado ao cinema, divide-se em dois filmes. Neste primeiro, D’Artagnan chega a Paris e conhece Athos, Porthos e Aramis, três mosqueteiros do rei, aos quais se alia, contra as maquinações do Cardeal Richelieu. Interpretações de François Civil, Vincent Cassel, Romain Duris, Pio Marmai, Eva Green, Louis Garrel, Lyna Khoudri e Eric Rouf. Realiza Martin Bourboulon.
Estreia a 12 de Outubro
Baseando-se no livro homónimo de David Grann, Martin Scorsese conta, no seu novo filme, uma sangrenta história real, passada nos anos 20, no interior dos EUA. A dos misteriosos assassínios de membros da tribo Osage, no Oklahoma, logo após terem sido descobertas grandes jazidas de petróleo nas suas terras, e que deram origem a uma investigação pelo recém-formado FBI. Com Robert De Niro, Leonardo DiCaprio, Lily Gladstone e Brendan Fraser.
Estreia a 19 de Outubro
O filho adolescente de um conhecido caçador de tempestades, que morreu num acidente durante um tornado, quer seguir nas pisadas do pai. Descobre então que o legado deste e o nome da família estão a ser usados por uma empresa turística de caçadores de tornados, liderada por um homem de negócios ambicioso e imprudente, que o pretende utilizar como chamariz de clientes. Filme de Herbert James Winterstern. Interpretações de Alec Baldwin, Anne Heche e Daniel Diemer.
Estreia a 19 de Outubro
Miguel Borges interpreta Fernando Pessoa nesta nova realização de Edgar Pêra. No Clube do Nada, habitado pelos seus heterónimos, o poeta consegue concretizar todos os seus sonhos. Mas a entrada em cena de uma mulher sofisticada, muito diferente da Ofélia do mundo real, vem destabilizar o Clube, ao mesmo tempo que Álvaro de Campos disputa a autoridade de Pessoa de forma violenta. Também com Albano Jerónimo, Victoria Guerra e Paulo Pires.
Estreia a 26 de Outubro
Thriller francês de Jérôme Salle, baseado na história verdadeira de Mathieu Roussel (Gilles Lellouche), um diplomata francês que foi nomeado para dirigir a Alliance Française em Irkutsk, na Sibéria, e onde se instalou com a família. Roussel acabaria por ser vítima de um kompromat, um esquema de falsas acusações concebido pelo FSB, o sucessor do KGB, para justificar a detenção de pessoas incómodas ao Estado russo.
Estreia a 26 de Outubro
A comédia é um género frequentemente ignorado pelos prémios e pela crítica. Mas produzir uma grande comédia, uma comédia intemporal, é uma das maiores conquistas no cinema. É uma forma de arte em grande parte dependente do contexto: aquilo que faz uma plateia chorar a rir em 2024 pode ser recebido mais tarde com olhares vazios – nem sequer é preciso passar meio século, como é muitas vezes o caso; bastam alguns anos de diferença.
Comédias e westerns, policiais e melodramas, ficção científica e fantástico, sem esquecer o musical, há de tudo nesta lista preenchida com 100 dos melhores filmes clássicos. Nela encontramos obras de alguns dos melhores realizadores da história do cinema, como Buster Keaton, Fritz Lang, Ingmar Bergman, John Ford, Howard Hawks, Federico Fellini, François Truffaut, Jean-Luc Godard, Luchino Visconti ou Martin Scorsese, entre muitos, muitos outros. Pode ser o início de uma colecção de grandes obras do cinema mundial em DVD ou Blu-ray. Ou ainda uma lista para orientação no YouTube, onde se encontram vários destes títulos em boas cópias.
O potencial cinematográfico (e não só) da ficção científica é quase infinito. É nestes filmes que os nossos maiores pesadelos podem tornar-se realidade e os nossos sonhos concretizar-se, ao mesmo tempo que é dito e posto em causa algo sobre o nosso presente. E o género sempre fez as delícias do público, desde o tempo dos efeitos especiais básicos e rudimentares dos filmes mudos ao excesso digital dos blockbusters contemporâneos. Hoje, no entanto, é a própria crítica quem aplaude e celebra muitos destes filmes, tal como acontece com os super-heróis e o terror. A pensar nisso, elegemos os 100 melhores filmes de ficção científica de sempre.
Escolher os melhores filmes de terror de todos os tempos é assustador, a todos os níveis. Sobretudo tendo em conta a atenção que o género tem recebido em anos recentes, à custa de obras como Foge ou Hereditário. Parece que, depois de anos nas margens, o cinema de terror está a passar por um momento de adulação crítica.
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