Beatriz Batarda, Albano Jerónimo
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As melhores séries de 2018

Nunca se estrearam tantas, tão boas e diferentes séries como agora. Estas foram as melhores de 2018.

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Sem surpresa, o ano de 2018 foi profícuo na televisão. São cada vez mais os nomes grandes de Hollywood, entre actores e realizadores, a aventurarem-se no pequeno ecrã (ou nos vários ecrãs). Uma consequência do crescente investimento dos canais nas suas produções. Em 2018 estrearam-se séries como há muito não acontecia e estas dez foram as melhores que vimos e até Portugal parece ter finalmente acordado para esta realidade. Sara não passou despercebida e ainda bem. Esperamos que seja apenas o início de uma era dourada também para a ficção nacional. 

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As melhores séries de 2018

A Agência Clandestina

Os franceses também sabem fazer séries de espionagem e de acção tão realistas e com tanta actualidade como as inglesas ou americanas. E A Agência Clandestina até consegue ser melhor que muitas destas.

Better Call Saul

À quarta temporada, Better Call Saul deixou de viver à sombra de Breaking Bad, apesar dos seus mundos se confundirem cada vez mais, para gáudio dos fãs. A série de Vince Gilligan é o ideal para matar saudades de Breaking Bad, e não é apenas pelas personagens, mas pelo simples facto de se tratar de televisão de qualidade com interpretações valentes de Bob Odenkirk (Saul), Jonathan Banks (Mike) e Giancarlo Esposito (Gus).

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Bojack Horseman

Criada por Raphael Bob-Waksberg, com Will Arnett, Amy Sedaris, Alison Brie, Paul F. Tompkins e Aaron Paul nos papéis principais, Bojack Horseman é uma série hilariante, sóbria e sincera. Um retrato genuíno da depressão e do seu impacto nos doentes e nas pessoas à sua volta – o que, parecendo que não, é um feito considerável quando falamos de uma comédia animada sobre um cavalo que foi uma estrela de televisão nos anos 90.

Castle Rock

A vila imaginária do estado do Maine é essencial na topografia dos livros de Stephen King. E é a vedeta desta série de terror de pavio longo que joga com o nosso conhecimento da obra do escritor.

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Daredevil

Esteve quase para não entrar nesta lista. No entanto, depois de lermos que a terceira temporada ia ser a última, cedemos. Daredevil foi a melhor narrativa de super-heróis que até hoje iluminou o pequeno ecrã e, apesar de a primeira temporada nunca ter sido superada, alguns dos episódios deste ano contam-se entre os melhores da série. Descanse em paz.

Lodge 49

Continuamos em crise. A economia pode ter voltado a crescer, a vida pode parecer melhor e mais fácil, mas as feridas da grande recessão – que em Portugal se confunde com a intervenção e saque dos anos da troika – continuam abertas. E Lodge 49 é uma das raras séries americanas com coragem de olhar para o problema, para as formas como aqueles anos mudaram as nossas vidas. Como as continuam a mudar.

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O Método Kominsky

Michael Douglas e Alan Arkin justificariam só por si a entrada desta série na lista dos melhores do ano. Dois senhores que habitualmente não vemos na televisão e que agora se juntaram nesta comédia que podia muito bem ser a história dos dois. Criada por Chuck Lorre (Dois Homens e Meio ou A Teoria do Big Bang), O Método Kominsky consegue pôr-nos a rir sobre um tema que tanto nos assusta: envelhecer. Não faltam conversas sobre a próstata, o viagra e a proximidade da morte.

Sara

Apesar de ter sido atirada para a RTP2, Sara estreou-se com estrondo. Por cá, não tivemos dúvidas e escrevemos então que esta série realizada por Marco Martins, escrita por este, Ricardo Adolfo e Bruno Nogueira (que teve a ideia original), com Beatriz Batarda no papel principal, é a melhor que se fez na história da ficção nacional. Mas podíamos muito bem ter escrito que Sara é das melhores coisas que se fizeram em televisão.

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The End of the F***ing World

Inspirada na BD homónima de Charles Forsman, The End of the F***ing World é uma história de violência e amor adolescente. Aliás, é uma história de amor, estrada e violência (por esta ordem), uma narrativa tipicamente americana, transferida para o Reino Unido nesta adaptação protagonizada por Alex Lawther (James) e Jessica Barden (deslumbrante no papel de Alyssa).

The Man in the High Castle

Criada por Frank Spotnitz, a partir do romance de homónimo de Philip K. Dick, The Man in the High Castle retrata uma realidade alternativa distópica, em que os países do Eixo venceram a Segunda Guerra Mundial e dividiram os Estados Unidos entre si. É nestes Estados Unidos ocupados por fascistas que decorre a acção.

Best of 2018

  • Compras

365 dias, tantas lojas. Neste ano que passou abriram dezenas de espaços em Lisboa, e a nós coube-nos avaliar as melhores portas por onde entrámos e onde vamos querer continuar a entrar para perder a cabeça e abrir a carteira. Vieram para animar os nossos armários, darem uma lufada de ar fresco às nossas casas. Plantas, loiças, mobília, óculos e roupa – a escolha é variada para não limitar gostos. Dizemos-lhe como param as modas e o que nos fez abrir os cordões à bolsa nestas seis moradas que, para nós, são as lojas do ano de 2018. Agora, descubra-as.

  • Música
Os melhores discos de jazz de 2018
Os melhores discos de jazz de 2018

A Grã-Bretanha anda desnorteada e a angústia em relação ao pós-Brexit adensa-se, mas o jazz britânico nunca esteve tão pujante: quatro dos grupos responsáveis pelos melhores discos de jazz de 2018 são súbditos de Sua Majestade (embora um dos músicos envolvidos não se reveja nela). O jazz português também está cá representado, por direito próprio e não por enviesamento nacionalista. Há música brutal e tenebrosa, que muitos verão como estando mais próximo do metal e sendo mais apropriada para sonorizar pesadelos do que para proporcionar uma escuta descontraída – Starebaby e Insurrection. Mas também há lirismo sereno e rarefeito – o Live do Marcin Wasilewski Trio – e música inclassificável, como a do álbum Short Stories, que desafia os cartógrafos do mundo musical.

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  • Música

A ópera barroca é um universo que só há pouco começou a ser explorado e que ainda tem imensos tesouros para revelar. Este ano há duas excepcionais selecções de árias de dois mestres consagrados – Handel e Vivaldi – em interpretações tão frescas e vivas que se diria que a música foi composta na véspera e não há quase 300 anos, e iniciou-se a prospecção das cerca de 40 óperas de Porpora, filão que levará anos a explorar. Mas 2018 foi também o ano em que chegou ao disco uma inquietante ópera estreada em 2005, da autoria de um dos mais notáveis compositores de ópera vivos e que termina com o clarão deslumbrante que marca a entrada da Humanidade na era nuclear, e o ano do centenário da morte de Debussy, assinalado com novas gravações de alto coturno.

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