Carlos Bica & Azul
Álbum: Azul in Ljubljana (Clean Feed)
Após seis discos de estúdio, eis o testemunho, captado no Festival de Jazz de Ljubljana de 2015, dos níveis de intensidade e excitação que Carlos Bica, Frank Möbus e Jim Black atingem ao vivo.

A Grã-Bretanha anda desnorteada e a angústia em relação ao pós-Brexit adensa-se, mas o jazz britânico nunca esteve tão pujante: quatro dos grupos responsáveis pelos melhores discos de jazz de 2018 são súbditos de Sua Majestade (embora um dos músicos envolvidos não se reveja nela). O jazz português também está cá representado, por direito próprio e não por enviesamento nacionalista. Há música brutal e tenebrosa, que muitos verão como estando mais próximo do metal e sendo mais apropriada para sonorizar pesadelos do que para proporcionar uma escuta descontraída – Starebaby e Insurrection. Mas também há lirismo sereno e rarefeito – o Live do Marcin Wasilewski Trio – e música inclassificável, como a do álbum Short Stories, que desafia os cartógrafos do mundo musical.
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Álbum: Azul in Ljubljana (Clean Feed)
Após seis discos de estúdio, eis o testemunho, captado no Festival de Jazz de Ljubljana de 2015, dos níveis de intensidade e excitação que Carlos Bica, Frank Möbus e Jim Black atingem ao vivo.
Álbum: Starebaby (Pi Recordings/Distrijazz)
Um disco adstringente, opressivo e malsão, onde o jazz se perde na estrada ao lusco-fusco e vai ter a um motel remoto gerido por um psicopata que aprecia doom metal e tem traços de David Lynch.
Álbum: The Influencing Machine (Edition Records/Karonte)
É o opus 3 deste trio de piano, contrabaixo e bateria com sede em Manchester, que recorre a brinquedos e electrónica para brindar o ouvinte com uma surpreendente sucessão de traquinices.
Álbum: Needs (Clean Feed)
O quinteto do saxofonista norueguês já nos tinha habituado a excelentes discos, mas este octeto (ou melhor, duplo quarteto) que soa como uma big band é a sua melhor realização até à data.
Álbum: Bristopia (Get The Blessing)
Sexto disco de um quarteto de Bristol (com secção rítmica vinda dos Portishead) que, de forma brilhante, inocula no jazz as diversas linguagens da galáxia pop-rock.
Álbum: A Humdrum Star (Blue Note/Universal)O
Quarto álbum deste trio de Manchester demonstra que, em vez de se preocuparem por estarem a ser invadidos por estrangeiros, os britânicos deveriam antes ajudar o moderno jazz britânico a invadir o mundo.
Álbum: Insurrection (Tzadik)
As guitarras de Matt Hollenberg e Julian Lage, o baixo de Trevor Dunn e a bateria de Kenny Grohowski, trituram e amalgamam jazz, metal, funk e sabe-se lá que mais, sob a batuta de John Zorn.
Álbum: Live (ECM/Distrijazz)
Neste registo ao vivo em Antuérpia, o trio do pianista polaco Marcin Wasilewski tanto desconstrói “Message in a Bottle”, dos Police, como desliza com um lirismo sereno e melancólico.
Álbum: Your Queen Is a Reptile (Impulse!/Universal)
O saxofonista Shabaka Hutchings nasceu em Londres, mas não se sente representado pela Rainha de Inglaterra e dedica cada uma das faixas do terceiro disco do projecto Sons of Kemet – uma fusão fogosa, visceral e dançarina de jazz com música africana e caribenha – a uma realeza “alternativa”.
Álbum: Short Stories (Jazz Haus Musik)
Este quarteto de cordas não é ortodoxo nem na formação (inclui um contrabaixo, a cargo de Carlos Bica) nem na música que toca, que dança sobre a linha de fronteira entre jazz, música de câmara e world music.
365 dias, tantas lojas. Neste ano que passou abriram dezenas de espaços em Lisboa, e a nós coube-nos avaliar as melhores portas por onde entrámos e onde vamos querer continuar a entrar para perder a cabeça e abrir a carteira. Vieram para animar os nossos armários, darem uma lufada de ar fresco às nossas casas. Plantas, loiças, mobília, óculos e roupa – a escolha é variada para não limitar gostos. Dizemos-lhe como param as modas e o que nos fez abrir os cordões à bolsa nestas seis moradas que, para nós, são as lojas do ano de 2018. Agora, descubra-as.
É bom fazer balanços. Olhar para trás e pensar no melhor e no pior seja do que for. Neste caso, do que vimos no cinema. Houve filmes maus, assim-assim, bons e muitos bons. E, entre estes últimos, destacaram-se estes dez, de diferentes géneros e proveniências. Dos melhores filmes de 2018, metade são americanos – de 15.17 Destino Paris, de Clint Eastwood, a Fahrenheit 11/9, de Michael Moore, passando por Linha Fantasma, de Paul Thomas Anderson – e o resto veio da Europa – como Guerra Fria, de Pawel Pawlikowski, ou Frantz, de François Ozon – e da Ásia – por exemplo, O Lamento, de Nia Hong-jin.
Ao longo dos últimos 12 meses, não se estrearam nem se fizeram em Portugal tantos filmes memoráveis como em 2017 – não houve nada que fosse comparável a Fátima, de João Canijo, São Jorge, de Marco Martins, ou Fábrica de Nada, de Pedro Pinho, todos do ano passado. Todavia houve uns quantos filmes que se distinguiram na ficção e no documentário. Casos de Colo, de Teresa Villaverde, Ramiro, de Manuel Mozo e Ruth, de António Pinhão Botelho, ou ainda O Espectador Espantado, de Edgar Pêra, e O Labirinto da Saudade, de Miguel Gonçalves Mendes.
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