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Os melhores filmes portugueses de 2018

Assistimos à estreia de vários filmes portugueses em 2018. Estes foram os melhores

Escrito por
Editores da Time Out Lisboa
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Ao longo dos últimos 12 meses, não se estrearam nem se fizeram em Portugal tantos filmes memoráveis como em 2017 – não houve nada que fosse comparável a Fátima, de João Canijo, São Jorge, de Marco Martins, ou Fábrica de Nada, de Pedro Pinho, todos do ano passado. Todavia houve uns quantos filmes que se distinguiram na ficção e no documentário. Casos de Colo, de Teresa Villaverde, Ramiro, de Manuel Mozo e Ruth, de António Pinhão Botelho, ou ainda O Espectador Espantado, de Edgar Pêra, e O Labirinto da Saudade, de Miguel Gonçalves Mendes.

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Os melhores filmes portugueses de 2018

'Colo', de Teresa Villaverde

A realizadora de Três Irmãos e Os Mutantes usa a crise económica que afectou os portugueses como pretexto para mostrar a crise da família no nosso tempo. Aquela só acentua o crescente distanciamento, a falta de comunicação, o isolamento interior e a alienação emocional entre pai (João Pedro Vaz), mãe (Beatriz Batarda) e filha adolescente (Alice Albergaria), filmados num apartamento de um bairro indistinto de Lisboa, com uma austeridade sombria.

'O Espectador Espantado', de Edgar Pêra

Edgar Pêra explora o que significa ser espectador de cinema neste filme-ensaio em 3D. Mas também procurar definir e explicar o sentimento de espanto daquele ante o que se está a passar na tela, ou ainda analisar as pulsões mais profundas, culturais, colectivas e inconscientes que estão na sua base. E pelo caminho fala sobre o próprio futuro do cinema.

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'O Labirinto da Saudade', de Miguel Gonçalves Mendes

Miguel Gonçalves Mendes foge à estrutura do documentário de cabeças falantes e identidade televisiva, apostando numa encenação de recorte fantástico-onírico, visualmente inventiva, neste documentário sobre Eduardo Lourenço nos 40 anos da publicação do seu livro O Labirinto da Saudade. E quando o pensador assinala o seu 95º aniversário.

'Ramiro', de Manuel Mozos

A quinta longa-metragem de ficção de Manuel Mozos é uma comédia do quotidiano, anónimo e de bairro lisboeta, que evoca um Jim Jarmusch trocado por miúdos, e onde o realizador leva, discreta, amavelmente e sem sobressaltos, a água ao seu moinho.

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'Ruth', de António Pinhão Botelho

Ruth é um filme de contornos semipoliciais sobre Eusébio antes de ser o Pantera Negra da lenda. Mas também é um filme sobre um Portugal em que o futebol e a clubite eram mais inocentes do que hoje, e não tinham sido estragados pelas televisões, pelo dinheiro e pelos dirigentes. E, dentro das consabidas limitações da nossa produção, narra os
factos com lhaneza, desembaraço e sentido de humor.

Best of 2018

  • Compras

365 dias, tantas lojas. Neste ano que passou abriram dezenas de espaços em Lisboa, e a nós coube-nos avaliar as melhores portas por onde entrámos e onde vamos querer continuar a entrar para perder a cabeça e abrir a carteira. Vieram para animar os nossos armários, darem uma lufada de ar fresco às nossas casas. Plantas, loiças, mobília, óculos e roupa – a escolha é variada para não limitar gostos. Dizemos-lhe como param as modas e o que nos fez abrir os cordões à bolsa nestas seis moradas que, para nós, são as lojas do ano de 2018. Agora, descubra-as.

Os melhores discos de jazz de 2018
  • Música

A Grã-Bretanha anda desnorteada e a angústia em relação ao pós-Brexit adensa-se, mas o jazz britânico nunca esteve tão pujante: quatro dos grupos responsáveis pelos melhores discos de jazz de 2018 são súbditos de Sua Majestade (embora um dos músicos envolvidos não se reveja nela). O jazz português também está cá representado, por direito próprio e não por enviesamento nacionalista. Há música brutal e tenebrosa, que muitos verão como estando mais próximo do metal e sendo mais apropriada para sonorizar pesadelos do que para proporcionar uma escuta descontraída – Starebaby e Insurrection. Mas também há lirismo sereno e rarefeito – o Live do Marcin Wasilewski Trio – e música inclassificável, como a do álbum Short Stories, que desafia os cartógrafos do mundo musical.

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  • Música

A ópera barroca é um universo que só há pouco começou a ser explorado e que ainda tem imensos tesouros para revelar. Este ano há duas excepcionais selecções de árias de dois mestres consagrados – Handel e Vivaldi – em interpretações tão frescas e vivas que se diria que a música foi composta na véspera e não há quase 300 anos, e iniciou-se a prospecção das cerca de 40 óperas de Porpora, filão que levará anos a explorar. Mas 2018 foi também o ano em que chegou ao disco uma inquietante ópera estreada em 2005, da autoria de um dos mais notáveis compositores de ópera vivos e que termina com o clarão deslumbrante que marca a entrada da Humanidade na era nuclear, e o ano do centenário da morte de Debussy, assinalado com novas gravações de alto coturno.

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