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The Breakfast Club
©DRThe Breakfast Club (1985)

Dez filmes para ver no regresso às aulas

No cinema também há estudantes e professores peculiares. A prova está nestes filmes para ver no regresso às aulas

Raquel Dias da Silva
Escrito por
Raquel Dias da Silva
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No final de mais um mês de Agosto, há sempre um regresso às aulas. É o fim dos dias de papo para o ar a trabalhar para o bronze ou das coboiadas entre amigos. Para os miúdos mas também para os mais crescidos, é hora de voltar à rotina, enfiar a cabeça nos livros ou no trabalho, prestar culto ao sumo de pacote ou ao café, rever colegas e amigos e às vezes, quem sabe, conhecer novas caras. Mas antes sente-se onde e como preferir e aproveite os últimos cartuchos com estes dez filmes para ver no regresso às aulas.

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Filmes para ver no regresso às aulas

Grease – Brilhantina (Grease, 1978)

Na Califórnia de 1958, Sandy (Olivia Newton-John) e Danny (John Travolta) apaixonam-se num Verão inesquecível na praia. Quando voltam às aulas, descobrem que frequentam a mesma escola, mas grupos diferentes: ele é o líder dos T-Birds, munidos de casacos de cabedal e muito gel no cabelo; ela passa tempo com as Pink Ladies, lideradas por Rizzo. Para ficarem juntos, ambos vão ter de fazer cedências neste musical que é o maior sucesso cinematográfico de 1978.

O Clube (The Breakfast Club, 1985)

“Quando cresces, o teu coração morre”, avisa a personagem solitária de Ally Sheedy neste drama adolescente que é uma referência dos anos 80. Nenhum outro diálogo ouvido num filme de John Hughes foi tão revelador da simpatia imensa do realizador por uma nova geração à procura do seu caminho. Com um modesto orçamento de um milhão de dólares e um elenco reduzido, onde se destacam Molly Ringwald e Emilio Estevez, esta é a história de cinco adolescentes de diferentes grupos e condições sociais (uma beta, um marrão, um desportista, um delinquente e uma miúda estranha e introvertida) que começam por ser reduzidos e reduzir-se a estereótipos e a ideias pré-concebidas, mas ao longo de uma manhã de castigo aprendem a ver-se como mais do que isso.

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O Clube dos Poetas Mortos (Dead Poets Society, 1989)

Estreou-se em 1989, foi um êxito de bilheteira, arrecadou prémios – incluindo um BAFTA para Melhor Filme – e fez-se clássico. À partida, podemos resumir assim o sucesso desta película sobre John Keating (Robin Williams), um professor de inglês numa escola só para rapazes que decide ensinar poesia aos seus alunos e que, às tantas, os inspira a ressuscitar O Clube dos Poetas Mortos, um clube de apreciação à poesia a que Keating pertencia quando era estudante na mesma escola. Mas será, porventura, importante explicar porque marcou uma geração: apesar de romantizar a subversão, este filme propõe a libertação de códigos sociais antiquados através da exploração artística e mostra como a literatura pode mudar uma pessoa. Depois, há aquela cena inesquecível com “O Captain! My Captain!”, do poema de Walt Whitman. E quem nunca imaginou fazer o mesmo em honra de um professor muito especial?

Giras e Terríveis (Mean Girls, 2004)

Criada pelos pais zoólogos em África, Cady (Lindsay Lohan) pensa que sabe tudo sobre as “leis da selva” e a “lei do mais forte”. Mas quando é transferida para uma escola nos Estados Unidos confronta-se com a hierarquia escolar onde a popularidade significa tudo. Às tantas, a rapariga dá por ela infiltrada entre a nata feminina da escola, The Plastics. O argumento engendrado por Tina Fey está recheado de momentos cómicos, mas na verdade este filme de Mark Waters revela uma grande empatia pelas personagens, resultado de um olhar conhecedor e ironicamente crítico do ambiente escolar.

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Páginas de Liberdade (Freedom Writers, 2007)

Através de um olhar crítico sobre o sistema educativo e inspirado nos eventos reais relatados no livro The Freedom Writers Diary, de Erin Gruwell, o filme segue a história de um grupo de jovens de um bairro problemático e de uma professora de inglês que lhes dá o que eles mais precisam: uma voz própria. Numa escola dominada pela violência e tensão racial, Erin (Hilary Swank) cria um projecto de leitura, que se inicia com O Diário de Anne Frank, e desafia os estudantes a contarem o que quiserem sobre as suas vidas nos seus próprios diários. Nas aulas, ensina como os impedimentos e situações de exclusão e preconceito podem afectar todos, independentemente da cor da pele, da origem étnica ou da religião.

A Turma (Entre les Murs, 2008)

Este filme de Laurent Cantet é considerado um retrato exemplar das questões da educação e do desafio de ensinar, e foi galardoado com uma Palma de Ouro no Festival de Cannes, em 2008. Acompanha durante um ano um professor (François Bégaudeau) numa escola de um bairro problemático de Paris, onde as culturas e as diferentes personalidades dos estudantes colidem frequentemente dentro da sala de aula, espelho dos contrastes multiculturais dos grandes centros urbanos em todo o mundo. A turma é composta por actores não-profissionais, escolhidos entre alunos de um liceu francês, com quem o realizador trabalhou durante um ano lectivo em ateliês de improvisação.

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O Substituto (Detachment, 2011)

Apesar de empatizar com os jovens, Henry (Adrien Brody) decide escolher ser professor substituto para manter a distância, até ao dia em que é colocado numa escola pública onde o corpo docente se debate com adolescentes desmotivados e violentos. Ao descobrir uma ligação improvável com a sua nova turma, uma colega de profissão e uma jovem problemática que recolhe das ruas, apercebe-se que o seu dom natural pode realmente fazer a diferença e mostra-se disposto a perder alguma paz de espírito. Do realizador de América Proibida, Tony Kanye, este filme venceu o Prémio da Crítica no Festival de Deauville, o Prémio do Público na Mostra de São Paulo, Melhor Contribuição Artística no Festival de Tóquio e uma menção honrosa no Festival de Woodstock.

A Arte de Passar o Tempo (The Art of Getting By, 2011)

“Eu estava deprimido”, responde o protagonista, quando uma professora lhe pergunta porque é que não fez os trabalhos de casa. Nesta comédia dramática, que estreou no Festival Sundance, onde foi indicada a Grande Prémio do Júri, o adolescente solitário e fatalista George (Freddie Highmore) não tem nenhuma ambição a não ser passar o tempo, pelo menos até conhecer Sally (Emma Roberts) e perceber que tem de decidir o que quer fazer da vida. Sem pretensão de querer inventar a roda, o argumento do também realizador Gavin Wiesen aborda de forma natural e com sentido de humor as dores de crescimento.

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As Vantagens de Ser Invisível (The Perks of Being a Wallflower, 2012)

No seu segundo trabalho como realizador, Stephen Chbosky adapta o seu próprio romance, um coming-of-age sobre Charlie (Logan Lerman), que sofre de depressão clínica desde a infância e foi recentemente dispensado de uma instituição de saúde mental. Ao começar o primeiro ano do secundário, com dificuldades em relacionar-se com os seus pares, começa a escrever sobre os desafios, insucessos e vitórias relacionados com a vida académica, incluindo sobre os laços de amizade que começa a formar com Patrick (Ezra Miller) e Sam (Emma Watson), duas pessoas alegres, extrovertidas e com um gosto esfuziante pela vida.

Adeus, Professor (The Professor, 2018)

Escrito e realizado por Wayne Roberts, esta comédia negra, que estreou no Festival de Zurique, conta a história de Richard (Johnny Depp), um professor de Literatura num luxuoso colégio privado, que é informado pelo seu médico de que tem um cancro nos pulmões e apenas uns meses de vida. Em vez de ir dar uma aula, Richard entra pelo lago do colégio adentro e, com água pelos joelhos, insulta Deus e todos os santos. A seguir, decide não fazer nenhum tratamento e passar a viver o pouco tempo que lhe resta como lhe apetece, borrifando-se para tudo em seu redor: os alunos broncos, a mulher artista contemporânea que lhe põe os palitos com o director do colégio, a filha adolescente que anunciou que é lésbica e os colegas medíocres. 

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