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Photograph: Disney Pixar

Dez filmes sobre comes e bebes que foram aos Óscares

A comida e a bebida são temas tão legítimos como quaisquer outros, como provam estes dez filmes nomeados para os Óscares

Escrito por
Eurico de Barros
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Não é só de agora e não é só no Instagram que as pessoas gostam de ver o que os outros andam a comer e a beber. Acontece o mesmo no cinema. A Festa de Babette (1987), de Gabriel Axel, O Banquete de Casamento (1993), de Ang Lee, Chocolate (2000), de Lasse Hallstrom, Sideways (2004), de Alexander Payne, Ratatui (2007), de Brad Bird e Jan Pinkawa, ou Julie & Julia (2009), de Nora Ephron, são algumas das fitas sobre comida, bebida, restaurantes e receitas que foram aos Óscares. Alguns não passaram de indicações, outros levaram a estatueta para casa – provavelmente para a guardar numa prateleira da cozinha. Veja estes dez filmes nomeados para os Óscares, e bom apetite. 

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Dez filmes sobre comes e bebes que foram aos Óscares

‘Adeus, Amigos’, de Barry Levinson (1982)

A primeira longa-metragem de Barry Levinson passa-se num típico diner de Baltimore, no final da década de 1950, onde se juntam seis amigos na casa dos 20, à beira de entrar na idade madura e de começar a tomar decisões sobre que rumo vão dar às suas vidas. Naturalmente, come-se e bebe-se muito (essencialmente, comida de diner americano) ao longo deste filme, que deu a Levinson uma nomeação para Óscar de Melhor Argumento Original. Perdeu para Gandhi.

‘A Festa de Babette’, de Gabriel Axel (1987)

Óscar de Melhor Filme Estrangeiro para este filme do dinamarquês Gabriel Axel, adaptado de um conto da sua compatriota Karen Blixen. Esta história de uma exilada francesa (Stéphane Audran) que, no século XIX, é acolhida por duas irmãs dinamarquesas, que vivem austera e frugalmente, e lhes agradece com uma sumptuosa refeição, é uma celebração da boa mesa e de como a comida pode trazer alegria e sensações totalmente novas àqueles que raramente as experimentam.

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‘O Banquete de Casamento’, de Ang Lee (1993)

Um variado e apetitoso banquete de matrimónio está no centro desta comédia dramática do taiwanês Ang Lee. Mas se a comida é da melhor, o casamento é um logro. Um homossexual americano e outro chinês vivem juntos em Nova Iorque, e para enganarem os pais deste, que vêm de visita aos EUA, combinam que ele vai fazer um casamento de conveniência com uma imigrante que se quer legalizar. O filme foi nomeado para o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro, que seria conquistado por Sol Enganador, do russo Nikita Mikhalkov.

‘Comer Beber Homem Mulher’, de Ang Lee (1994)

Ang Lee voltou a ter uma nomeação para o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro um ano depois de O Banquete de Casamento, graças a esta fita sobre um chef taiwanês que vive com as três filhas solteiras. Todos os domingos, pai e filhas juntam-se à mesa para um elaborado jantar, que já se transformou num ritual familiar. Lee usa a comida como uma metáfora para a crescente separação e falta de comunicação entre o chef (que está a perder o paladar) e o trio de raparigas.

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‘Chocolate’, de Lasse Hallstrom (2000)

Cinco nomeações para os Óscares (incluindo Melhor Filme) teve esta fábula de Lasse Hallstrom baseada no livro homónimo de Joanne Harris, mas acabou por não ganhar nenhum. É a história de uma mulher (Juliette Binoche) e a filha de seis anos que abrem uma loja de chocolates numa vilazinha francesa. A princípio, são recebidas com desconfiança, mas depois os deliciosos chocolates começam a surtir o seu efeito nos membros da muito tacanha e pouco tolerante comunidade.

‘Pedaços de uma Vida’, de Peter Hedges (2003)

O jantar do Dia de Acção de Graças, uma tradição americana, domina esta comédia dramática. Em Nova Iorque, uma rapariga (Katie Holmes) está a preparar o jantar do Dia de Acção de Graças para a mãe e o resto da família, que vêm de fora da cidade. O fogão avaria-se e a rapariga tem que ir à procura de uma vizinha que a deixe cozinhar o peru no fogão dela. Patricia Clarkson foi nomeada para o Óscar de Melhor Actriz Secundária no papel da mãe, mas voltou para casa de mãos a abanar.

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‘Super Size Me: Trinta Dias de Fast Food’, de Morgan Spurlock (2004)

O documentarista Morgan Spurlock teve uma nomeação para o Óscar de Melhor Documentário com este trabalho onde investiga os efeitos nocivos da fast food nos consumidores, transformando-se para o efeito numa cobaia humana. Spurlock passou um mês inteiro a comer em McDonald’s, três refeições por dia, provando todos os itens da ementa, e foi devidamente acompanhado por três médicos, cada um da sua especialidade. Mas o esforço não se traduziu numa estatueta dourada.

‘Sideways’, de Alexander Payne (2004)

Uma semana antes de se casar, Jack (Thomas Haden Church) e o seu amigo e padrinho Miles (Paul Giamatti) vão fazer o circuito das vinhas da Califórnia. Entretanto, conhecem duas simpáticas e atraentes amigas. Esta comédia dramática sobre vinho e as frustrações, angústias e ridículos da meia-idade, ganhou os Óscares de Melhor Filme e Argumento Adaptado. Haden Church (Actor Secundário), Alexander Payne (Realizador) e Virginia Madsen (Actriz Secundária) também foram nomeados.

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‘Ratatoui’, de Brad Bird e Jan Pinkawa (2007)

Comida e ratos não vão nada bem juntos na vida real, mas combinam tão bem como bife e batatas fritas nesta deliciosa animação digital da Pixar/Disney, que recebeu o Óscar de Melhor Filme Animado de Longa-Metragem e teve mais quatro nomeações, incluindo Argumento Original e Banda Sonora. Remy é um ratinho francês que quer ser chef, uma ambição que não quadra nada com a sua espécie, e acaba por ir parar ao restaurante do cozinheiro que mais admira.

‘Julie & Julia’, de Nora Ephron (2009)

Meryl Streep interpreta a carismática e inovadora cozinheira americana Julia Child, e Amy Adams personifica a blogger de culinária Julie Powell, que em 2002 se propôs confeccionar todas as receitas contidas no primeiro livro daquela. A acção deste filme de Nora Ephron alterna entre o pós-II Guerra Mundial, contando a história de Julia Child e do marido, e o início deste século, acompanhando Julia Powell. Meryl Streep foi nomeada para o Óscar de Melhor Actriz pelo seu brilhante papel, mas foi batida por Sandra Bullock.

A caminho dos Óscares

Os filmes que ganharam mais Óscares
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Antes da cerimónia de entrega dos Óscares, que se realiza a 9 de Fevereiro, em Los Angeles, recordamos alguns dos filmes com o maior número de estatuetas no currículo. O clássico Ben-Hur, realizado em 1959 por William Wyler, Titanic (1997), de James Cameron, e a terceira parte da trilogia O Senhor dos Anéis, rodada por Peter Jackson e estreada em 2003, lideram a lista dos recordistas de Óscares na história do cinema, com 11 prémios.

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Foram muitos os actores e actrizes que, desde 1929, ganharam um Óscar. Pouco mais de 40 conseguiram levar para casa duas estatuetas da Academia ao longo da sua carreira. Mas mais do que isso? Quase nenhuns. Estes foram os actores e actrizes que ganharam mais Óscares até hoje.

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Já se sabe que nem sempre os melhores realizadores (e os melhores actores e os melhores filmes) são aqueles que ganham os Óscares, e já por muitas ocasiões as estatuetas de Hollywood foram parar às pessoas erradas, deixando de mãos a abanar quem as merecia. Conheça os grandes realizadores que nunca ganharam o Óscar (de melhor realizador).

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