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Mostra de Cinemas Ibero-Americanos: 10 filmes a não perder

Este ano a Casa da América Latina associa a sua Mostra de Cinemas Ibero-Americanos à Passado e Presente – Capital Ibero-Americana de Cultura 2017. O resultado é mais filmes, mais cineastas e cinema mais experimental, sempre no São Jorge

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O sumo desta mostra é mesmo novos cineastas. Embora a história não seja esquecida, são as gerações que já não conheceram a vida em ditadura que esta oitava Mostra de Cinemas Ibero-Americanos mais expõe entre as suas cerca de três dezenas de longas-metragens documentais e de ficção. Aqui vão 10.

4-16 Dez, Cinema São Jorge. 3.50€

Mostra de Cinemas Ibero-Americanos: 10 filmes a não perder

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É na fronteira entre o jornalismo e o trabalho de detective que se move o investigador Juan de Dios Martínez nesta cidade fictícia, na fronteira entre o México e os Estados Unidos, inventada por Roberto Bolaño para um capítulo de 2666. O realizador dominicano Nelson De Los Santos Árias apropria-se dela para ali situar o palco dos crimes e abusos cometidos contra mulheres e trabalhadores. A película, de 2015, também ela situada na fronteira, mas entre a ficção e o documentário, com a sua estrutura algures entre a metáfora e a realidade da violência no México, foi considerada o Melhor filme Latino-Americano no Festival de Mar del Plata.

Quinta, 7, 19h00.

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  • Avenida da Liberdade

Jayro Bustamante, com María Mercedes Croy, María Telón, Manuel Antún, Justo Lorenzo e Marvin Coroy no elenco, põe em cena a história (premiada no Festival de Berlim em 2015) de Maria, jovem maia, 17 anos, que vive e trabalha com a família numa plantação no planalto da Guatemala. Está tudo na paz dos santos, até ao dia em que os pais a prometem em casamento ao capataz da propriedade. O que não agrada nem um bocadinho a Maria, pois nos seus planos está acompanhar El Pepe, um jovem local, no desejo de emigrar para os Estados Unidos. Por entre encontros secretos, promessas vazias e uma gravidez, o rapaz põe-se ao fresco, o casamento de conveniência vai à vida e subitamente uma praga de serpentes assola a plantação.

Sexta, 8, 21.30.

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Manuela (Itsaso Arana) e Olmo (Francesco Carril) reencontram-se, tal qual prometeram um ao outro, 15 anos antes. Eram então adolescentes. Viviam o primeiro amor. É deste romântico ponto de partida que o realizador madrileno Jonás Trueba parte, mas o desenvolvimento da narrativa é como uma busca pela consciência do tempo. Aquele que se perdeu, o outro entretanto recuperado, o que guardamos e deixamos na memória, o que esquecemos mas continua a fazer parte de nós.

Sábado, 9, 21.30.

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Alba (Macarena Árias) tem 11 anos e há muito aprendeu a conviver com a doença da mãe e a ajudá-la sempre que necessário. O que se reflecte na escola, onde não se integra. A mãe piora, tem de ser hospitalizada. Alba é mandada para casa de Igor, o pai que não via desde os três anos, homem solitário, funcionário público, depois de se separar da família encerrado naquela pequena casa. Alba acha a convivência com este praticamente estranho insuportável, pois o pai recorda tudo o que a envergonha em si própria. O que a leva a reagir nesta película de Ana Cristina Barragán, premiada nos festivais de Lima e Toulouse, o ano passado, ano em que também esteve na selecção dos festivais de San Sebastian, Roterdão e Chicago.

Domingo, 10, 17.00.

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  • Avenida da Liberdade

O cineasta cubano Carlos Machado Quintela apresenta a história de Leonardo (Leonardo Gascón), que realizou há dois anos e mereceu prémio no Festival de Cinema de Roterdão. Ora, Leonardo, no meio de uma praga de mosquitos, rompe a sua relação sentimental e muda-se para a casa onde vivem avô, sujeito que luta contra tudo e contra todos, e pai, o qual vive na melancolia do que não fez. Tudo na cidade que, outrora, foi o centro de um grande projecto nuclear soviético nas Caraíbas e é agora uma espécie de cemitério de futuro que não passou de promessa – como a vida destes homens.

Segunda, 11, 21h30.

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  • Avenida da Liberdade

No filme do argentino Emiliano Torres (com Alejandro Sieveking, Cristian Salguero, Adrián Fondari, Pablo Cedrón e Mara Bestelli), Evans, velho capataz de um rancho na Patagónia, recebe novo grupo de trabalhadores sazonais e repara logo em Jara. O rapaz, vindo do nordeste da Argentina, é exímio no manejo dos animais e vai ganhando ascendente junto dos outros trabalhadores, ao ponto de no final da temporada os patrões anunciarem ao ancião a sua substituição por Jara – o que não vai ser fácil para nenhum deles.

Terça, 12, 21.30.

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Entramos, com este filme do realizador uruguaio Daniel Hendler, interpretado por Diego De Paula, Matías Singer, Ana Katz, Verónica Llinás, César Troncoso, Alan Sabbagh, Roberto Suárez e José Luis Árias, no caminho da sátira política. Aqui, Martín Marchand, aos 50 anos, inconformado com o seu estatuto de empresário, decide lançar-se na política, apostando no seu talento para utilizar as novas tendências da comunicação. Sob os lemas “independência” e “transparência”, o putativo candidato reúne um grupo de técnicos e assessores para, ao longo de um fim-de-semana, delinear o seu perfil de líder. Assim, um músico, um designer gráfico, uma coordenadora de agência, um assessor em multimédia, um operador executivo, um assistente pessoal e vários outros criativos, mais concentrados na imagem do que na mensagem, criam o perfil político de Martín como se se tratasse de uma personagem de ficção.

Quarta, 13, 21.30.

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Agora uma coisa completamente diferente. Pois, acontece que o cineasta mexicano Pablo Chavarría Gutiérrez, sem ignorar completamente os códigos narrativos, com Eli Zavala, Susana Herrera e Alejandro Alva no elenco, realiza uma espécie de estudo paisagístico, recorrendo a imagens digitais coloridas de alto contraste em confronto com a banda sonora. Entre uma miríade de plantas e animais que envolvem a tela, os humanos surgem não exactamente como personagens, mas, de certo modo, como parte de uma galeria de objectos vívidos e misteriosos que é preciso decifrar.

Quinta, 14, 19.00.

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Este é o auto-retrato do Grupo de Cali. E, se alguém está a pensar em documentário sobre tráfico de drogas, apesar da história se passar nas décadas de 1970 e 1980, é melhor dizer já que o Grupo de Cali também ficou conhecido por Caliwood. O que remete para um benigno grupo de cinéfilos, os quais, no meio do turbilhão desenfreado e do caos desses anos, produziram um conjunto de obras que são, agora, parte fundamental do património cinematográfico da Colômbia, neste filme retratadas por Luis Ospina.

Sexta, 15, 21.00.

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Qualquer xadrezista mediano, lendo o título, de pronto identifica uma conhecida e trabalhosa defesa de xadrez. O filme de Natalia Santa, terminado já este ano, porém, não é um filme sobre xadrez, embora as personagens, na verdade, sejam pouco mais do que meros peões de uma história maior. Com Gonzalo de Sagarminaga, Hernán Méndez, Manuel Navarro, Maia Landaburu, Martha Leal e Laura Osma, a obra instala-se no centro de Bogotá, onde três velhos amigos, Samuel, Joaquín e Marcos, passam os dias entre o clube de xadrez Lasker, o Casino Caribenho e o café La Normanda. O primeiro, jogador de xadrez profissional, vivendo das apostas que faz; Joaquín, reputado relojoeiro sofrendo com o risco de perder a loja que herdou do pai; e Marcos, homeopata espanhol, entretido na busca da fórmula para ganhar ao póquer; todos vivendo protegidos pelas suas rotinas como melhor estratégia para enfrentar os seus próprios falhanços. Contudo, o confronto com a realidade…

Sábado, 16, 17.00.

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