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Tim Burton
Illustration: Rob Kelly

Os melhores filmes de Tim Burton

Tim Burton tem um corpo de trabalho único, desenvolvido ao longo de mais de 30 anos. Estes são os seus melhores filmes

Escrito por
Editores da Time Out Lisboa
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Tim Burton é um realizador singular. O seu corpo de trabalho é ao mesmo tempo idiossincrático e amplamente popular, esteticamente coerente mas sem ser monocromático. Começou por trabalhar em animação e em curtas, até que finalmente realizou a sua primeira longa-metragem, A Grande Aventura de Pee-wee, de 1985. Os dois filmes que se seguiram, Os Fantasmas Divertem-se e sobretudo o Batman de 1989, cimentaram o seu estatuto. De então para cá, tem sido uma presença regular (e alegremente estranha) atrás das câmaras de grandes produções americanas. Por ocasião da estreia de Dumbo, o seu mais recente projecto, olhámos para trás e escolhemos os melhores filmes de Tim Burton.

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Os melhores filmes de Tim Burton

A Grande Aventura de Pee-wee (1985)

A inocente e bem arranjada criança grande que é Pee-wee Herman (Paul Reubens) já tinha uma vida nos palcos e no pequeno ecrã antes de Tim Burton a eternizar no cinema. Mas o cineasta americano estabeleceu um novo padrão para a personagem, enquanto o semi-tonto herói percorre a América em busca da bicicleta personalizada que lhe foi roubada. 

Os Fantasmas Divertem-se (1988)

Nesta fita de 1988, com Alec Baldwin, Geena Davis, Michael Keaton e uma jovem Winona Ryder, um casal de fantasmas acabado de morrer tenta expulsar da sua antiga casa os novos inquilinos. Para isso, os recém-mortos recorrem aos serviços de um espectro mais experiente e assustador que responde pelo nome de Betelgeuse, ou Beetlejuice. O que se revela uma má ideia e é motivo de muito pilhéria

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Batman (1989)

Ao longo dos anos 80, autores como Frank Miller ou Alan Moore rodearam Batman de sombras. E, pelo caminho, influenciaram esta película de Tim Burton, que puxou pelo ambiente gótico, com um toque de génio e outro de bizarria, e a acção dividida entre a vida pessoal do milionário Bruce Wayne (Michael Keaton, mais uma vez) e o confronto do seu alter ego com o Joker criado por Jack Nicholson.

Eduardo Mãos de Tesoura (1990)

Os caminhos de Johnny Depp e Tim Burton cruzaram-se pela primeira vez neste filme de 1990. Um misto de fantasia gótica, comédia romântica e sátira social que fez maravilhas pela carreira de um e do outro. Mas sobretudo de Depp, inesquecível no papel do estranho rapaz do título, criado por um velho cientista (Vincent Price) que morre pouco depois, e que é adoptado por uma família suburbana americana.

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Batman Regressa (1992)

Há quem defenda que a continuação de Batman é ainda melhor do que o primeiro filme. É uma opinião muito discutível, tendo em conta que a sequela fica muito aquém do original em termos de coesão e coerência narrativa; mas compreensível, dada a qualidade das interpretações de Michelle Pfeiffer, na pele e cabedal de Catwoman, e Danny DeVito, que encarna um Pinguim perfeito.

Ed Wood (1994)

Considerado o pior realizador de todos os tempos, Edward D. Wood Jr., o autor de Plan Nine From Outer Space, é biografado – e homenageado – por Tim Burton neste clássico dos anos 90. Conta com uma das melhores e mais inspiradas interpretações de Johnny Depp como Ed Wood, transmitindo todo o optimismo e toda a ilusão de que era um cineasta genuinamente talentoso mas incompreendido, e não deixando que ele se torne numa figura de chacota.

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Marte Ataca! (1996)

O cinema de ficção científica está cheio de invasores marcianos, mas estes, saídos de uma velha colecção de cartas com o mesmo título do filme, estão entre os melhores de todos, com as suas armas de raios mortíferas, o seu cruel sentido de humor e a sua alergia mortal à música country. E são ao mesmo tempo uma homenagem e uma paródia aos marcianos das fitas dos anos 50.

O Grande Peixe (2003)

Com a morte dos seus pais, em 2000 e 2002, ainda muito presente na memória, o realizador norte-americano dirigiu esta adaptação de um livro de Daniel Wallace. É, ao mesmo tempo, a história de um filho que tenta reatar relações o pai antes de ele morrer, e uma meditação sobre as formas como a ficção inspira a realidade e vice-versa. Com Ewan McGregor à frente de um elenco de luxo.

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Sweeney Todd, o Terrível Barbeiro de Fleet Street (2007)

O lúgubre e sangrento musical em estilo gótico vitoriano criado por Stephen Sondheim e Hugh Wheeler na Broadway encontrou em Tim Burton o tradutor perfeito para cinema. Com Johnny Depp e Helena Bonham Carter soberbos nos dois principais papéis, o do barbeiro-degolador Sweeney Todd e o da sua cúmplice, a Sra. Lovett, o realizador mantém a fita bem firme no território excessivo do grand guignol, e nunca permite que se torne caricatural.

Olhos Grandes (2014)

Burton voltou a encontrar-se com Scott Alexander e Larry Karaszewski, os argumentistas de Ed Wood, para realizar o seu melhor filme em mais de dez anos. É a história real de Margaret Keane (Amy Adams), cujos desenhos de crianças com olhos grandes foram um fenómeno de popularidade na década de 60, e do seu marido, interpretado por Christoph Waltz, um abusador que durante anos assumiu a autoria dos quadros.

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Filho de mexicanos, mas nascido e criado no Texas, Robert Rodriguez é uma figura de culto de um certo cinema americano. O mundo descobriu-o no início dos anos 90, quando filmou El Mariachi, e de então para cá dividiu o seu tempo entre violentas homenagens ao cinema de série B com aspirações hollywoodescas, adaptações de banda desenhada e até aventuras para toda a família.

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Apesar do engajamento político de Spike Lee e da estridência da sua expressão cinematográfica, o seu mais recente filme, BlacKkKlansman: O Infiltrado, acaba por ser bastante moderado. É também uma obra menor do realizador, sem a tensão nem a pertinência de películas como Não Dês Bronca, de 1989, ou A Última Hora, de 2002, entre outros marcos da sua obra. Recordamos os melhores filmes do cineasta americano.

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Talentoso, sem dúvida, mas carente de densidade artística, disse dele a famosa crítica de cinema Pauline Kael. E se, por um tempo, Steven Spielberg não ligou e se entregou de alma e coração a criar êxitos de bilheteira, verdade é que o resto da sua carreira é uma busca por essa densidade artística via abordagem aos chamados grandes temas. Sete exemplos dizem que às vezes conseguiu.

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