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Blade Runner 2049
Blade Runner 2049

Óscares 2018: E os Melhores Efeitos Especiais vão para…

… uma sequela. Isso é certo. Pode ser no futuro, numa ilha exótica, noutra galáxia ou ter macacos que falam. Desde que seja uma continuação, está garantido

Escrito por
Rui Monteiro
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Os cinco filmes alinhados para este Óscar confirmam a importância dos efeitos especiais no cinema de entretenimento. Nenhuma destas películas está aqui pelo seu argumento, mas pelo seu lado espectacular. E, decerto não por acaso, que a qualidade leva o seu tempo, a experiência dos profissionais nomeados é farta e bastante premiada por Hollywood.

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Óscares 2018: E os Melhores Efeitos Especiais vão para…

Blade Runner 2049

São quatro os responsáveis pelo encantamento visual causado pelo regresso de Blade Runner em 2049. Três décadas depois do original grande parte da vida desta sequela deve-se ao trabalho de John Nelson, Gerd Nefzer, Paul Lambert e Richard R. Hoover. O primeiro, por exemplo, vai na sua quarta nomeação, tendo, depois de Iron Man e Eu, Robot, recebido o Óscar da categoria por Gladiador, em 2000. E, se para Nefzer e Lambert esta é a sua primeira presença na lista, já Richard R. Hoover vai na terceira, depois de Super-Homem: O Regresso e Armageddon.

Guardiões da Galáxia Vol. 2

O segundo bando de quatro criadores de efeitos especiais surge nomeado por mais uma aventura de Peter Quill e o seu gangue de desajustados, Gamora, Drax, Rocket e, claro, Baby Groot. Christopher Townsend vai na sua segunda nomeação, depois de Iron Man 3; Guy Williams, por sua vez, com esta, conta com três (após Iron Man 3 e Os Vingadores); enquanto para Jonathan Fawkner Guardiões da Galáxia Vol. 2 é apenas a sua segunda entrada no rol de candidatos (depois da primeira película da série, em 2014), Dan Sudick, por sua vez, vai na oitava nomeação graças ao seu trabalho em três filmes da série Homem de Ferro, mais A Guerra dos Mundos, Master & Commander – O Lado Longínquo do Mundo, Os Vingadores e Capitão América: O Soldado do Inverno.

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Kong: Ilha da Caveira

Pelo seu currículo, Stephen Rosenbaum tem uma certa superioridade sobre o resto da equipa de efeitos especiais que tornou realidade a Ilha da Caveira em mais uma variação sobre King Kong. Pela terceira vez nomeado, Rosenbaum é o único que traduziu em vitórias as suas anteriores passagens pela cerimónia para receber os Óscares devidos, primeiro por Forrest Gump, em 1994, e, depois, em 2009, por Avatar. Jeff White vai na sua segunda candidatura, depois de ter pertencido à equipa de Os Vingadores, o que é mais do que Mike Meinardus, pela primeira vez com possibilidade de acesso ao palco principal, mas um pouco menos do que Scott Benza, antes duas vezes candidato com Transformers e Transformers 3.

Star Wars: Episódio VIII – Os Últimos Jedi

Por junto, com esta película, oitavo episódio da saga Guerra das Estrelas, Ben Morris, Mike Mulholland, Neal Scanlan e Chris Corbould somam uma dezena de nomeações e três estatuetas recolhidas. O destaque, entre uma equipa de vencedores, vai para Chris Corbould, antes nomeado por Star Wars: O Despertar da Força e O Cavaleiro das Trevas, em 2010 vencedor graças a A Origem. Depois, Morris, triunfante, em 2007, com A Bússola Dourada, e para Neal Scanlan, pela segunda vez nomeado depois de receber o Óscar por Um Porquinho Chamado Babe. Para Mike Mulholland, estreante entre possíveis vencedores é com certeza um momento especial.

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Planeta dos Macacos: A Guerra

A frágil trégua entre humanos e macacos e a sua quebra por tropas rebeldes é mais realista, ou pelo menos verosímil, graças ao experiente e muito talentoso manipulador da realidade Joe Letteri, pela décima vez nomeado, que, sem saborear a vitória com Planeta dos Macacos: A Origem, Planeta dos Macacos: A Revolta, O Hobbit: Uma Viagem Inesperada e a sua continuação, O Hobbit: A Desolação de Smaug, e Eu, Robot, recebeu o Óscar da categoria por O Senhor dos Anéis: As Duas Torres e O Senhor dos Anéis: O Regresso do Rei, mais King Kong e Avatar. Perante isto, e embora rico, o currículo de Daniel Barrett, Dan Lemmon e Joel Whist empalidece um pouco. Porém, com a excepção de Whist, na sua primeira oportunidade, Dan Lemmon foi já nomeado por O Livro da Selva, e pelos dois anteriores episódios de Planeta dos Macacos, precisamente os filmes que fazem o par de nomeações anteriores de Daniel Barrett.

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Vendo as nomeações de maneira aritmético-desportiva, A Forma da Água segue à frentee Três Cartazes à Beira da Estrada está na sua peugada. O que pode muito bem nãoquerer dizer nada. Surpresas podem acontecer, pelo que nada é garantido. Excepto serem estas as nove películas nomeadas para Óscar de Melhor Filme.

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Este Óscar deve premiar canções que tenham um papel real no filme (A Whole New World, em Aladino, por exemplo). Nem sempre acontece. Talvez aconteça este ano. Seja como for, embora atribuído aos compositores, não é indiferente quem canta os temas nomeados. E há intérpretes de peso nesta edição. 

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Vestir um filme é território, embora muito percorrido e concorrido, propício à imaginação e à precisão. Um pormenor e, salvo seja, pode ser a morte do artista. Nesta edição dos Óscares, fantasia e rigor histórico dominam a disputa nesta categoria. É difícil dizer quem vence. Por isso, ganhe quem tiver mais votos.

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