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Óscares 2018: cante connosco a Melhor Canção Original

Desde 1934 que o Óscar para a Melhor Canção Original reconhece o trabalho de compositores tão diferentes como Rodgers & Hammerstein, Bob Dylan, Stevie Wonder ou Eminem. Quem leva a estatueta dourada para casa este ano?

Escrito por
Rui Monteiro
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Este Óscar deve premiar canções que tenham um papel real no filme (A Whole New World, em Aladino, por exemplo). Nem sempre acontece. Talvez aconteça este ano. Seja como for, embora atribuído aos compositores, não é indiferente quem canta os temas nomeados. E há intérpretes de peso nesta edição.

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Óscares 2018: cante connosco a Melhor Canção Original

Mighty River

Composição de Mary J. Blige, Raphael Saadiq e Taura Stinson para a interpretação de Mary J. Blige em Mudbound – As Lamas do Mississippi.

Se não for um, pode ser o outro. Era melhor se fossem os dois. Mas pode muito bem acontecer que não seja nenhum e Mary J. Blige sair da cerimónia de 4 de Março sem qualquer dos Óscares para os quais foi nomeada: Melhor Canção Original e Melhor Actriz Secundária.

Naquela fase da carreira em que, depois de muitos anos de bons serviços prestados à causa da música – graças a uma sábia escolha de reportório, uma voz excepcional e uma forma de interpretar rara –, a compositora e cantora está mais ou menos a caminho da divanização, que pode muito dar mais uns passos com a sua participação no filme de Dee Rees. Para já fica uma grande canção para o cancioneiro soul.

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Stand Up for Something

Composição de Diane Warren e Lonnie R. Lyn para a interpretação de Andra Day, com Common, em Marshall.

Como de costume quem mais depressa se nota na ficha desta canção, porta-voz do filme de Reginald Hudlin, é o intérprete, mesmo que neste caso Common seja apenas um pouco mais do que acompanhante, quase eclipsando a interpretação de Andra Day.

Em 2014 recebeu o Óscar por Glory, a sua colaboração com John Legend para a banda sonora de Selma.

Mas há mais razões para ouvir este tema com grandes expectativas: na sua criação, encontra-se Diane Warren, nona vez nomeada nesta categoria (com títulos como I Don’t Want to Miss a Thing, pelos Aerosmith, ou Til It Happens to You, por Lady Gaga).

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Mystery of Love

Composição e interpretação de Sufjan Stevens em Chama-me Pelo Teu Nome.

Sem desdenhar da vontade de ter um Óscar, Sufjan Stevens diz que só criou esta canção por se tratar de um filme de Luca Guadagnino, acrescentando o compositor e intérprete que se meteu nisto “por confiar nele e por respeitar tanto o seu trabalho.” 

A canção (uma das três com que Stevens contribuiu para o filme, sendo as outras Visions of Gideon e uma remistura de Futile Devices), embora não corresponda aos padrões comuns em Hollywood, e longe de ser o melhor de Stevens, adequa-se ao conteúdo dramático da película – e às vezes os prémios vão para lugares inesperados.  

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Remember Me

Composição de Kristen Anderson-Lopez e Robert Lopez para a interpretação de Natalia Lafourcade, Miguel, Benjamin Bratt, Gael García Bernal, Anthony Gonzalez e Ana Ofelia Murguía em Coco.

Este par de compositores, Kristen Anderson-Lopez e Robert Lopez, apesar de desconhecidos da maioria dos cinéfilos (quanto mais dos espectadores), chegam a esta nomeação depois de, em 2014, receberem este mesmo Óscar com Let It Go, o tema de Frozen, que ainda chegou ao quinto lugar da tabela Billboard Hot 100.

Mais uma vez a trabalhar no campo da animação, agora com os realizadores Lee Unkrich (Toy Story 3) e Adrian Molina, Remember Me (que este ano já recebeu o Prémio da Crítica), fica inevitavelmente na cabeça de quem vê Coco, pois o tema é repetido diversas vezes, e por diferentes vozes, ao longo da película.

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This Is Me

Composição de Benj Pasek e Justin Paul para a interpretação de Keala Settle em O Grande Showman.

Na subcategoria "Possíveis Vencedores Inesperados", apesar da fraqueza geral do filme de Michael Gracey sobre P.T. Barnum, This Is Me é uma séria candidata. Primeiro pelas suas qualidades, capazes de animar uma plateia melhor que qualquer outra das canções deste musical (o que muito se deve à grande interpretação de Keala Settle). Depois porque chega à cerimónia de entrega dos Óscares com o galardão de ter batido Mighty River e Remember Me nos Globos de Ouro. Ora, recorrendo à estatística, e acrescentando uma pitada de superstição, nos últimos três anos todas as canções vencedoras do Globo de Ouro receberam igualmente o Óscar, pelo que…

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Outros sons do cinema

  • Música

A história dos Óscares tem um extenso capítulo reservado aos esquecidos e aos injustiçados. Sempre que uma nova cerimónia se aproxima, repetem-se as discussões sobre o tema e sucedem-se as listas dos erros, omissões e disparates mais gritantes na história da Academia. 

  • Filmes

A música, quando é mesmo boa, torna qualquer filme melhor. Sete exemplos excepcionais e bastante distintos seguem já a seguir. São bandas sonoras inesquecíveis – e premiadas pela Academia de Hollywood com o Óscar. 

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