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Filme, Cinema, O Senhor dos Anéis - A Irmandade do Anel, Ian Holm
©2001 - New Line Productions, IncIan Holm em O Senhor dos Anéis - A Irmandade do Anel

Oito papéis memoráveis de Sir Ian Holm

Na morte do intérprete de Ash em 'Alien – O 8º Passageiro' e Bilbo Baggins em 'O Senhor dos Anéis', recordamos oito dos seus melhores papéis.

Escrito por
Eurico de Barros
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Desaparecido há alguns dias com 88 anos de idade, Sir Ian Holm foi um dos mais distintos, brilhantes e versáteis actores da sua geração, no palco, no cinema e na televisão, tendo pertencido à Royal Shakespeare Company e conquistado vários prémios ao longo da sua grande e muito preenchida carreira. Holm trabalhou muito para a grande tela, chegando, nalguns anos, a fazer cinco e seis filmes, e interpretado personagens radicalmente diversas em títulos dos géneros mais díspares. Os papéis que escolhemos para esta selecção são apenas oito dos muitos de grande qualidade que este insubstituível actor inglês desempenhou no cinema.

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Oito papéis memoráveis de Sir Ian Holm

‘The Bofors Gun’, de Jack Gold (1968)

Logo no primeiro filme que fez, Ian Holm ganhou o BAFTA de Melhor Actor Secundário pelo seu papel de um soldado que se vê envolvido numa querela entre um rígido oficial miliciano inglês (David Warner) e um amargurado artilheiro irlandês (Nicol Williamson), que opera a metralhadora do título, neste filme baseado numa peça de teatro de John McGrath. Ficou por ver em Portugal.

‘O Regresso’, de Peter Hall (1973)

Distintíssimo actor de teatro, Ian Holm estava tão à-vontade a interpretar William Shakespeare como Harold Pinter, no palco, na televisão ou no cinema. Tal como se comprova pela sua soberba composição do viscoso proxeneta Lenny, nesta versão cinematográfica da perturbante peça de Pinter, com argumento assinado pelo próprio. Holm tinha ganho um Tony nos EUA por este mesmo papel na produção original da Broadway, igualmente assinada por Sir Peter Hall.

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‘Alien – O 8º Passageiro’, de Ridley Scott (1979)

Um dos papéis verdadeiramente inesquecíveis da longa e variadíssima carreira de Holm é o do traiçoeiro Oficial Científico Ash nesta obra-prima de ficção científica de Ridley Scott. Ele é tão credível, primeiro, a passar por humano, como o resto da tripulação, como mais tarde, quando se descobre que se trata na realidade de um andróide. A cena da sua “morte”, quando é só já uma cabeça falante, coberta de viscoso líquido branco, é memorável.

‘Momentos de Glória’, de Hugh Hudson (1981)

Também um grande actor de composição, Ian Holm foi nomeado ao Óscar de Melhor Actor Secundário e ganhou o BAFTA da mesma categoria, pela sua saborosa e saboreada interpretação de Sam Mussabini, o treinador de atletismo profissional que ajuda Harold Abrahams (Ben Cross) a melhorar a sua técnica. Porque sabe que ele é um corredor exímio mas também porque empatiza com a sua condição de vítima de preconceitos e é, como ele, um outsider no desporto a que se dedicou de alma e coração.

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‘Henrique V’, de Kenneth Branagh (1989)

Membro da Royal Shakespeare Company e actor shakespeareano consumado, Ian Holm tem um papel secundário, o de Fluelen, nesta adaptação ao cinema, por e com Kenneth Branagh da peça Henrique V. E mostra como é que um actor principal não só não desdenha interpretar uma personagem de segundo plano, como também o faz como se se tratasse de uma de primeiro plano.

‘O Futuro Radioso’, de Atom Egoyan (1997)

Este é um dos melhores filmes do realizador canadiano Atom Egoyan, e isso deve-se em boa parte às interpretações de Ian Holm e também de Sarah Polley. Holm personifica, no seu apurado estilo minimalista, pondo o máximo de sugestão e impressão num mínimo de expressão e jogando com os silêncios, um advogado que aceita tratar de um caso passado numa cidadezinha canadiana, um acidente com um autocarro escolar que causou a morte de muitas crianças.

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‘Joe Gould’s Secret’, de Stanley Tucci (2000)

Dirigido por um colega, Stanley Tucci, que também contracena com ele no papel do célebre jornalista da revista New Yorker Joseph Mitchell, Ian Holm faz aqui o Joe Gould do título, um boémio excêntrico e sem cheta da Nova Iorque dos anos 40, que diz estar a escrever uma História Oral do Mundo, crava dinheiro, refeições e bebidas a toda a gente e atrai o interesse de Mitchell. É uma história real e Holm concentra e equilibra na perfeição drama e comédia na sua interpretação de Gould. Nunca foi exibido em Portugal.

‘O Senhor dos Anéis’/’O Hobbit’, de Peter Jackson (2001/2012)

O melhor elogio que podemos fazer a Ian Holm é dizer que nunca mais poderemos voltar a ler os livros de Tolkien levados ao cinema nestas duas trilogias, nem pensar na personagem de Bilbo Baggins já idoso, sem o vermos nela. Curiosamente, duas décadas antes da primeira trilogia de Peter Jackson, Holm tinha interpretado Frodo na produção radiofónica da BBC de O Senhor dos Anéis.

Os melhores papéis de...

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Um dos nomes mais activos e notados de uma nova geração de intérpretes do cinema americanos, Bradley Cooper já trabalhou sob a direcção de cineastas como Clint Eastwood, Cameron Crowe e David O. Russell, e é um actor capaz de se mexer entre os grandes estúdios e o cinema independente Ei-lo em sete filmes fundamentais para o entendimento da sua ascensão em Hollywood.

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Faça lá as contas: 80 papéis, 19 nomeações aos Óscares, três vitórias. Se isto não merece um prémio de carreira, então não sabemos o que merece. A 74ª edição dos Globos de Ouro distinguiu Meryl Streep, de 67 anos, com o prémio Cecil B. DeMille. Enquanto o discurso da actriz norte-americana se tornou viral, nós fomos à procura dos seus dez melhores filmes.

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Natalie Portman
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Ver os melhores filmes de Natalie Portman é como uma viagem no tempo através da vida da actriz nomeada para o Óscar pelo desempenho em Jackie. Começamos na sua estreia, com apenas 12 anos, no papel de uma criança que quer ser uma assassina, e viajamos através dos seus 22 anos de carreira. Desde a adolescente problemática de uma pequena cidade à lenda de filmes de acção.

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