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Filmes gays nos Óscares: os mais marcantes a concorrer à estatueta dourada

O preconceito na sétima arte vai perdendo espaço e estes são os filmes gays nos Óscares que o comprovam

Escrito por
Clara Silva
e
Tiago Neto
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É uma época de ouro para o cinema LGBTI+. Filmes como Moonlight, Chama-me Pelo Teu Nome ou Um Homem Singular trouxeram uma representação muito necessária para o grande ecrã, ao mesmo tempo que proporcionam experiências cinematográficas surpreendentes. A democratização das questões de género e da orientação sexual é um tópico que ganha cada vez mais força e a Academia vai reconhecendo o talento — ainda que a plenitude ainda não tenha sido alcançada. Saia do armário connosco, instale-se confortavelmente no sofá e recorde os filmes gays nos Óscares que marcaram a indústria dos sonhos.

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Filmes gay nos Óscares

1. Os Rapazes não Choram, Kimberly Peirce (1999)

Os Rapazes não Choram valeu a Hilary Swank o Óscar de Melhor Actriz em 2000 — viria a ganhar outro em 2004 com Million Dollar Baby. Chloë Sevigny, no papel secundário, também esteve nomeada. O filme baseia-se na história real e trágica de Teena Brandon, que nasceu no corpo de uma mulher, mas se assumiu como homem e trocou de nome para Brandon Teena.

2. Tudo Sobre a Minha Mãe, Pedro Almodóvar (1999)

Um dos filmes mais marcantes de Pedro Almodóvar, Tudo Sobre A Minha Mãe, acompanha Manuela (Cecilia Roth) numa viagem a Barcelona em busca do pai do seu filho recém-falecido, que agora se chama Lola. O filme acabou por ganhar o Óscar (e também o Globo de Ouro) de Melhor Filme Estrangeiro em 2000.

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3. O Segredo de Brokeback Mountain, Ang Lee (2005)

É considerada uma das grandes injustiças da história dos Óscares. O Segredo de Brokeback Mountain, sobre a relação entre os cowboys Jack Twist (Jake Gyllenhaal) e Ennis del Mar (Heath Ledger), era o favorito para o Óscar de Melhor Filme em 2006. Acabou por perder para Crash e gerar uma onda de indignação — ainda longe dos tsunamis de indignação nas redes sociais dos dias de hoje. No entanto, Ang Lee ganhou o Óscar de Melhor Realizador e o filme também acabou por ganhar nas categorias de Melhor Banda Sonora e Melhor Argumento Adaptado.

4. Milk, Gus Van Sant (2008)

Em 2008, Gus Van Sant pegou na história do político e activista LGBT+ Harvey Milk (Sean Penn), o primeiro homossexual assumido a ser eleito para um cargo público na Califórnia, e realizou Milk. O filme esteve nomeado para oito Óscares e acabou por vencer em duas categorias: Sean Penn, o protagonista, foi considerado Melhor Actor e o filme também foi distinguido com o Óscar de Melhor Argumento Original.

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5. Um Homem Singular, Tom Ford (2009)

A estreia de Tom Ford como realizador conta a história de George (Colin Firth), um professor de inglês que, um ano após a morte do seu namorado, se vê incapaz de lidar com o seu próprio quotidiano na Los Angeles dos anos 60. Vencedor do prémio BAFTA de Melhor Actor, na Academia, o britânico Firth ficou-se apenas pela nomeação.

6. Os Miúdos Estão Bem, Lisa Cholodenko (2010)

Embora não tivesse vencido um único Óscar, o filme indie de Lisa Cholodenko esteve nomeado para quatro e foi bem recebido pela crítica e pela audiência. Julianne Moore e Annette Bening (nomeada para Melhor Actriz nesse ano) são um casal lésbico com dois filhos. O filho mais novo quer encontrar o pai biológico (Mark Ruffalo, também nomeado na categoria de Melhor Actor Secundário) e acaba por conseguir.

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7. O Clube de Dallas, Jean-Marc Vallée (2013)

Em O Clube de Dallas, Matthew McConaughey está na pele de Ron Woodroof, um electricista seropositivo que começa a fazer contrabando de medicamentos ilegais para outros infectados nos anos 80. Entre eles está Rayon (Jared Leto), uma transexual. O filme foi nomeado para seis Óscares em 2014 e venceu três: Melhor Actor (Matthew McConaughey), Melhor Actor Secundário (Jared Leto) e Melhor Caracterização.

8. O Jogo da Imitação, Morten Tyldum (2014)

O filme centra-se num dos episódios mais importantes dos bastidores da Segunda Guerra Mundial e no seu personagem principal, o criptoanalista Alan Turing. Numa altura em que a homossexualidade era um tabu absoluto, Turing, homossexual, encarregado de descodificar a máquina alemã de encriptação Enigma, transforma-se num herói nacional ao quebrar o código germânico. O filme concorria com oito nomeações e acabou por arrecadar apenas uma, de Melhor Argumento Adaptado.
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9. Moonlight, Barry Jenkins (2016)

Foi o segundo filme mais nomeado da edição de 2017 dos Óscares. A primeira longa-metragem de Barry Jenkis baseia-se na peça de teatro com o mesmo nome de Tarell Alvin McCraney. O filme acompanha três fases da vida de um rapaz gay num bairro machista e problemático de Miami. Depois do Globo de Ouro de Melhor Filme (Drama), Moonlight arrecadou o Óscar de Melhor Filme, Melhor Actor Secundário (Mahershala Ali) e Melhor Argumento Adaptado.

10. Chama-me Pelo Teu Nome, Luca Guadagnino (2017)


Chama-me Pelo Teu Nome
, do italiano Luca Guadagnino (Eu Sou o Amor, Mergulho Profundo), que adapta um livro de André Aciman e tem argumento de James Ivory — o realizador de Quarto com Vista para a Cidade ou Regresso a Howard’s End — conta a história de Elio (Timothée Chalamet) e Oliver (Armie Hammer) num verão italiano da década de 1980 que se transforma numa aventura de descoberta própria. 
O filme, nomeado em quatro categorias, arrecadou uma estatueta.
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Depois de alguns contratempos, acabou finalmente por ser feito, assinado por Bryan Singer (que abandonou a rodagem antes do final e foi substituído por Dexter Fletcher) e com Rami Malek no papel de Mercury. Tendo Brian
 May e Roger Taylor como produtores executivos e consultores criativos, tal como Jim Beach, o manager do grupo,
 a controlar o projecto desde o início, Bohemian Rhapsody é exactamente o que se poderia esperar. Uma versão da história filtrada pelo crivo da marca Queen. O filme arrecadou quatro estatuetas douradas: Melhor Actor, Melhor Edição, Melhor Edição Sonora e Melhor Mistura de Som.

  • Filmes
  • Drama

A Favorita, de Yorgos Lanthimos (Canino, A Lagosta) é a história real, embora com algumas liberdades, de duas mulheres que lutaram por um bocado de poder ao mais alto nível, junto da corte, na Inglaterra do início do século XVIII, disputando o exclusivo da intimidade e da confiança da Rainha Ana (Olivia Colman). Uma delas, Lady Sara Churchill (Rachel Weisz), já é praticamente quem manda
 na corte e até na política estrangeira. Surge então no palácio Lady Abigail (Emma Stone), prima afastada e arruinada de Lady Sara, que num primeiro tempo humilha a parente pondo-a a trabalhar na cozinha. Mas Lady Abigail quer recuperar a posição de
 que outrora gozou na sociedade. Que comecem os jogos de poder, onde vale tudo, desde envenenar chá a masturbar a monarca, e até derrubar primeiros-ministros e mudar governos. O filme deu a Olivia Colman o Óscar de Melhor Actriz.

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Em 1962, Don Shirley (Mahershala Ali), um culto e sofisticado pianista negro, no armário, foi em digressão pelo Sul dos EUA com o seu trio. E levou como motorista e guarda-costas Anthony Vallelonga, ou Tony Lips (Viggo Mortensen), segurança de clubes nocturnos de Nova Iorque e típico italo-americano do Bronx. Peter Farrelly, um dos dois irmãos especializados em comédias como Doidos por Mary, recria esta digressão arriscada, e esta amizade improvável, em Green Book – Um Guia para a Vida. Melhor Filme, Melhor Melhor Actor Secundário (Mahershala Ali) e Melhor Argumento Original foram as estatuetas arrecadadas.

Outras paragens cinematográficas

Cinquenta dos melhores filmes clássicos de sempre
  • Filmes

Comédias e westerns, policiais e melodramas, ficção científica e fantástico, sem esquecer o musical, há de tudo nesta lista de melhores filmes clássicos. São 50 fitas mas podiam ser mais, e este pode ser também o início de uma colecção de grandes obras do cinema mundial em DVD. Ou ainda uma lista para orientação no YouTube, onde se encontram vários destes títulos em boas cópias.

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Arrancou na Califórnia, algures entre as décadas de 40 e 60 do século passado, como alternativa à ausência de ondas no mar. À altura, a designação era sidewalk surfing – surf de passeio –, mas rapidamente daria lugar a uma actividade de valor próprio. Nas décadas que se seguiram, o skate ganhou popularidade. Nomes como Spike Jonze ou Jonah Hill haviam de contribuir definitivamente para a simbiose e são por isso alguns dos nomes obrigatórios nesta que é a lista dos filmes de skate no cinema. 

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Definir aquilo que podemos considerar como "filmes de luta" não é fácil. Há artes marciais, wrestling, boxe, luta de rua, há histórias que se constroem em torno dos punhos, há veracidade e ficção e ambas. A premissa foi combinar argumento e execução para chegar a uma obra digna, seja ela de produção megalómana Hollywoodesca ou independente, na lista que se segue tem opções para todos os gostos.

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