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Museu nacional dos coches
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Museus em Lisboa: o Museu dos Coches em números

Milhões de euros, um Pritzker, anos de edifício em pousio e 78 coches realojados. Já visitou o Museu Nacional dos Coches em Lisboa?

Mauro Gonçalves
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Mauro Gonçalves
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Em Maio de 1905 foi inaugurado um do mais impressionantes museus em Lisboa: o "Museu dos Coches Reais", iniciativa da rainha D. Amélia. 110 anos depois, o espaço ganhou um novo edifício, mais moderno. Anotámos oito números que contam tudo sobre o Museu dos Coches – do número de lugares sentados ao de salas de conservação, passando pelos milhões que o novo edifício custou e chegando ao mais importante: afinal, quantos coches estão à vista de quem paga bilhete para dar uma voltinha pela coqueluche de Belém.

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O Museu dos Coches em números

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Fotografia: Ana Luzia

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110 anos depois, o velho Museu dos Coches deu lugar ao novo Museu dos Coches. As obras terminaram no final de 2012, mas peripécias várias e falta de liquidez adiaram a inauguração. O aniversário é redondinho e podemos imaginar a alegria que teria a Rainha D. Amélia, fundadora do museu, ao ver a mais importante colecção de coches do mundo, até agora apertada num T3, ser finalmente transferida para um palacete vanguardista e condigno.

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São os lugares sentados naquilo que é uma mistura de auditório fechado e anfiteatro ao ar livre. Os arquitectos Paulo Mendes da Rocha e Ricardo Bak Gordon quiseram recuperar da falta de arejamento do museu anterior e não tiveram medo das correntes de ar na hora de projectar o auditório. A plateia é inspirada nos tradicionais bancos de jardim, por isso, ninguém espere encontrar os assentos mais confortáveis do mundo. O palco partilha o piso calcetado da praça, com um portão de cada lado. São tão grandes que até passa por lá – adivinhe – um coche.

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É o número de salas de conservação. Há ainda uma oficina, onde 20 pessoas podem trabalhar em simultâneo. Os trabalhos e estudos decorrem em vários veículos ao mesmo tempo, para não falar nas centenas de peças de vestuário, chapéus, adereços, selas e estribos que deixaram de estar em armários de madeira para se organizarem em salas climatizadas.

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É a fórmula que resume a arquitectura do novo museu. No mesmo complexo, existem dois edifícios ligados por um único corredor no segundo andar. No edifício principal estão os coches, as reservas e uma galeria no segundo piso reservada a exposições temporárias. O número de janelas foi racionado para respeitar a fotossensibilidade das peças, mas no edifício anexo, os arquitectos vingaram-se e projectaram um restaurante com vista panorâmica sobre Belém, do Padrão dos Descobrimentos ao Palácio de Belém. Aqui, estão ainda instalados a administração do museu, a biblioteca, o auditório, a loja e o Santini.

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©DR

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É o número de choches expostos no museu. Aos 55 que já podiam ser vistos no anterior edifício, juntaram-se alguns exemplares do núcleo de Vila Viçosa, que, ainda assim, continua activo, além de um número substancial de viaturas do século XIX, até aqui mantido nas reservas. São mais e, como a área do museu triplicou, têm mais espaço. Se no picadeiro os víamos sempre da mesma perspectiva, aqui não há ângulo que escape aos visitantes, nem aos especialistas, que, mal a mudança começou, deram com elementos e detalhes nunca antes vistos.

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Milhões de euros foi quanto custou o novo museu. A obra não ficou propriamente em conta, mas parece que a maior parte foi financiada por verbas do Casino Lisboa, através do Turismo de Portugal. E já que se fala de finanças, apesar de o orçamento anual dos dois núcleos do museu ser de 2,7 milhões de euros, o apoio estatal irá manter-se nos 500 mil. O restante será suportado pela bilheteira e pelo mecenato de privados, como é o caso da Fundação Millennium BCP.

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Metros de comprimento fazem das duas lajes do edifício as maiores do país, sem uma única junta e sem assentarem na estrutura do edifício. A proeza dos arquitectos resultou nas duas naves que compõem o edifício principal do museu e onde estão expostos os coches.

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