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João gil
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Cantar contra o tempo

20 minutos e 21 segundos. É o tempo que João Gil terá para nos dar a ouvir um músico por semana. Um programa para seguir no YouTube do MEO. “É um tempo telegráfico, mas o tempo necessário, para se poder criar um ambiente musicalmente interessante."

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Não é um concerto, nem um talkshow. É, no fundo, uma mistura dos dois, com João Gil a servir de mestre de cerimónias. 20’21” by MEO é o novo projecto musical da marca: um programa semanal no YouTube que, como o nome indica, tem a duração de 20 minutos e 21 segundos. É o tempo suficiente para João Gil nos dar a conhecer um músico e a sua história. A cada semana, uma surpresa.

Para o músico, que em 2017 celebrou 40 anos de carreira, 20’21” by MEO é um projecto difícil de definir. “Estas coisas são realmente novas e por isso temos dificuldade em adjectivar e encontrar a terminologia certa”, diz-nos João Gil ao telefone, depois de ter gravado mais um programa com um artista que tem andado nas bocas do mundo nos últimos dois anos. A piada desta série não está só no tempo contado, que Gil acredita ser o tempo de atenção de quem vê, mas também no factor surpresa. “Tem sido muito bom”, conta, explicando que a escolha dos músicos é sua. “Eu identifico-me com os convidados, respeito-os, aprecio e admiro o trabalho e o percurso de cada um. Doutra maneira seria estranho.”

Sobre o formato, João Gil garante que acontece tudo de forma natural e muito pouco planeada num estúdio/garagem decorado pela sua mulher, a artista plástica Ana Mesquita. Nem ele sabe o que os músicos vão tocar, nem os músicos sabem para onde vai a conversa. “O que eu sei é que estou a estabelecer aquilo que já esperava entre colegas, amigos e companheiros de profissão, há uma empatia natural entre músicos que se entendem, está a ser muito empático e emotivo”, continua. E acrescenta: “Não quer dizer que estejamos sempre à beira da lágrima, mas é muito sincero tudo isto.” “É uma conversa entre músicos que se preocupam com coisas e falam de música de uma outra maneira. Está a dar-me um prazer enorme fazê-lo, é uma comunicação e um registo entre amigos da música que não têm de se dar para atingir essa cumplicidade. Não é preciso mais do que termos pontos de contacto muito grandes”, explica João Gil. É provável que o vejamos também a cantar e a tocar com os seus convidados, mas João Gil faz questão de dizer que não é ele a estrela. “Eu junto-me, mas é simbólico. Não estou a vender o meu Volkswagen”, brinca. “Aqui estou a receber e a ser um anfitrião. Eu junto-me, no fundo, para me despedir deles tocando com eles aquilo que eles acham que eu posso tocar.”

Sem levantar o véu sobre quem vamos ver e ouvir, para não estragar a experiência, o músico conta que procurou fugir ao seu círculo de amigos. “E tem sido maravilhoso, cada um com o seu brilho, cada um com a sua luz, com a sua vida própria.” O primeiro episódio, chamemos-lhe assim, vai para o ar nesta quarta-feira, numa altura em que o país está meio confinado. João Gil não tem dúvidas que mesmo sem pandemia, 20’21” by MEO poderia acontecer e funcionar, mas estrear-se agora “é de tirar o chapéu ao MEO e à Altice”. “Tudo isto é viabilizado por vontade de resiliência e vontade de não parar a vida.”

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