LCD Soundsystem
Photograph: Shutterstock
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LCD Soundsystem e mais concertos a não perder no MEO Kalorama

O último grande festival de Verão europeu volta a realizar-se no Parque da Bela Vista, entre 29 e 31 de Agosto. Estes são os concertos a não perder este ano.

Luís Filipe Rodrigues
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O último grande festival de Verão europeu realiza-se em Lisboa pelo terceiro ano consecutivo, entre quinta-feira, 29 de Agosto, e sábado, 31. Dezenas de artistas vão passar pelo Parque da Bela Vista no final do mês, e não vai dar para ver tudo. E a Time Out está aqui para o ajudar a decidir o que vale mesmo a pena ver ao vivo. Dos cabeças de cartaz Massive Attack, LCD Soundsystem e Burna Boy aos artistas portugueses que merecem mais o nosso tempo e atenção do que a maior parte dos estrangeiros (mesmo que os cachês não o reflictam), passando por cartas fora do baralho como DJ Python, estas são as actuações a não perder no MEO Kalorama.

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Os concertos a não perder no MEO Kalorama

Massive Attack

Os pioneiros do trip-hop britânico não lançam um álbum de originais desde 2010 e estão a dar este ano os primeiros concertos desde antes da pandemia. Sem novas canções para mostrar no Parque da Bela Vista, vão revisitar os êxitos de discos acarinhados como Mezzanine (1998) ou Blue Lines (1991).

Palco MEO. 29 Ago (Qui). 20.15

Filipe Sambado

A artista portuguesa continua a apresentar Três anos de Escorpião em Touro, um dos melhores discos da colheita nacional de 2023, prestes a fazer um ano. Um exercício de afirmação e purga, onde a hyperpop actual é enformada pelos ritmos portugueses e o shoegaze. Foi um acrescento de última hora ao cartaz, para colmatar a ausência de Fever Ray, que está a recuperar de uma pneumonia, e – preparem-se para ler uma opinião polémica... – ficámos a ganhar com a troca.

Palco Lisboa. 29 Ago (Qui). 00.45

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Glockenwise

Os barcelenses são uma das mais formidáveis bandas nacionais. Como ainda no ano passado atestou Gótico Português, um tratado em forma de disco sobre sobre crescer, sofrer e tomar as rédeas do passado; mas também sobre a tensão entre a margem e a torrente, o interior e o litoral. Rock de agora, mas herdeiro do shoegaze e do pós-punk, a reverberar no futuro.

Palco San Miguel. 30 Ago (Sex). 18.20

The Kills

A norte-americana Alison Mosshart e o britânico Jamie Hince estão juntos desde o início do século, mas ainda têm coisas novas para dizer e fazer. Percebemo-lo assim que ouvimos “New York”, a primeira faixa do álbum God Games, editado no ano passado depois de sete anos sem um novo álbum de originais de The Kills, a banda indie que partilham desde 2001.

Palco San Miguel. 30 Ago (Sex). 19.40

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The Postal Service + Death Cab For Cutie

Ben Gibbard já era um herói de culto no meio emo-indie americano desde a segunda metade de 90s graças ao trabalho desenvolvido com Death Cab For Cutie e All-Time Quarterback. Mas em 2003 tornou-se quase uma estrela à custa de Transatlanticism, o quarto álbum de originais da sua banda de sempre; mas sobretudo de Give Up, frágil monumento indietrónico erigido com o músico e produtor Jimmy Tamborello, vulgo Dntel. E anda desde o 2023 a celebrar os 20 anos de ambos os discos num único concerto.

Palco San Miguel. 30 Ago (Sex). 22.05

LCD Soundsystem

Poucos músicos capturaram o espírito da primeira década deste século com a clareza de James Murphy e dos seus LCD Soundsystem, nos singles e nos três álbuns lançados entre 2002 e 2010, mas alicerçados sobre um passado musical que é cada vez mais indissociável do presente. Houve algo de poético, por isso, na sua separação, em 2011. No entanto, passados poucos anos estavam de volta e mantêm-se à tona desde então – acrescentando um disco e umas quantas canções à sua discografia pelo caminho.

Palco MEO. 29 Ago (Qui). 20.05

Palco MEO. 30 Ago (Sex). 00.00

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Ana Moura

Quase dois anos depois da edição do último disco, Ana Moura continua a convidar-nos para visitar essa Casa Guilhermina onde mostra que continua a ser fadista – porque não sabe ser outra coisa – mas também é muito mais. O semba, a kizomba e ecos do Magrebe, o fandango e outros ritmos ibéricos, uma electrónica fantasmagórica e música urbana, pop – tudo isto existe nestas canções assombradas. E tudo pode ser fado.

Palco MEO. 31 Ago (Sáb). 19.45

Burna Boy

O nigeriano Burna Boy destoa completamente dos outros cabeças de cartaz do MEO Kalorama. O facto de, ainda assim, encerrar o último dia do festival diz muito sobre a sua dimensão e relevância, não apenas no contexto dos afrobeats e outras músicas de matriz africana como da pop global. O álbum I Told Them..., editado em Agosto do ano passado, é o mais recente testemunho do seu impacto cultural e contínua relevância.

Palco MEO. 31 Ago (Sáb). 00.30

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DJ Python

Nascido e criado no seio de uma família latino-americana, em Nova Iorque, antes de se mudar para Miami na adolescência, DJ Python é um produtor absolutamente singular. Nas suas composições, o reggaeton e o dancehall transformam-se numa electrónica ambiental e minimalista, mas sempre cativante.

Palco Panorama. 31 Ago (Sáb). 00.30

Yves Tumor

Yves Tumor é uma figura camaleónica. Desde que se estreou com When Man Fails You, em 2015, foi alvo de comparações (justificadas, ainda que redutoras) com Dean Blunt, James Ferraro Prince ou David Bowie. A sua música, ora é experimental e labiríntica, ora se aproxima da pop, umas vezes raia o rock, outras é electrónica e psicadélica. Às vezes, parece que é tudo ao mesmo tempo.

Palco Lisboa. 31 Ago (Sáb). 01.15

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