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Franco Fagioli e il pomo d’oro
©igor.cat

Os melhores concertos de jazz e clássica até ao fim do ano

Sugestões de concertos de jazz e música clássica em Lisboa para lhe preencher a agenda até ao fim do ano

Escrito por
José Carlos Fernandes
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Franco Fagioli, um dos mais deslumbrantes contratenores de todos os tempos, irá envergar as vestes do rei persa Xerxes I e vamos poder ouvir a oratória L’Enfance du Christ, de Berlioz, sobre a fuga da Sagrada Família para o Egipto, mas nem todos os concertos de música clássica da rentrée terão o Próximo Oriente como cenário. A música da Península Ibérica também se encontrará em destaque.

Por outro lado, e para algo completamente diferente, não faltará swing – americano, europeu e português – no SeixalJazz. Por agora, anote estes concertos de jazz e clássica até ao fim do ano.

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Os melhores concertos de jazz e clássica até ao fim do ano

Ópera
©Julian Laidig

Ópera

Uma estreou há 280 anos, a outra está novinha em folha. Serse, de Handel, cuja narrativa decorre durante o reinado de Xerxes I, shah da Pérsia, contará com um dream team de especialistas em música antiga: Franco Fagioli, Vivica Genaux e Delphine Gallou e a orquestra de instrumentos de época Il Pomo d’Oro (Fundação Gulbenkian. 28 de Outubro).

O compositor Nuno Côrte-Real, que já tinha estreado uma obra com libreto de Vasco Graça Moura, associa-se agora ao escritor Pedro Mexia para criar A Canção do Bandido, que irá ser ouvida pela primeira vez (Teatro da Trindade. 8, 10, 11, 14, 17e 18 de Novembro).

Temporada de Outono do ciclo Reencontros

Temporada de Outono do ciclo Reencontros

Em Outubro e Novembro, o ciclo Reencontros instala-se no Palácio Nacional de Queluz, propondo Sonatas para piano e violino de Beethoven, Ferrari e Mozart por Francesca Vicari e Stefania Nenonato (19 de Outubro) e o ciclo de canções A Bela Moleirinha, de Schubert, por Ian Bostridge e Saskia Giorgini (20 de Outubro). O ensemble Divino Sospiro, com direcção de Vanni Moretto, ocupa-se da estreia moderna da serenata Perseo, do compositor setecentista João de Sousa Carvalho (28 de Outubro). O cravista Andreas Staier e a Orquestra Barroca Casa da Música fazem a ponte entre o barroco ibérico e o barroco britânico, com obras de Avison, Boccherini, Corbett e Scarlatti (3 de Novembro) e o ciclo fecha com Raffaella Milanesi e o Divino Sospiro, sob direcção de Massimo Mazzeo, a convidar a uma viagem até à Nápoles setecentista com música de Avondano, Cimarosa e Mozart
(4 de Novembro).

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Música ibérica
©Luis Castilla

Música ibérica

Contrariando a dominância de italianos e austro-germânicos nos programas de concertos, o ciclo Reencontros dá a ouvir música ibérica do século XVIII, com os programas Muera Cupido, com Nuria Rial e Accademia del Piacere (21 de Outubro) e Goya Galante por Il Dolce Conforto (26 de Outubro).

A 24 e 25 de Novembro, a Fundação Gulbenkian junta-se ao esforço, com o miniciclo de quatro concertos “Ibéria: Música entre Espanha e Portugal”, com obras de compositores portugueses e espanhóis de diferentes épocas, pelo cravista Pierre Hantaï, o Cuarteto Quiroga & Jonathan Brown, a soprano Ana Quintans e o contratenor Carlos Mena e o Coro Gulbenkian.

Jazz

Jazz

O SeixalJazz, que decorre no Fórum Municipal do Seixal, traz o trio do prodigioso baterista Mark Guiliana (18 de Outubro), o projecto Transporte Colectivo, de José Salgueiro (19 de Outubro), o trio do pianista Aaron Parks (20 de Outubro), o trio do saxofonista polaco Kuba Wiecek (24 de Outubro), o colectivo italiano Roots Magic (25 de Outubro), o duo João Hasselberg & Pedro Branco (26 de Outubro) e fecha com o trio da veterana Carla Bley (27 de Outubro).

No CCB, teremos o San Francisco Jazz Collective (28 de Outubro) e o trio do contrabaixista israelita Avishai Cohen (22 de Novembro) e os apreciadores de jazz vocal terão oportunidade de ouvir Sarah McKenzie (3 de Outubro) e Madeleine Peyroux (27 de Outubro).

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Pianistas
©DR

Pianistas

Como é habitual, a Fundação Gulbenkian e o Festival de Sintra (que este ano se mudou para o Outono), asseguram um fornecimento regular de grandes mestres do teclado: na Fundação Gulbenkian teremos Nelson Freire (7 de Outubro), Kirill Gerstein (16 de Outubro), Arcadi Volodos (4 de Novembro), Angela Hewitt (13 de Novembro), Jan Lisiecki (1 de Dezembro), Piotr Anderszewski (com orquestra a 11 e 12 de Outubro, a solo a 2 de Dezembro) e Thomas Adès (11 de Dezembro). No Palácio Nacional de Queluz teremos Boris Berezovsky (30 de Setembro), Valentina Lisitsa (4 de Outubro) e Andrei Korobenikov (7 de Outubro).

Poesia e música
©DR

Poesia e música

Lorenzo Viotti, o novo maestro titular da Orquestra Gulbenkian, teve a ideia de juntar três obras criadas com poucos anos de intervalo: La Mer, de Debussy, a Sinfonia n.º 2, de Szymanowski, e a Ode Marítima, de Álvaro de Campos (Fundação Gulbenkian, 22 de Novembro).

O barítono Christian Gerhaher e o pianista Gerold Huber (FCG, 26 Novembro) conceberam um programa que tem a poesia de Goethe como fio condutor e vai do início do século XX (Schubert), passa pelo Romantismo tardio (Wolf) e pela Segunda Escola de Viena (Berg), para chegar ao nosso tempo (Rihm).

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Música coral-sinfónica
©DR

Música coral-sinfónica

A música sacra oitocentista está representada com um funeral e um nascimento: o Coro & Orquestra Gulbenkian, com direcção de Michel Corboz, apresentam o Requiem de Verdi (Fundação Gulbenkian, 1 de Novembro), e o Coro do TNSC e a Orquestra Sinfónica Portuguesa, com direcção de Frédéric Chaslin, ocupam-se da oratória L’Enfance du Christ, de Berlioz (CCB. 16 de Dezembro), que calha muito bem na semana antes do Natal. No último dia de 2018, o Coro & Orquestra Gulbenkian, com direcção de Jorge Matta, prosseguem a tradição de fazer cantar um Te Deum em jeito de acção de graças pelo que o ano trouxe de bom– na verdade, serão dois Te Deum, um de Francisco António Almeida e outro de Mozart (Igreja de São Roque, 31 de Dezembro).

Rentrée 2018

  • Coisas para fazer

Voltar. É o verbo que está na cabeça de quase toda a gente. Voltar a casa. À cidade, às rotinas, ao trânsito, ao escritório. Para os que estão sempre no ir, jamais sentindo saudades, o regresso é doloroso. Mas o cenário para os próximos meses é bem animador animador: até ao final do ano, há mais de uma dezena de eventos em Lisboa que não vai querer não perder. Apanhámos boleia da agenda da cidade até ao final do ano. Olhámos para a bola de cristal, vimos o futuro e trazemos-lhe o melhor da cidade que está para vir. Nem vai notar que as férias acabaram.

18 estreias de cinema para ver nos próximos meses
  • Filmes

A conversar é que a gente se entende. A pensar nisso, damos-lhe 18 bons tópicos de conversa – em forma de estreias de cinema – para não ficar de fora das discussões cinematográficas. Desde blockbusters como Venom, de Ruben Fleischer, Monstros Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald, de David Yates, ou O Regresso de Mary Poppins, de Rob Marshall, a filmes mais ao gosto da crítica, como Guerra Fria, do polaco Paweł Pawlikowski, Shoplifters, do japonês Hirokazu Kore-eda, ou O Amante Duplo, do francês François Ozon – aqui encontra-se de tudo. Como num hipermercado.

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  • Filmes

Apesar de ainda existirem muitos canais e produtoras com o trabalho de casa por fazer no que toca à rentrée, já é possível perceber o que vamos poder ver na televisão (ou no telefone, no tablet ou no computador) nos próximos meses. Há regressos esperados há muito tempo, despedidas difíceis e novidades que prometem ser boas. Por agora, deixamos-lhe dez títulos com estreias anunciadas até ao final de 2018 que não pode mesmo perder. O mais provável é que nas próximas semanas se anunciem mais novidades, tendo em conta as estreias internacionais ainda sem data em Portugal. Seja como for, não vão faltar motivos para não sair do sofá. 

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