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The 1975
Photo: Chuff MediaThe 1975

Super Bock Super Rock: nove concertos que nos vão levar ao Meco

Depois de vários anos em Lisboa, parece que é mesmo desta que o histórico festival volta à Herdade do Cabeço da Flauta, no Meco. Eis os concertos a não perder.

Luís Filipe Rodrigues
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Luís Filipe Rodrigues
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Primeiro as más notícias: se não voltar a haver risco de incêndio, é desta que o histórico festival português retorna ao Meco. As edições anteriores na Herdade do Cabeço da Flauta não deixaram saudades, muito pelo contrário, todavia a organização promete que os problemas e carências das infra-estruturas estão resolvidos. Tendo em conta que só há uma pequena estrada a ligar Lisboa ao recinto, é pouco provável que tudo sejam rosas. Mas, pronto, artistas como os lendários Wu-Tang Clan, The 1975, Steve Lacy e mais uns quantos dão-nos vontade de confirmar se o pior já passou.

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Os concertos a não perder no Super Bock Super Rock

Black Country, New Road

Apesar de editarem pela Ninja Tune, referência maior da electrónica de vistas largas feita nas ilhas britânicas, os Black Country, New Road são uma banda de rock. Mas não são só mais uma. A sua música é experimental e intensa, com ecos de math-rock, jazz e pós-punk. Para perceberem o que nos espera, escutem o álbum e filme Live at Bush Hall, deste ano.

Palco Somersby. Qui. 21.45

LX-90

Após a separação dos Heróis do Mar, na viragem das décadas de 1980 para 90, Rui Pregal da Cunha e Paulo Pedro Gonçalves mantiveram-se juntos e, acompanhados por Tó Pereira (mais tarde conhecido como DJ Vibe), Nuno Roque e António Garcia, formaram os LX-90 e lançaram Uma Revolução por Minuto, disco de rock electrónico à moda de Madchester. Pouco depois, reinventaram-se como Kick Out The Jams, e acabaram por separar-se. Reuniram-se em 2022 e já este ano lançaram um novo single. Agora voltam aos palcos.

Palco Pull&Bear. Qui. 01.30

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Glockenwise

Gótico Português, o segundo disco cantado em português pelos Glockenwise é o melhor da sua carreira e um dos melhores deste ano. Um tratado sobre sobre crescer e sofrer e tomar as rédeas do passado; mas também sobre a tensão entre a margem e a torrente, o interior e o litoral. Rock de agora, mas herdeiro do shoegaze e do pós-punk, a reverberar no futuro.

Palco LG by Rádio SBSR.fm. Sex. 18.15

Wu-Tang Clan

Composto por RZA, GZA, Ghostface Killah, Method Man, Raekwon, Inspectah Deck, U-God, Masta Killa e Cappadonna, que só se juntou oficialmente ao grupo depois da morte do fundador Ol' Dirty Bastard (1968-2004), o colectivo de Staten Island deixou uma marca indelével no hip-hop americano. Não só pelos discos editados, como pelo trabalho a solo dos vários membros. Trinta anos depois da edição do primeiro álbum, o seminal Enter the Wu-Tang (36 Chambers), vão finalmente dar o primeiro concerto em território nacional.

Palco Super Bock. Sex. 20.45

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The 1975

São um dos grupos mais interessantes, ainda que divisivos, da pop-rock contemporânea. Juntos desde a adolescência e já com dez anos de discos na bagagem, tão depressa tocam uma balada pop como se transformam numa banda de nu-metal ou viram emo, sem nunca perderem a identidade e a coerência. Being Funny in a Foreign Language, do ano passado, é o mais recente álbum, mas estão a tocar canções de todos os discos nesta digressão.

Palco Super Bock. Sex. 22.45

Caroline Polachek

Há 15 anos que ouvimos Caroline Polachek – primeiro a cantar com os Chairlift, depois com o nom de plume Ramona Lisa ou usando as iniciais CEP e, desde 2019, em nome próprio. Ao longo de todo este tempo nunca parou de se reinventar e com o álbum Desire, I Want to Turn Into You, deste ano, impôs-se como uma das principais vozes da pop alternativa.

Palco Pull&Bear. Sex. 00.00

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Chico da Tina

Munido de uma concertina, muita cagança e sentido de humor, Chico da Tina aproxima o trap das músicas ditas pimba. Os seus concertos nos festivais de Verão do ano passado foram memoráveis, fizeram correr tinta online, foram partilhados e ficaram documentados em milhares de pequenos vídeos. E tem uma nova mixtape para apresentar ao público.

Palco Somersby. Sáb. 10.45

PinkPantheress

Cantora, compositora e produtora de canções pop breves e liquefeitas, sem espinhas nem imperfeições. O leque de influências e artistas samplados no disco de estreia, To Hell with It, cobre um pouco de tudo, desde r&b clássico e contemporâneo a emo e pop-punk, passando por nu-metal ou indie rock, e ainda jungle e drum and bass. É muita música.

Palco Pull&Bear. Sáb. 21.45

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Steve Lacy

O antigo guitarrista de The Internet e colaborador de Tyler, the Creator ou Kendrick Lamar, entre outros, já tinha sido nomeado para um Grammy pelo seu primeiro álbum, Apollo XXI, mas foi com o segundo, Gemini Rights, do ano passado, que se impôs de vez (e conseguiu o primeiro Grammy). Vale a pena ouvir o seu r&b com muita soul e vapores psicadélicos.

Palco Super Bock. Sáb. 22.45

Verão em Lisboa

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Receitamos-lhe inúmeras doses para repor os níveis de vitamina D. Quiosques, rooftops, esplanadas de rua, interiores, enfim, as opções abundam consoante a vontade e também pode contar com sítios para abanar o corpo nestas que são as melhores esplanadas em Lisboa (e não só).

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