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Uma espécie de aldeia que enche ao fim-de-semana, onde não faltam peixes servidos em travessas de alumínio, filas à porta dos muitos restaurantes ribeirinhos e aquela sensação de praia permanente. Poderia, assim, de forma muito sumária e superficial, ser descrita a Trafaria, ou pelo menos a faixa junto ao Tejo que recebe os sedentos de boa vida, que aqui chegam vindos de barco desde Belém.
Mas os bastidores são sempre mais duros e neste caso envolvem o trabalho do ADN da vila, os pescadores, além dos que vêm imediatamente a seguir na cadeia, o pessoal da restauração. É entre estes dois eixos que se move o Trafaria na Brasa, um mercado cultural e gastronómico agendado para os dias 2 e 3 de Agosto (sábado e domingo), que "combina tradição e modernidade", explica à Time Out Joana Bernardes, da promotora do evento.

Como se traduz este combo? Nas bancas montadas pelos comerciantes locais ao longo da linha ribeirinha, poderá experimentar-se tanto uma tradicional sopa de peixe ou uma sardinha assada (a organização das marchas da Trafaria é a responsável pelas sardinhas no pão), como sushi ou ceviche com um twist. À mesa não faltarão também o marisco, a típica sopa de amêijoas, o ensopado de raia ou os carapaus alimados, sempre sob a filosofia da menor circulação possível de produtos, privilegiando-se o mercado municipal ou a doca de pesca. "Queremos, ao máximo, envolver a comunidade local", explica a responsável.
Música e passeios de barco
Embora a comida, como em muitas outras ocasiões da vida, esteja no centro do evento – mesmo literalmente, já que haverá uma mesa comunitária de 50 metros como ponto de encontro –, o programa promete ainda a música do Coletivo Gira (colectivo feminista com base assente no samba) e do projecto Largo da Cumbia, seguidos de actuações de DJs.

Presentes estarão também artesãos, instalações ou a Cicloficina da Trafaria, pronta a dar ensinamentos e a incentivar o uso da bicicleta para as deslocações até ao local e a outros pontos de interesse, como a Cova do Vapor.
Para os mais activos, a organização promete, por fim, passeios "num barco de pesca renovado", fruto da parceria com a empresa Oceanscape. Uma "voltinha" dura 30 minutos e tem o custo de 15 euros.
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