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Governo lança programa Bairros Saudáveis, inspirado no alfacinha BIP/ZIP

Foi aprovado em Conselho de Ministros um programa semelhante ao BIP/ZIP, mas com abrangência nacional, que apoia as populações mais desfavorecidas.

Renata Lima Lobo
Escrito por
Renata Lima Lobo
Jornalista
A Avó Veio Trabalhar
©Inês Felix
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Foi há uma década que nasceu, pelas mãos da arquitecta Helena Roseta (então vereadora na Câmara de Lisboa com os pelouros da Habitação e do Desenvolvimento Social), o programa BIP/ZIP – Bairros e Zonas de Intervenção Prioritária de Lisboa. Trata-se de uma iniciativa que desafia associações e as mais diversas entidades a apresentarem projectos que criem emprego, apoiem populações mais desfavorecidas, tanto financeira como socialmente, e estabelecerem sinergias entre entidades de forma a resolver as necessidades de cada local. Desde que foi criado, em 2011, já distribuiu muitos milhões de euros para projectos que têm dinamizado os bairros da cidade através de parcerias e pequenas intervenções que fazem a diferença e dão outra energia a Lisboa. Um dos exemplos mais populares é A Avó Veio Trabalhar.

E foi a 25 de Junho que, em Conselho de Ministros (CM), foi aprovado o programa Bairros Saudáveis, inspirado no BIP/ZIP, mas com um raio de acção bastante mais alargado: Portugal. A coordenação será feita por Helena Roseta, “a mãe” do BIP/ZIP, que há uns anos se retirou da vida política. No comunicado do CM, lê-se que este novo instrumento “promove iniciativas de saúde, sociais, económicas, ambientais e urbanísticas junto das comunidades locais mais atingidas pela pandemia, ou por outros factores que afectam as suas condições de saúde e bem-estar”. À semelhança do BIP/ZIP, este programa irá dinamizar parcerias e intervenções locais “para a promoção da saúde e da qualidade de vida das comunidades territoriais, através do apoio a projectos candidatados por associações, colectividades, organizações não governamentais, movimentos cívicos e organizações de moradores, em colaboração com as autarquias e as autoridades de saúde”.

Recordamos que a 10.ª edição do BIP/ZIP está em marcha e este ano foram definidas três grandes áreas prioritárias nas regras do concurso: o reforço da empregabilidade e do tecido económico local; as questões educativas que se colocam às famílias nestes territórios; e a intensificação de dinâmicas de apoio directo às comunidades e grupos vulneráveis. O orçamento que será distribuído pelos projectos seleccionados pelo júri é de 1,6 milhões de euros.

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