A Time Out na sua caixa de entrada

Procurar
Ribeira de Alcântara
DR

O Pátio das Antigas: A ribeira de Alcântara a céu aberto

As obras de encanamento definitivo da ribeira de Alcântara, que outrora corria livremente entre a Brandoa e o Tejo, começaram ainda durante a II Guerra Mundial, em 1944. Terminaram em 1967.

Escrito por
Eurico de Barros
Publicidade

Foi no século XIX que começou, de forma incipiente, o encanamento da ribeira de Alcântara, que nasce na Brandoa, no concelho da Amadora, para ir desaguar no Tejo, na zona da freguesia de Alcântara, altura em que foi também construída a Estação de Alcântara-Terra, em 1887. Mas na altura em que foi tirada a fotografia acima, na segunda década do século passado, grande parte da ribeira – uma das muitas que existiam em Lisboa e que foram entretanto cobertas, tal como foram aterrados leitos de rios antigos – ainda corria a céu aberto, e havia quem morasse perto que fosse lá lavar a roupa e molhar os pés nos dias de Verão. 

Foi no final de 1944 que se lançaram as obras de encanamento definitivo deste curso de água, visando a futura urbanização do Vale de Alcântara e a construção da Avenida de Ceuta. Devido à falta de cimento que se seguiu ao fim da II Guerra Mundial, os trabalhos de betonagem só começaram alguns meses mais tarde, no Verão de 1945, atingindo um ritmo regular no princípio do ano seguinte. Em 1967, 33 anos depois de terem sido iniciados, foram enfim dados por concluídos os trabalhos de encanamento deste curso de água, que está coberto em toda a extensão do concelho de Lisboa. Há prédios construídos na zona de Alcântara na década de 70, em cujas caves funcionam em permanência bombas de extracção de águas associadas à ribeira que outrora corria livremente.

Coisas e loisas de outras eras:

+ A grande Exposição Henriquina em Belém

+ Era chique ir ao Old England

+ Queres bengalas? Vai ao Costa

+ O café que era a “Catedral do Fado”

+ O restaurante chique à beira-mar

Últimas notícias

    Publicidade