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Teatro Phantástico
DRTeatro Phantástico

O Pátio das Antigas: Peças e fitas no Teatro Phantástico

Foi inaugurado em 1908, durou apenas alguns anos e ficou conhecido por Teatro Phantástico por causa da iluminação especial e da decoração, que o fazia parecer uma grande caverna.

Escrito por
Eurico de Barros
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Também conhecido por Salão Phantástico, o Teatro Phantástico, que abriu as portas em Março de 1908 na Rua Jardim do Regedor, foi assim chamado por causa de uma decoração que lhe dava uma atmosfera especial, algo “fantástica”, segundo os critérios da época. Isto porque a iluminação escolhida e as estalactites e estalagmites de pasta de papel, que pendiam do tecto e se erguiam no átrio, davam ao espectador a impressão de estar dentro de uma enorme caverna assim que lá entrava. A publicidade aos espectáculos que punha em cena e aos filmes que lá passavam insistia, naturalmente, na frase: “É phantástico!”. E o público e a imprensa concordavam.

O Teatro Phantástico foi um dos primeiros animatógrafos de Lisboa, alternando a exibição de fitas com a apresentação de peças de teatro, revistas, operetas e outros espectáculos musicais, alguns mesmo contratados no estrangeiro. Infelizmente, a gestão da sala não era “fantástica”, e em 1915, apenas sete anos após a sua inauguração, o Teatro Phantástico mudou de donos e de nome, passando a chamar-se Paradis, para voltar a ser vendido e tornar-se em Salão Rubi no ano seguinte. Em 1917, passou a ter exclusivamente teatro e voltou a chamar-se Phantástico, talvez numa tentativa de voltar a seduzir o público que o frequentava nos primeiros anos de vida. A ideia não resultou e a sala acabou por fechar de vez em 1918.  

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