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Veganeats
Duarte Drago

O bairro mais cool do mundo também é verde

Percorremos as imediações de três paragens do metro – Intendente, Anjos e Arroios – para procurar estações de serviço bio. Conheça o roteiro vegan e sustentável de Arroios.

Hugo Torres
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Hugo Torres
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O triângulo dos veganos – como quem remete para as Bermudas – não está envolto em nenhum mistério nem os humanos omnívoros correm risco de desaparecer quando lá passam. Este polígono imaginado entre duas ruas interiores da Praça do Chile completou-se recentemente, quando o Las Vegan se juntou ao Veganeats e ao Bio Vegetariano naquela zona. São os restaurantes do bairro para quem dispensa ter animais no prato. Mas também há uma nova pastelaria para vegatarianos e até uma loja de roupa e de calçado com as mesmas preocupações. Por fim, temos um belga a mostrar-nos como combater o desperdício provocado por um produtos que quase ninguém dispensa: o café.

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Linha verde: o roteiro vegan e sustentável de Arroios

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Saladas, sandes, hambúrgueres, noodles ou brownies: peça o que pedir no restaurante de Ricardo Macedo, virá com um aspecto apetecível e um trocadilho a acompanhar. Coisas de artistas. O Las Vegan abriu em finais de Outubro, juntando-se ao Veganeats e ao Bio nesta zona, à qual já há quem chame o triângulo dos veganos. O pão é da Micropadaria.
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Bolo de chocolate com amendoim. Lembrem-se destas palavras quando forem ao Veganeats e Célia Tereso vos perguntar, com o tom mais maternal possível, o que vai ser para lanche. É o único bolo que se repete todos os dias. Os restantes vão variando, pela mão de Ana Filipa Tereso, filha, cozinheira e dona do espaço. As fatias são a 1,5€.

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Estabelecido em 2005, é um dos restaurantes indispensáveis do roteiro vegan da cidade. A fórmula vencedora tem sido: lasanha de legumes, porções generosas e atendimento com dose extra de simpatia. Os preços variam entre os 5,50€ do miniprato e os 9,50€ do prato misto. Os clientes habituais não poupam elogios às sobremesas nem aos sumos naturais.

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Fechou a Boulangerie Costes, abriu o Moko. É uma pastelaria vegetariana que nos dá tudo a que temos direito – café, croissants de frutos vermelhos, pãozinho com queijo e pão de beterraba – mas sem uma única molécula animal. O dono é Renato Lai, taiwanês que chegou a Lisboa depois de passar pelo Brasil. Ao almoço, serve sopa de noodles (2,90€), dumplings vegan (2,80€), tostas (2€), hambúrgueres vegetarianos (3,50€-4€) e sumos naturais (1,70€-2€). Também pode levar os seus congelados vegan daqui.
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Bráulio Amado é um ponta de lança do design gráfico nacional: trabalha com o New York Times, a New Yorker e a Vanity Fair. E agora tem um trabalho nos Anjos – o logótipo da Couve, a novidade mais fresca do bairro. É uma loja de vestuário e calçado vegan. Sapatos sem pele; meias, gorros e cachecóis sem lã. Atrás do balcão está Vasco Monteiro, que quer provar que se pode vestir com consciência “mas com pinta”. “Precisamos de abandonar a imagem de que o calçado vegan é chinelo ou Paez, que tem de ser freak. Sempre tive uma preocupação com o estilo”, diz. As botas da Good Guys Don’t Wear Leather, marca francesa  produzida em Portugal, estão nas prateleiras prontas para o Inverno. (Feliz coincidência: na porta ao lado encontra uma mercearia de um casal hindu vegetariano: Kumar e Meeta.)
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Natan Jacquemin anda a recolher borras de café que se produzem no Fauna e Flora, n’O das Joanas e no Josephine para combater o desperdício – e fazer negócio. Como apenas 1% da biomassa do café é usada na bebida, este belga que veio estudar Economia para a Católica aproveita os restantes 99% para produzir cogumelos. Vende os cogumelos aos sítios aos quais foi buscar as borras, e usa o substrato enriquecido que resulta desse processo para plantar outros produtos, incluindo plantas de café. É um projecto-piloto e Natan quer perceber se é rentável para mais tarde poder vendê-lo ao público.

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A cidade está mais atenta ao mundo vegetal, com menos preconceitos acerca de ingredientes e sabores e com mais curiosidade. Prova disso é a nova oferta de restaurantes inteiramente vegan que tem aparecido na cidade. Nos novos restaurantes vegan em Lisboa, alimentos de origem animal não entram.

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Mas afinal o que é isto dos produtos biológicos? É coisa de grilos e de vegetarianos? É para malta que não usa casacos de peles e que se ata a chaminés de navios em defesa dos direitos do ouriço-do-mar? O engenheiro agrónomo Nélson Silva, especializado em agricultura biológica, diz que é simplesmente o futuro da alimentação.

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