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Frescas e boas: novas cartas para o Verão

Para o tempo quente, para o sol e para as esplanadas: conheça as novidades dos restaurantes lisboetas.

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Muda a estação e mudam, habitualmente, as cartas dos restaurantes. Entre pratos incontornáveis que se mantêm, surgem novidades, quase sempre frescas, não estivéssemos no tempo quente. Procurando olhar para os ingredientes sazonais, adaptando receitas ou reinventando por completo o cardápio, há muitos e novos pratos para provar, todos eles com tanta cor como sabor. Comida tradicional e do mundo, cozinha contemporânea e de chef, há de tudo nestes restaurantes em Lisboa (e aqui bem pertinho porque se há altura em que andamos com vontade de descobrir mesas é no Verão). Eis as novas cartas para o Verão.

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Mesas da Estação: novas cartas para o Verão

  • Chiado

Se há coisa que o Ajitama tem feito ao longo dos anos é aproximar-nos do Japão. A especialidade, já se sabe, é o ramen, mas a novidade é que este também se pode comer frio. Para isso, António Carvalhão e João Azevedo Ferreira voltaram ao Japão para aprender as melhores receitas para a estação. Arriscaram no ano passado com um ramen e voltam este ano a apostar numa carta fresca e surpreendente, desta vez com mais opções. Ao cold shio (15,50€), que já tinham apresentado no último Verão, juntaram-lhe o mazesoba (15€), um prato de noodles em caldeta, composto por vegetais, onsen tamago e chashu de frango confeccionado em sous-vide. Há ainda uma salada, a shibuya salad (14,50€), feita com noodles de pepino, peito de frango em marinada kimchi e sementes de sésamo. Nas sobremesas, voltou um clássico que, talvez, só os verdadeiros aficionados se lembrarão: a bavaroise de matcha (5,90€), servida originalmente no supper club em 2017.

  • Italiano
  • Avenidas Novas
  • preço 3 de 4

Foi no final do ano passado que o Grupo Non Basta anunciou a chegada como chef convidado de Francesco Ogliari, do já afamado Tua Madre, em Évora. Foi ele, juntamente com Mário Cardeira, chef executivo do grupo, que renovou a carta deste bonito italiano nas Avenidas Novas, e que agora até no balcão está a apostar, com um menu dedicado. Na barra, podem-se comer agora umas ostras do Sado, ao natural (3€/uma ou 15€/seis), mas também com tomate (3,20€/uma ou 16€/seis) ou em tempura e caponata (3,50€/uma ou 17,50€/seis). Também se pode pedir uma empadinha de ragu de borrego (2€) ou uma sandes de porchetta, com maionese de chipotle, picles e cebola crocante (9,50€). A boa notícia é que também nas mesas é possível pedir desta carta, apesar do próprio menu ter muitas e boas novidades, do torricado de cavala curada, guanciale e caponata (11€) e da porchetta tonnato, atum e malagueta (9,50€) nas entradas, ao ravioli de requeijão de ovelha, limão, favas e crumble de morcela (14€) ao polvo na grelha com panzanella de vegetais da estação (25€) nos pratos principais. 

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  • Lisboa

É um clássico com mais de três décadas de história, afamado pela carne, ou não fosse uma steakhouse, uma das mais antigas da cidade. É pelo rodízio (30€) e pelos fundues (20€-25€) que muitos aqui chegam, mas é nos pratos tradicionais que a nova carta aposta. Há uma açorda de gambas (14€), uma carne de porco à alentejana (15€), uma bochecha de vitela com puré de batata e cebola assada (16€) e um bacalhau à Vasku’s (19€), que mais não é do que um bacalhau assado servido na telha, com batatas fritas às rodelas, cebolada e pimentos assados. Nas entradas, nem o caldo verde com chouriço (4€) falha. O mesmo acontece nos doces: baba de camelo (5€), leite creme (5€), mousse de chocolate (5€)... 

  • Princípe Real

No restaurante tradicional de Luís Gaspar, a carta foi renovada, mas mantêm-se os pratos de conforto. Nos pratos dos dias, de segunda a sexta, respectivamente, há agora filetes de pescada com arroz de tomate, feijoada, ensopado de borrego, cozido à portuguesa e cabidela. Ao sábado há arroz de polvo (19€) e ao domingo mantém-se o cabrito assado com arroz de forno (20€). Na carta, há ainda novidades como as moelas estufadas (6€) nas entradas e o bacalhau assado na brasa com batata a murro (32€/duas pessoas), o arroz de tamboril e camarão (18€) e as bochechas de porco alentejano com puré de batata (16€). Para as sobremesas, entrou o pão de ló (5€).

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  • Mexicano
  • Chiado/Cais do Sodré

Para o Verão, o mexicano que chegou de Miami, primeiro ao Príncipe Real e depois ao Cais do Sodré, traz pratos fresquinhas. Há uma carta nova com uma variedade de “ensalada bowls”, como a veggie (15€), composta por falafel de quinoa, guacamole, pickles de cebola roxa, couve, cogumelos da época, vinagrete de chipotle e lima; e a cobb (16€) com frango marinado grelhado, esmagada de feijão, bacon, chiles toreados, ovo cozido, abacate, milho e salsa avocato. E nos tacos, a novidade é o coliflor (10€), com couve-flor grelhada no josper, abacate, queso mixto, pickles caseiros de cebola roxa, queijo ralado e salsa verde. Também há novos cocktails para provar.

  • Grande Lisboa

Perfeito para dias de passeio para os lados de Azeitão – quem sabe até depois de um mergulho na Arrábida ou em Sesimbra –, no Wine Corner by José Maria da Fonseca as novidades são muitas e frescas, como se pede nesta época. Na carta, feita pelo chef consultor Luís Barradas, a região é servida à mesa, do coração de burrata, produzido ali perto pela queijaria artesanal Ortodoxo, com tomate e pesto (14,50€), aos mexilhões de Sesimbra com caril verde (18€) ou as ameijoas do Sado à Bulhão Pato (18€). Tudo para acompanhar com um dos vinhos da casa – e são cerca de 80 as referências da José Maria da Fonseca que podem ser pedidas a copo ou à garrafa.

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  • Cais do Sodré

Daniel Manrique tem uma ligação especial com o mar. Foi, aliás, como homenagem à adolescência passada a pescar na praia de San Bartolo, a sul de Lima, que abriu o seu primeiro Segundo Muelle. Na base dos novos pratos nota-se, portanto, o apreço pela sazonalidade, pelos ingredientes de qualidade – os portugueses e os que chegam do Peru – e também a autenticidade das receitas. O tártaro de atum acevichado (16,90) é uma das novidades nas entradas, com pedaços de atum e abacate marinados em molho acevichado, com tostadas crocantes aromatizadas com emulsão de azeite com ervas frescas e glaze balsâmico. A chalaquita (9,70€) é, talvez, um dos pratos que mais cheira a mar, com camarão, lula e choclo com leite de tigre de ají amarillo e lima servido em concha de vieira. 

Mais restaurantes em Lisboa

Este é o roteiro perfeito para quem não é egoísta à mesa e gosta de partilhar – agora, mais do que nunca, com as devidas cautelas, é claro. Para almoçaradas de amigos, para finais de tarde depois da praia, para melhorar os dias de chuva, para lanches ajantarados ou até para jantares fora de horas. A arte de picar é bem típica portuguesa e calha bem a qualquer hora do dia ou a qualquer refeição. Descubra aqui os melhores restaurantes de petiscos em Lisboa, ponha de lado o egoísmo do prato principal só para si e peça uma série de pratinhos da próxima vez que se sentar à mesa.

  • Peruano

São cada vez mais os restaurantes peruanos em Lisboa. E ainda bem. Não é ao acaso que esta gastronomia é tida por muitos como a mais rica da América Latina. No Peru, fazem-se coisas deliciosas como ceviches, tiraditos ou causas. Foi o Qosqo, ali para os lados da Sé, que nos apresentou esta cozinha há mais de dez anos. Mais tarde, o chef Kiko, com a sua A Cevicheria, tornou-a ainda mais famosa. Entretanto, foram aparecendo outros: alguns de street food, outros dedicados exclusivamente ao ceviche, e até um de cozinha peruana ligada ao mar.

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