Mercado de Cacilhas
©Inês Félix
©Inês Félix

Tudo o que pode comer e fazer no novo Mercado de Cacilhas

A Cândido dos Reis ganhou mais um inquilino e a zona está a fervilhar. Chegou o novo Mercado de Cacilhas com comida, bebida e até Escape Rooms.

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A Rua Cândido dos Reis já era uma das principais artérias de Cacilhas mas este novo inquilino traz-lhe ainda mais vida. O Mercado de Cacilhas chegou em Novembro ao número 144 e nele cabem sete restaurantes de geografias gastronómicas como Japão, Grécia, Itália ou Brasil, um bar e dois Escape Rooms – o primeiro inspirado no filme A Ressaca, o segundo no clássico de George Lucas, Indiana Jones. São, ao todo, 400 metros quadrados de pratos e entretenimento que Tiago Avó, um dos responsáveis, diz ser "algo que faltava". 

"Esta rua era o mercado de Lisboa. As pessoas vinham de cacilheiro, apanhavam os burros, faziam as compras e voltavam para Lisboa. Este mercado de Cacilhas é a forma moderna do antigo comércio local", explica.

Sushi, pizzas, carnes, brunches, tudo cabe no novo espaço. "O que tentei criar aqui foi um leque de ofertas diferenciadas, e temos exclusividade de conceito, ou seja: só há uma hamburgueria, um grego, uma pizzaria. Essa é uma das questões que nos distingue dos mercados convencionais".

O espaço começa com a Hamburgueria da Romeira, que divide parede com as carnes de Tiago Trojan no Mão Preta. Logo de seguida, o Pita Gourmet, que também existe do outro lado do rio, em Campo de Ourique, traz a Grécia ao prato e o Margem Kool serve de bar de serviço ao mercado. Na sala principal, à frente, está o Avocado, logo depois o Blessed Sushi e, ao fundo, a Itália de Massimo no V.E.S.P.A.

"Temos também a parte dos Escape Rooms. Entre as 09.00 e as 20.00 estamos abertos a corporate e a visitas de estudo de escolas. A partir das 20.00 temos outra vertente, a drinking Escape Room. A diferença é que existem 30 shots escondidos. Temos os direitos do filme A Ressaca e estamos a aplicar o drinking escape rooms a esse conceito."

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O que provar no Mercado de Cacilhas

  • Espaço gastronómico
  • Grande Lisboa

Tiago Trojan saiu do sul do Brasil com um negócio bem estabelecido, uma marca de cerveja artesanal. Por cá, o plano não passava por iniciar o mesmo rumo num futuro próximo, mas a oportunidade surgiu, juntamente com a parceira de negócio Lúcia Saldanha, e o Mão Preta fez casa em Cacilhas. A especialidade são as carnes. Há chimi chori (6,50€), choripan Mão Preta (7€), sandes de vazia (9€) ou tábua de carnes (12,50€) à prova. E a partir de Janeiro, em parceria com a cervejeira Porco Fumado, vão produzir a cerveja que ficou do lado de lá do Atlântico e que baptiza a casa.

  • Espaço gastronómico
  • Grande Lisboa

José Jorge e João Marques são a dupla que faz desta nova Hamburgueria da Romeira "a menor galeria do mundo com os maiores hambúrgueres". A citação é de José e justifica-se, pelo tamanho das criações. Depois de abrirem portas no Mercado da Romeira, na Cova da Piedade, a dupla volta a apostar no conceito mercado e ruma a Cacilhas estabelecendo-se logo à entrada. À escolha estão oito hambúrgueres, do Romeira (8€) com novilho e queijo cheddar, ao o Arsenal (9€), com novilho, cheddar, bacon, ovo estrelado, cebola caramelizada e molho barbecue. Mais duas hipóteses vegetarianas. A cerveja é Urbe, uma aposta da casa cujos rótulos são todos da autoria de artistas da Margem Sul.

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  • Espaço gastronómico
  • Grande Lisboa

Massimo Gallina chegou a Portugal há meio ano e trouxe de Itália os segredos da pizza. Pizzas e piadinas, é este o foco da cozinha de Massimo no V.E.S.P.A., ou Vino, Espresso, Salumi, Pizza, Amore. A passagem por restaurantes e pizzarias, como cozinheiro e pizzaiolo, deram-lhe a experiência e é isso que aqui quer manter. A massa é fermentada até 72 horas e há sabores como a Margherita (6,50€), a Giardinera (7,50€), com manjericão, verduras e pesto genovese ou o destaque de Massimo, a Quello con i salumi (8,50€), em que o salame, coppa, a mortadela, a rúcula e o manjericão fresco compõem o prato.

  • Espaço gastronómico
  • Grande Lisboa

É o quarto espaço que Filippos Gavriilidis abre este ano e o sétimo no total. Não há que enganar, à semelhança dos restantes espaços, a gastronomia grega é o grande destaque. Conte com as mussakas, de beringela, carne picada e bechamel com queijo feta (5,90€), a salada grega, com tomate, azeitonas, feta e pepino (4,50€) ou as azeitonas kalamata (1,50€), o aperitivo favorito dos gregos.

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  • Espaço gastronómico
  • Grande Lisboa

Hugo Miguel Batista e Liliana Pereira uniram-se em torno da democracia gastronómica e perceberam que, em Almada, as opções de brunch ainda tinha espaço a crescer. O mesmo com as opções veganas. E assim nasceu o Avocado, combinando a experiência de Hugo na restauração, com passagens por Londres, Amsterdão e pela Quinta do Tagus, em Portugal, e de Liliana na comunicação. Tudo é caseiro, feito na hora e sustentável, já que na cozinha de Hugo não há plásticos. Entre as criações obrigatórias à prova estão, claro, os brunches. Ao todo são quatro tábuas – Avocado, Algo Leve, Sou Uma Criança –, mais a Tenho fome (13€), que inclui scone, overnight, bruschetta de salmão, compota de abóbora, manteiga de amendoim, mel, requeijão, folhado, fatia de bolo, ovos mexidos e crispy bacon. Nas bebidas, há capuccino, chocolate quente, chá ou sumo do dia. Os bolos caseiros ficam no brownie Mr. Avocado (3,50€) e na Mrs. Lemon Pie (3,50€).

Mais para ver a Sul

  • Coisas para fazer

O fado não lhe chegou, a ponte roubou-lhe as gentes, e a Lisnave deixou-lhe o postal saudosista de um passado que poucos pensavam ser possível recuperar. Ainda assim, a ex-freguesia a sul do Tejo está de pé e vibra muito para além da banda sonora de cacilheiros e gaivotas. Tudo a dez minutos do centro, e sempre com a vantagem de o passe metropolitano já lá chegar. Este é o roteiro por Cacilhas obrigatório a fazer.

Há quem diga que é a margem certa, o sítio onde são feitos os sonhos. Cacilhas faz parte desse lote a Sul de Lisboa e é o sítio onde existem bons restaurantes de cozinha tradicional, pizzas em forno de lenha, petiscos para picar depois do trabalho ou as malgas de arroz com peixe cru da moda. Além de novos restaurantes e dos clássicos que já se impuseram como reis do peixe fresco e de mariscadas, Cacilhas é uma zona do futuro: está envolvida no projecto Comunidade Carbono Zero.

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Do outro lado do rio há mesas com cozinhas do mundo para descobrir, da cantina italiana com pratos típicos de Piemonte e as pizzas em forno de lenha aos japoneses com peças de sushi sem confusão e carnes maturadas. Sem nuncar esquecer a nossa boa comida tradicional portuguesa, da tipicamente alentejana à do Minho. Explore a outra margem e marque mesa nestes restaurantes em Almada.

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