vinhos de Verão
Time Out Lisboa
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Vinhos de Verão: três garrafas para tardes quentes

As nossas sugestões de vinhos para aquelas tardes que deveriam ser proibidas de acabar.

Liana Saldanha
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“Strawberries, cherries and an angel’s kiss in spring,
my summer wine is really made from all these things…”

Se há uma música capaz de descrever um vinho perfeito para o Verão, é "Summer Wine": aromas de morangos e cerejas, com a delicadeza que só um beijo de um anjo poderia ter.

A estação mais quente do ano pede vinhos que refresquem sem pesar, que tenham acidez viva, aromas de fruta fresca, toques herbais ou florais e, acima de tudo, que combinem com a leveza dos dias longos e das conversas sem pressa.

O segredo? Procurar vinhos com: 1) acidez marcante: aquela que limpa o palato e faz salivar, 2) álcool moderado ou bem integrado, para beber sem ficar com a boca cansada, e 3) perfil aromático fresco, com frutas vermelhas, ervas, flores, notas cítricas ou salinas.

Na dúvida, pense assim: este vinho combinaria com um piquenique? Com uma salada de tomate e queijo fresco? Com petiscos simples ou uma sardinha assada? Se a resposta for sim, então provavelmente tem a cara do Verão.

Montámos uma pequena playlist vínica que pode pôr a tocar em remix com a música que abriu este artigo. Deixamos aqui algumas ideias para o teu deleite. E refresco.

Recomendado: A culpa da sua dor de cabeça é dos sulfitos? Dez mitos sobre o vinho

Vinhos de Verão: três garrafas para tardes quentes

Red Nat - Pet Nat Rosé 2024

Região: Vinho Verde
PVP: 14,90€

Um delicioso e divertido vinho espumante produzido pelo método ancestral (engarrafado enquanto ainda está em fermentação). Composto pelas castas Alvarinho e Sousão, poderia ser facilmente a inspiração para a música "Summer Wine". Aromas de morangos, cerejas e framboesa, alta refrescância provocada pelas bolhas e também pelas frutas vermelhas super frescas. Não se esqueça de beber água entre um trago e outro deste vinho viciante.

Natusvini - Intus branco 2022

Região: Alentejo
PVP: 13,25€

Feito a partir de vinhas velhas na Vidigueira, este branco expressa com personalidade o carácter vibrante desse terroir alentejano. O enólogo Hamilton Reis conduziu todo o processo com foco no respeito à uva, deixando que ela falasse por si. No copo, entrega frescura, acidez firme, aromas de frutas cítricas e florais – e aquela vibração boa que convida a goles ao ar livre e em boa companhia.

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João tavares de Pina - Tretas Tinto 2022

Região: Dão
PVP 10,50€

Um tinto natural do Dão, feito “sem tretas”, como diz João Tavares de Pina, o talentoso produtor por trás deste rótulo. Tem frutas vermelhas (como pede um bom "Summer Wine"), um lado vegetal que lhe dá um tempero especial e acidez que deixa tudo mais leve e vibrante. É daqueles que pedem mesa cheia, conversa solta e música boa e leve a tocar de fundo.

Outros copos

Os bares de vinho (ou wine bars, como lhes chamam os ingleses), as garrafeiras e as lojas da especialidade estão cada vez mais na moda e ainda bem. Afinal, o nosso vinho é um dos melhores do mundo e fica bem em diversas ocasiões. Seja para se refrescar a meio da tarde, aconchegar-se ao fim do dia ou até para lançar o mote numa noite de festa, reunimos os melhores bares de vinho em Lisboa, onde além de conseguir beber um copo (muitas vezes de referências fora da caixa) consegue também picar um bom petisco.

Se fizermos uma viagem no tempo, na Grécia Antiga já se falava da importância do sympósion: um ritual em que se comia, bebia e pensava junto. Não era um simples jantar, era uma experiência filosófica, sensual e profundamente social. Embora os gregos ainda não falassem em “harmonização” no sentido moderno da palavra, já sabiam que o contexto, o ritmo, os sentidos e até a companhia influenciam – e muito – a experiência à mesa.

Na hora de harmonizar vinho e comida, há dois caminhos clássicos que costumo seguir: o da semelhança e o do contraste. A semelhança é quando juntamos o que vibra na mesma frequência, ou seja, um prato delicado com um vinho igualmente subtil, ou um prato untuoso com um branco de boa cremosidade, por exemplo. Já o contraste é quando criamos tensão e equilíbrio: a acidez do vinho que corta a gordura do prato, o tanino que se rende à proteína, ou o açúcar que doma o picante. Um joga com o outro (ou contra o outro). O importante é que, no fim, eles dancem bem juntos na nossa boca.

Se a Grécia nos ensinou que comer e beber é também pensar, sentir e partilhar, então chegou a hora de partilhar. Aqui vão três combinações para abrir o apetite e aguçar a sua curiosidade.
Ah, e com sugestões vegetarianas incluídas, porque prazer à mesa também é saber acolher diferentes escolhas e paladares.

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Vinhas plantadas a 50 metros do mar? Temos! Vinhos produzidos em grandes potes de barro como os romanos faziam há 2 mil anos? Também temos! Portugal é pequeno em extensão territorial, porém grandioso em relação à diversidade de terroirs* que contribuem para a riqueza e variedade de seus vinhos. 

Abaixo escrevemos sobre quatro estilos de vinhos provindos de quatro terroirs mágicos e cheios de história. 

*Para quem desconhece esta expressão francesa, terroir é a soma de factores naturais e humanos que moldam as características únicas de um determinado local. Clima, solo, topografia, práticas agrícolas e tradições locais entram em jogo. 

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