Nos Estados Unidos dos anos 40, Willy Loman quer dar o mundo aos seus filhos. Mas, depois de 34 anos a trabalhar como caixeiro viajante, vê os seus sonhos desvanecerem-se. Uma tragédia moderna do cidadão comum, que encontra na impotência do fracasso a derradeira violência. Escrita no pós-guerra, Morte de um Caixeiro Viajante – que sobressaltou o mundo na sua estreia, na Broadway, em 1949 – não só é um requiem pelo capitalismo, como um dos retratos mais magoados do sonho americano. Com encenação de Jorge Silva Melo, conta com interpretações de Américo Silva, André Loubet, António Simão, Helder Bráz, Joana Bárcia, Joana Resende, José Neves, Pedro Baptista, Pedro Caeiro, Paula Mora, Sara Inês Gigante, Tiago Matias e Vânia Rodrigues. Sobe ao palco no Teatro Nacional D. Maria II.
Nascido a 7 de Agosto de 1948, Jorge Silva Melo viveu a infância na antiga cidade de Silva Porto, em Angola, e mudou-se para Lisboa com a família no início da adolescência. Estudou Filologia Românica na Faculdade de Letras de Lisboa, onde integrou o Grupo de Teatro de Letras, mas não chegou a terminar o curso. Em 1969, decidiu partir para Londres. Com uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian frequentou a London Film School, onde obteve um diploma em Realização. Em 1972, de volta a Lisboa, co-fundou o Teatro da Cornucópia, com Luís Miguel Cintra, de que se afastou em 1979, altura em que voltou a sair do país, novamente na qualidade de bolseiro da Gulbenkian, para ir estudar em Berlim, junto de Peter Stein, e em Milão, junto de Giorgio Strehler. Mais tarde, em 1995, fundou a companhia Artistas Unidos, na qual desempenhou a função de director artístico. Em 2004, recebeu o grau de Comendador da Ordem da Liberdade. Encenador, actor, cineasta, dramaturgo, tradutor e crítico, Jorge Silva Melo morreu esta segunda-feira, 14 de Março, aos 73 anos, vítima de doença oncológica. Estas são as peças dos Artistas Unidos, nas quais esteve envolvido, que ainda poderá ver em palco.
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