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Portefólio: fotografia de algodão doce

Teresa Freitas começou a fotografar por acaso e hoje trabalha com grandes marcas internacionais. As suas fotografias mostram-nos o mundo em tons pastel.

Sebastião Almeida
Escrito por
Sebastião Almeida
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Ao início, os planos para o futuro passavam apenas por aliar o design à arte, através de projectos interactivos. Teresa Freitas, fotógrafa de 29 anos, ainda não sabia que a fotografia lhe tomaria conta da vida e que passaria a viver exclusivamente dela. “Durante os meus anos na universidade comecei a fotografar com o telemóvel”, conta à Time Out. Fotografava o que lhe saltava à vista na rua. Ao mesmo tempo, as aplicações de tratamento de imagem generalizavam-se e, de forma intuitiva, permitiam fazer colagens, criar camadas e brincar com as cores. A sua abordagem tornou-se então mais “criativa”.

Daí até surgirem os primeiros convites para trabalhar com marcas internacionais não demorou muito. “Comecei a desenvolver trabalho comercial, mas nunca pensei que fosse ser algo a tempo inteiro, que me permitisse ter um rendimento para viver”. O processo foi gradual. Na universidade, recorria sempre à fotografia para desenvolver os projectos do curso de Artes e Multimédia. Mas a sua identidade visual começou a delinear-se quando quis aprofundar conhecimentos sobre como retirar o máximo partido de programas dedicados ao tratamento de imagem, como o Lightroom ou Photoshop. “Percebi o seu potencial e o que podia fazer com as imagens”.

“Queria perceber o que podia fazer para alterar a estética e a percepção da fotografia”, explica. E encontrou a resposta na cor. “É através dela que consigo subverter o que vemos”. Ao longo dos anos, foi deambulando pelas ruas das cidades que visitava e assim surgiu a série fotográfica “Cinematic”. Este é não mais do que um conjunto de fotografias que pretende remeter quem as olha para uma atmosfera cinematográfica, quase como se se tratassem de um plano de um filme. “Não quero retratar algo tal e qual é no mundo real”. Afinal de contas, é isso que acontece com a arte.

“Estas alterações não mexem com a essência da imagem. É só um lado mais criativo a ser posto em prática”, atira. Marcas como a Chloé, Dior ou Netflix, por sua vez, procuram-na com outros objectivos. Recorrem a Teresa pelo seu lado criativo, mas também pela identidade visual pela qual se tornou conhecida. A par de tudo isso, apresenta-lhes um projecto que se adequa à mensagem que a marca quer passar. A produção é relativamente simples e feita em casa – a maior parte das campanhas foram mesmo fotografadas no jardim dos pais. “Enquanto que algumas marcas procuram pessoas que dão a cara pelo produto, eu estou lá para criar algo”.

Apesar da paragem que a pandemia provocou em muitos sectores, os trabalhos continuam a aparecer. De momento, a série fotográfica é um projecto em curso “sem data para estar terminada”, diz. As viagens, por agora, pararam, mas isso não implica deixar de criar. Nestes tempos de confinamento, a Subject Matter, galeria online londrina que representa a artista, lançou as Lockdown Commissions, um projecto que consiste na criação de obras únicas de raiz. “Os clientes preenchem um breve inquérito sobre o que gostam no trabalho do artista” e depois é desenvolvida uma criação do zero. Até agora, já enviou fotografias para clientes no Japão, Reino Unido e Índia.

Mas o que Teresa pretende é conseguir fotografar o que existe em seu redor com uma palete de cores pastel que nos transporta para uma dimensão em que o mundo é mais leve e alegre.

+ Portefólio: O mosaico iraniano de José Fernandes

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Vila Cã, perto de Abiul, em Pombal, é uma das muitas terras do país cuja existência apenas se torna evidente quando dela se fala. De outra forma, permaneceria intocada, num silêncio apenas quebrado pelos cerca de mil habitantes que lhe dão vida. As raízes da família de Ricardo Lopes, fotógrafo de 29 anos, estão lá. Foi nessa terra que os avós fizeram vida, que o pai e os tios cresceram, para já mais velhos deixarem a aldeia da infância à procura do bulício da cidade e de uma vida melhor.

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Foi um casaco amarelo herdado que lhes fez ganhar o nome, mas foi o gosto pelo desconhecido que os aproximou. Ivy e Athon, nomes fictícios, são os rostos (ocultos) por detrás dos The Yellow Jackets, um casal português “na casa dos trintas”, que viaja por Portugal e pelo mundo com o objectivo de explorar e fotografar edifícios abandonados. “Por ironia do destino”, contam à Time Out, pouco tempo depois de começarem a usar o anoraque amarelo do pai de Athon, depararam-se com outro idêntico e em mau estado, num dos locais que visitaram. 

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É fácil esquecer que a Fonte da Telha não é apenas uma praia. Durante os meses de calor, os lisboetas agarram nos carros, entopem a 25 de Abril numa torreira de sol e monóxido de carbono, e vão desaguando ao longo da linha de praias da Costa da Caparica. A Fonte da Telha é a última, já partilhada pelos concelhos de Almada e Sesimbra, tão extensa e bonita que se tornou destino de muitos, muitos veraneantes. Tantos que a preocupação à chegada passa mais por encontrar um lugar de estacionamento, um sítio para a toalha e o guarda-sol, do que em olhar ao redor. O que não se vê a partir deste frenesim do descanso é uma comunidade piscatória com “uma pulsão muito própria”. O fotógrafo Nuno Miguel Dias mostra-nos como se vive na Fonte da Telha nos outros noves meses do ano.

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Quando os médicos que conduziam o parto o chamaram para tirar a fotografia, avisaram-no logo: “Se quiser, tem de ser agora”. Até então sentado numa cadeirinha ao lado da mulher, Miguel Madeira teve somente tempo para se levantar, subir a câmara ao rosto, e disparar. “Foi como se estivesse a trabalhar. Estava apenas a garantir que a imagem ficava bem feita, como se fosse o parto de outra criança”, recorda sobre o momento em que registou os primeiros segundos de vida da filha, na manhã de 22 de Abril. Só depois dos primeiros gritos da recém-nascida ecoarem nas paredes da sala de parto entendeu verdadeiramente o que se passava. “Foi aí que senti um baque. Depois de tirar a câmara do olho fui-me abaixo”. Contou-lhe os dedinhos minguados, como as mães ensinavam. E chorou.

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